Entenda a importância da inteligência emocional para o seu sucesso
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Se em outros tempos, apenas as hard skills eram importantes para quem desejava crescer na carreira e ter sucesso em cargos de liderança, hoje mais do que experiência e boa formação acadêmica, a inteligência emocional já mostrou ser uma soft skill poderosa, principalmente para gestores.
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Para você ter ideia da importância da inteligência emocional nos tempos atuais, uma frase que tem se tornado bastante comum para o RH é: “as pessoas são contratadas por suas habilidades técnicas, mas são demitidas pelo seu comportamento”.
Você sabe por quê? Confira as respostas no artigo que preparamos e descubra mais sobre o assunto inteligência emocional, como desenvolver e usar essas habilidades a seu favor!
Continue a leitura e aproveite!
O que é inteligência emocional?
A inteligência emocional é a capacidade e habilidade da pessoa conseguir lidar com as emoções e sentimentos dela e também dos indivíduos ao seu redor. Dessa forma, uma pessoa com a inteligência emocional bem trabalhada, por exemplo, consegue gerenciar melhor os seus sentimentos e minimizar os danos que interferem no atingimento das suas metas pessoais e profissionais.
Assim, o conceito de inteligência emocional diz respeito sobre esse conjunto de habilidades. Ele foi citado pela primeira vez em 1990 por pesquisadores do campo da psicologia, em um estudo que rejeita a ideia de que as emoções seriam um obstáculo para certas áreas da vida de uma pessoa.
Ou seja: a inteligência emocional é fundamental para o sucesso no ambiente de trabalho, principalmente para os líderes. Afinal, o papel de uma boa liderança é saber lidar com os diferentes perfis em sua equipe e conseguir extrair deles o melhor de cada um.
Segundo o pesquisador Peter Salovey, que criou o termo com John D. Mayer — trazendo uma abordagem mais atualizada em 2004 (dessa vez em parceria com David R. Caruso) —, a inteligência emocional consiste em 4 habilidades relacionadas ao uso das emoções:
- Percepção acurada das próprias emoções e das pessoas com quem interagimos;
- Uso delas como fonte de informação para pensar e agir de maneira racional;
- Compreensão das emoções;
- Gerenciamento delas e de outras pessoas ao nosso redor.
A importância da inteligência emocional para o sucesso profissional
Com a popularização do conceito, o mundo do trabalho passou a ver com bons olhos os profissionais que possuem um maior controle emocional, que ganhou maior visibilidade com a sistematização do psicólogo e jornalista Daniel Goleman.
Para ele, uma pessoa emocionalmente inteligente possui autoconhecimento, autocontrole, automotivação, empatia e habilidades sociais, tanto na vida pessoal, como também profissional.
Apesar de não terem tanto impacto em ocupações nas quais o indivíduo trabalha sozinho, para ambientes de trabalho que exigem interagir e trabalhar com outras pessoas, essas ferramentas são um acréscimo que não só melhora a cooperação entre colegas, como também reduz o estresse e minimiza conflitos.
Dessa forma, desenvolver a inteligência emocional é especialmente útil para quem ocupa cargos de liderança, como gerentes e supervisores. Afinal, essas características permitem construir um ambiente onde todos se sintam relevantes e motivados, o que promove maior produtividade, satisfação e melhores resultados, como diversas pesquisas indicam.
Exemplos de inteligência emocional
Situação 1: reunião de equipe tensa
Imagine que você é o líder de uma equipe de projeto e está conduzindo uma reunião em que surgem divergências significativas sobre o plano de ação a ser seguido. Alguns membros da equipe estão expressando frustrações e preocupações sobre a abordagem proposta. Nesse cenário:
Inteligência Emocional em Ação: Você reconhece os sinais de tensão na sala e percebe que as emoções estão começando a ficar acaloradas. Em vez de insistir em suas próprias ideias ou tentar impor uma solução, você decide pausar a discussão e direcionar a conversa para um terreno mais neutro. Você demonstra empatia ao reconhecer as preocupações de cada membro da equipe e incentiva um ambiente aberto para que eles expressem suas opiniões.
Isso ajuda a reduzir a tensão e permite que todos se sintam ouvidos. Você adota uma abordagem colaborativa, fazendo perguntas que estimulam o diálogo construtivo e ajudam a equipe a explorar alternativas juntos. Sua capacidade de controlar suas próprias emoções e ler as emoções dos outros permitiu transformar uma situação tensa em uma discussão produtiva, levando a uma resolução mais eficaz.
Situação 2: Gerenciamento de Conflitos Interdepartamentais
Suponha que você trabalhe em um ambiente corporativo e haja um conflito entre dois departamentos sobre recursos compartilhados. Ambos os lados estão defendendo suas necessidades e a situação está ameaçando afetar negativamente a colaboração e a eficiência.
