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Grandes empresas e economistas do mundo todo já reconhecem como imprescindível a sustentabilidade dos negócios, que devem se comprometer tanto com o meio ambiente, quanto com a sociedade. Neste contexto, o conjunto de práticas de ESG (Environmental, Social and Governance) ou traduzindo, Ambiental, Social e Governança (ASG), ganha cada vez mais força no mundo dos negócios.
Neste artigo eu te explico os detalhes do conceito, como aplicá-lo ao seu negócio e quais indicadores de ESG você pode acompanhar na sua empresa. Continue a leitura e confira para saber mais!
A sigla em inglês ESG representa a sustentabilidade ambiental, social e de governança corporativa (Environmental, Social and Governance) nas empresas. O objetivo de tal compromisso é mais do que apenas evitar a deterioração dos recursos naturais. É também combater a ausência de práticas corporativas voltadas para as políticas sociais e a falta de uma gestão íntegra.
Dessa forma, ESG é mais que uma política de compensação, é uma estratégia sólida que deve ser planejada e incorporada em todas as ações da empresa. Por isso, entender como o ESG é importante para a sua empresa é fundamental para que ela possa se desenvolver.
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Na sigla ESG, existem três palavras que representam os pilares desse conceito. Embora ESG seja constantemente conectado ao ciclo ambiental, as questões sociais e de governança também são igualmente importantes.
A seguir, confira mais sobre os três pilares do ESG:
São as ações da empresa voltadas para o meio ambiente, que envolvem comportamentos relacionados ao consumo dos recursos naturais do planeta, emissão de carbono e outros gases poluentes, aquecimento global, eficiência energética, gestão de resíduos, poluição do ar e da água etc.
Pode parecer um pilar distante para empresas que não estão ligadas diretamente à emissão de gases poluentes, por exemplo, no entanto, ao ignorar pontos importantes como reciclagem ou descarte de resíduos danosos ao meio ambiente, como aparelhos tecnológicos, a sua empresa está falhando neste pilar.
Além disso, esse pilar está muito conectado com um conceito que tem se falado bastante, que é a “pegada de carbono“. Embora mensurar e reduzir as emissões de gases de efeito estufa sejam importantes, apoiar a coleta seletiva e outras ações simples, mas importantes para o meio ambiente, estão diretamente conectados à esse pilar.
Alguns exemplos de ações que envolvem o pilar ambiental no ESG são:
Este pilar leva em conta como a organização lida com fatores sociais como: inclusão e diversidade, relações de trabalho com colaboradores, clientes, fornecedores, respeito aos direitos humanos e às leis trabalhistas, relações com as comunidades, entre outros.
Além disso, o pilar social do ESG tem se tornado cada vez mais importante, tanto na nossa sociedade como também dentro das organizações, já que, cada vez mais, investidores estão apoiando empresas que estão prezando pelo bem – mental e físico – dos colaboradores.
Dessa forma, contar com ferramentas e metodologias capazes de gerar uma gestão de talentos mais conectada se faz necessário e fundamental para empresas de todos os portes.
Alguns exemplos de ações que envolvem o pilar social no ESG são:
Este pilar do ESG avalia as esferas administrativas e de gestão da empresa, considerando a independência e diversidade do conselho, política de remuneração dos altos cargos, transparência e ética da instituição.
Além disso, esse pilar também é responsável por trabalhar na proteção de dados e privacidade das informações dos colaboradores, garantindo segurança e integridade aos dados deles.
Dessa forma, este pilar busca atender diferentes esferas da empresa – colaboradores, acionistas e clientes – garantindo as melhores práticas para que nenhuma das partes seja prejudicada.
Alguns exemplos de ações que envolvem o pilar de governança no ESG são:
Para ter uma governança corporativa melhor consolidado, é crucial ter uma plataforma que concentra todas as informações e KPIs da empresa.
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O ESG se tornou um conceito fundamental para muitas empresas, pois busca equilibrar os interesses financeiros de curto prazo com preocupações mais amplas relacionadas ao meio ambiente, à sociedade e à ética nos negócios.
Outro ponto é que muitos investidores institucionais, fundos de investimento. acionistas e demais stakeholders estão cada vez mais considerando as métricas ESG ao tomar decisões de investimento. Ou seja, empresas que adotam práticas sólidas de ESG podem ter acesso a capital mais barato e atrair investidores que buscam alinhar seus portfólios com valores sustentáveis.
Além disso, práticas ESG sólidas podem fortalecer a reputação de uma empresa e garantir que ela mantenha a “licença social para operar”. Isso é importante para manter a confiança do público e evitar controvérsias e boicotes.
Para entender o que é ESG, é importante saber como essa sigla surgiu. A sigla ESG surgiu pela primeira vez em 2004, em um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) intitulado “Who Cares Wins” (“Ganha quem se importa”, em tradução livre). Com 20 instituições financeiras, de nove países, o documento foi criado para estabelecer diretrizes que incluíssem as questões ambientais, sociais e de governança para o mercado financeiro.
Além disso, o relatório apontou que empresas que se preocupam com esses três valores podem, além de trazer benefícios para a sociedade, agregar valor aos negócios, visto que tais princípios são cada vez mais primordiais para o investidor moderno.
Apesar do seu início no mercado de investimentos, o conceito de ESG foi, ao longo dos anos, ganhando notoriedade em outros setores da economia. Em 2015, o movimento ganhou ainda mais força com a Agenda 2030 da ONU e o Acordo de Paris. Ambos focados nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Posteriormente, em agosto de 2019, o Business Roundtable, grupo empresarial que reúne os líderes das maiores companhias norte-americanas, divulgou uma carta rompendo com a ideia de que os negócios existem apenas para dar retorno aos acionistas. Com todos esses movimentos, o ESG passou a se tornar um pacto global.
Em 2020, com a pandemia de Covid-19, ficou ainda mais evidente a necessidade de uma agenda de desenvolvimento consciente. Para reforçar este contexto, o Fórum Econômico Mundial lançou na Reunião Anual de 2020 em Davos, um guia de métricas com bases no valores de ESG. Prática novamente reforçada no encontro de janeiro de 2021.
A ideia é que, até 2025, 57% dos ativos de fundos na Europa estarão de acordo com os critérios defendidas pelo ESG.
O termo Agenda ESG é um plano estruturado que define metas e prioridades para que a empresa melhore continuamente seu impacto ambiental, social e de governança.
Dessa forma, podemos fazer um paralelo que a Agenda ESG é um planejamento estratégico, voltado para ajudar a organização a não apenas minimizar impactos negativos — como reduzir emissões de carbono ou promover diversidade no ambiente de trabalho — mas também a criar valor a longo prazo, tanto para o negócio quanto para a sociedade.
A Agenda ESG pode ser dividida em três pilares:
As discussões sobre as mudanças climáticas não estão batendo na porta mais, elas já entraram e fazem parte do nosso dia a dia, principalmente para as grandes empresas. Não à toa, pesquisadores tem percebido que o aquecimento global tem aumentado 1,5°C por ano, por conta das emissões de Carbono.
Dessa forma, as Nações Unidas têm assinado contratos com grandes empresas para reduzir a emissão de carbono em 45% até 2030 e chegar a zero até 2050. Por isso, tem sido cada vez mais comum novas regulações e investimentos para promover uma pauta mais sustentável no meio organizacional, como recursos hídricos, biodiversidade, gestão de resíduos e outros mais.
Para ser considerada ESG, uma empresa deve ir além do lucro, integrando preocupações ambientais, sociais e de governança em sua estratégia e operações, demonstrando um compromisso genuíno com um futuro sustentável e ético.
No aspecto ambiental, a empresa precisa se dedicar à redução de sua pegada ecológica. Isso envolve a implementação de estratégias para diminuir as emissões de gases de efeito estufa, o uso eficiente de recursos como água e energia, e a adoção de práticas sustentáveis em suas operações.
Na dimensão social, a organização deve garantir o respeito aos direitos humanos e oferecer condições de trabalho justas e seguras. Isso inclui a promoção da diversidade e inclusão, o investimento em desenvolvimento comunitário e a garantia de que a cadeia de suprimentos também siga práticas éticas e responsáveis.
Quanto à governança, é essencial que a empresa adote práticas transparentes e éticas em sua gestão. Isso implica em ter uma liderança comprometida com a integridade, a implementação de políticas claras contra a corrupção, e a garantia de que existam processos de tomada de decisão responsáveis e inclusivos.
Feito isso, a empresa poderá estar listada na Bolsa de Valores e demais ações de investimentos que possam dar visibilidade para ela, como empresa ESG. Existe, por exemplo o ranking MSCI ESG Score que analisa o risco considerando as 10 categorias ambientais, sociais e governança.
Os últimos anos escancarou o que muitos de nós já imaginávamos: é preciso repensar a forma como lidamos com o mundo ao nosso redor. Os nossos recursos naturais são limitados, pessoas são o que movem a engrenagem do sistema e bons valores perduram.
Com isso, as relações de consumo, que já estão há bastante tempo em constante mudança, dão mais uma volta. O cidadão moderno está mais do que nunca preocupado com os impactos no planeta, o uso de recursos naturais, a igualdade de gênero, a inclusão, a diversidade, entre diversos outros pontos.
Não levar as normas de ESG em consideração causa um reflexo negativo aos negócios, gerando uma insatisfação dos clientes, parceiros e colaboradores, que cada vez mais consideram e exigem das empresas um compromisso com esses valores.
Dessa forma, é essencial entender a importância das práticas de ESG e de cada pilar que a sustenta para gerar mais valor aos negócios.
Uma pesquisa da Deloitte mostrou que 75% dos investidores globais aplicaram os indicadores ESG em pelo menos um quarto dos seus investimentos totais. A lista é crescente e os investidores estão cientes de que todas essas questões influenciam no valor de mercado e na avaliação de uma empresa.
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E os consumidores do varejo também parecem concordar. De acordo com o Centro para Negócios Sustentáveis da Universidade de Nova York, a preferência do consumidor é por produtos mais sustentáveis em todas as categorias.
Ou seja, na hora de escolher um chocolate, por exemplo, o consumidor moderno vai muito além do sabor. Ele leva em consideração toda a fabricação do chocolate, desde a agricultura do cacau, passando pela qualidade de vida do produtor, o impacto ambiental da produção e se há ou não trabalho escravo ou infantil no processo.
Os trabalhadores também querem que suas companhias tenham responsabilidade social em suas decisões a curto e longo prazo. Além disso, colaboradores satisfeitos possuem o dobro de chances de permanecer em uma empresa por pelo menos cinco anos, comparados àqueles que trabalham apenas pelo pagamento.
A lealdade de um funcionário é um grande benefício para empresa, já que reduz os custos de contratação, mantém colaboradores mais alinhados às estratégias do negócio e fortalece a memória institucional.
Ou seja, o ESG altera fundamentalmente a maneira como as empresas trabalham com clientes, funcionários, fornecedores, comunidades e governos locais. É uma via de mão dupla na qual todas as partes envolvidas ganham.
Uma empresa que investe em ESG mostra que está alinhada com os valores e preocupações da sociedade moderna. Isso pode fortalecer a lealdade do cliente, pois os consumidores tendem a apoiar empresas cujos valores refletem os seus.
Além disso, uma forte postura ESG pode atrair e reter talentos, especialmente entre as gerações mais jovens de trabalhadores que buscam empregadores com um propósito e valores alinhados aos seus.
Do ponto de vista dos investidores, uma boa performance em ESG é frequentemente vista como um indicador de gestão de risco e sustentabilidade a longo prazo.
Dessa forma, empresas com fortes credenciais ESG são percebidas como menos arriscadas e mais preparadas para enfrentar desafios futuros. Isso pode levar a um melhor desempenho no mercado de ações e a um acesso mais fácil ao capital.
Empresas ESG são vistas como menos arriscadas financeiramente e isso tem promovido a criação de linhas de créditos especiais para empresas por parte dos bancos e instituições financeiras.
Já vimos até aqui, percebemos que é imprescindível adotar práticas de ESG no seu negócio. Porém, não é uma tarefa simples incorporá-las no cotidiano da empresa. Para te ajudar a iniciar este processo, confira algumas dicas que separamos para você.
O primeiro passo é definir uma estratégia sólida para colocar em prática. Como qualquer metodologia de gestão, ESG envolve um processo de melhoria contínua.
Para desenvolver um bom planejamento de ESG é possível utilizar alguma ferramenta como PDCA, 5W2H, Análise SWOT para listar as estratégias e como elas serão aplicadas.
Confira algumas das boas práticas de ESG com base nos seus três pilares:
A prática de Greenwashing quando a empresa diz estar adotando políticas sustentáveis, porém, na realidade, não está. É ter um discurso diferente da prática. Algo incompatível com os princípios de ESG. Já que alguns dos principais pontos é a transparência da gestão, mostrando as ações da empresa para este contexto.
Além de questionar os impactos ambientais e uma possível campanha de boicote à empresa, o consumidor está resguardado pelo Código de Defesa do consumidor, que prevê a prática como propaganda enganosa.
Há uma grande variedade de estruturas de relatórios, padrões e diretrizes para avaliar as ações e impactos da sua empresa relacionadas às métricas de ESG. Ou seja, não existe uma abordagem única para todos os tipos de negócio. E é preciso que seu planejamento e estruturação de dados sejam feitos de acordo com as necessidades da sua organização.
A implementação das práticas de ESG no seu negócio não é algo pontual, a ser realizado apenas uma vez. É preciso um esforço contínuo para manter a atividade empresarial pautada dentro de tais princípios.
Dessa forma, é preciso manter sempre ativa a pauta, com análises constantes e aprimoramentos das ações para alcançar a excelência neste modelo de gestão.
A sustentabilidade nos pilares de ESG não deve ser algo independente da sua estratégia de negócio. Ela deve ser a sua estratégia de negócio. É muito importante que todos os passos futuros da empresa sejam pensados com base neste cenário.
Por fim, mas bem menos importante, crie internamente uma área especializada para debater, planejar, executar e analisar todos os processos de ESG na sua empresa.
A inserção de um modelo de gestão mais sustentável é uma tarefa árdua, mas extremamente compensatória às empresas que optam por incorporá-lo. Um futuro sustentável é o único futuro possível para os negócios.
Por isso, comece a implementar as práticas de ESG o quanto antes. Não há mais volta para o antigo modelo de negócios. Comece a plantar boas ações para colher seus bons resultados.
O Índice de Sustentabilidade Empresarial tem se tornando um indicador importante para a cotação dos ativos das empresas focadas na sustentabilidade empresarial.
Existem alguns critérios dentro dessas iniciativas que buscam efetivamente reunir empresas referências quando o assunto é ESG. A seguir conheça algumas delas:
O Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE B3) é um indicador do desempenho médio das cotações de empresas selecionadas por seu comprometimento com a sustentabilidade empresarial. Criado pela B3 em 2005, com financiamento inicial pela International Finance Corporation (IFC), parte do Banco Mundial, o ISE B3 foi uma das primeiras iniciativas do tipo na América Latina e um dos primeiros índices de sustentabilidade no mundo.
O índice é baseado em quatro pilares: eficiência econômica, equilíbrio ambiental, justiça social e governança corporativa. Ele apoia investidores na tomada de decisão de investimento e induz empresas a adotarem as melhores práticas de sustentabilidade, contribuindo para a perenidade dos negócios.
O ISE B3 é gerido com o apoio técnico da ABC Associados, asseguração de terceira parte da KPMG e parceria para o monitoramento de mídia pela RepRisk.
O Índice de Governança Corporativa Trade (IGCT B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam a critérios adicionais de governança corporativa.
O IGCT é um índice de retorno total, composto pelas ações e units exclusivamente de ações de companhias listadas na B3 que atendem a esses critérios. Este índice exclui ativos de companhias em situações especiais, como recuperação judicial ou extrajudicial, e é elaborado de acordo com os critérios estabelecidos na metodologia dos índices da B3.
O Índice S&P/B3 Brasil ESG, lançado em 2020, é um índice amplo que procura medir a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade. Ele é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI e exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também empresas sem pontuação ESG da S&P DJI.
Este índice representa um esforço conjunto para promover práticas sustentáveis no mercado financeiro brasileiro, alinhando-se com padrões internacionais de investimento responsável.
Criado em 2010, o Índice Carbono Eficiente (ICO2 B3) tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
Inicialmente, o índice convidava as companhias integrantes do IBrX 50, mas a partir de 2020, com uma revisão da metodologia, passou a convidar as companhias do IBrX 100. Este índice reflete o compromisso das empresas brasileiras com a redução de emissões de carbono e a sustentabilidade ambiental.
O STRATWs One é um software de gestão de performance corporativa que já conquistou mais de mil empresas.
Veja como ele pode ajudar a implementar as práticas de ESG ao seu negócio:
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