Inteligência Emocional em Ação: você é responsável por mediar esse conflito entre os departamentos. Ao se envolver com os líderes de ambos os lados, você começa por criar um ambiente em que eles se sintam ouvidos e respeitados. Você faz perguntas abertas para entender as motivações subjacentes de cada grupo e suas preocupações emocionais.
Durante a conversa, você mantém o controle emocional mesmo quando as emoções se exaltam. Sua capacidade de reconhecer e validar as emoções dos envolvidos ajuda a diminuir a intensidade do conflito. Com base nas informações que coletou, você propõe um plano que atende às necessidades de ambos os departamentos de forma equilibrada. Ao demonstrar empatia, equilíbrio emocional e uma abordagem colaborativa, você ajuda a resolver o conflito de maneira que beneficie a organização como um todo.
Quais são 5 pilares da Inteligência Emocional?
Confira, agora, os cinco pilares para desenvolver essas competências emocionais no seu trabalho!
1- Autoconhecimento
Líderes que possuem autoconhecimento são plenamente conscientes sobre o que sentem e como essas emoções afetam suas ações, seu comportamento e as pessoas com quem interagem.
Dessa forma, esses líderes são menos propensos a se influenciarem pelo que estão sentindo, principalmente em situações que resultam na alteração do estado emocional.
Além disso, conhecer a si mesmo assegura uma noção clara e objetiva sobre forças e fraquezas. Dessa forma, ter uma inteligência emocional em dia permite trabalhar para evoluir de acordo com as suas necessidades e agir com humildade, assumindo a responsabilidade pelos próprios erros.
Isso ajuda a tornar o ambiente de trabalho mais harmonioso, à medida que sua credibilidade aumenta e resulta em um melhor relacionamento com colegas.
2- Autocontrole
Como destacamos no tópico anterior, com o autoconhecimento é possível se manter vigilante e perceber quando uma emoção vem à tona em resposta a alguma ação ou circunstância.
Aliado a essa capacidade, o autocontrole faz com que você evite qualquer comportamento impulsivo em situações mais estressantes e exigentes.
Ou seja: em vez de se deixar influenciar pela raiva ou frustração, por meio da inteligência emocional a reflexão se torna sempre a melhor atitude para avaliar o que aconteceu, de maneira equilibrada, e reagir positivamente, encontrando a melhor solução para um problema.
Isso é fundamental para quem não pode se dar ao luxo de tomar atitudes precipitadas e comprometer sua capacidade de ocupar cargos que exigem integridade e responsabilidade na tomada de decisões.
3- Automotivação e inteligência emocional
Ao contrário de pessoas que têm trabalhos e resultados movidos por fatores externos, como promoções ou maiores salários, aquelas que possuem automotivação encontram dentro de si razões que as fazem mobilizar energias e esforços para manterem-se focadas e produtivas.
Em outras palavras, elas usam as próprias emoções em seu favor para atingir objetivos, encontrando prazer a cada realização, promovendo a sensação de bem-estar. Isso faz com que as performances sejam capazes de produzir resultados acima das expectativas, influenciando positivamente também o desempenho dos colegas de trabalho.
Dessa forma, entre as qualidades que os automotivados possuem, estão:
- comprometimento com pessoas e metas de uma organização;
- iniciativa;
- otimismo;
- desejo de evoluir;
- atração por desafios.
4- Empatia
Quando você possui empatia, sua capacidade de comunicação se torna muito mais efetiva. Essa é uma habilidade que permite colocar-se no lugar de uma pessoa e enxergar diferentes situações por meio da perspectiva que ela possui, para entendê-la melhor.
A empatia no local de trabalho é muito importante pois ela pode ajudar a lidar com situações que não estão no cotidiano das pessoas. Afinal, muitas vezes “julgamos” o outro com base na nossa própria experiência. Uma pessoa empática, no entanto, sabe que é preciso entender a dor do outro, se colocando no lugar dela.
Como consequência, o esforço em entender e sentir as emoções dos seus colegas permite responder de maneira apropriada para que eles se sintam melhor, com feedbacks construtivos e personalizados ou incentivos para ajudar no desenvolvimento de cada um, o que é fundamental para conquistar respeito e lealdade.
5- Habilidades sociais
Por fim, após desenvolver uma compreensão melhor das próprias emoções por meio da autoconfiança, do autocontrole e da automotivação, assim como a capacidade de entender o que o outro sente (com a empatia), as habilidades sociais consistem em saber articular todas essas competências.
Essa última característica é a que deixa mais clara a importância da inteligência emocional para relacionamentos interpessoais na empresa, porque permite gerenciar e influenciar as próprias emoções e as de outras pessoas, de maneira efetiva, nas mais diversas situações.
Algumas dessas habilidades são:
- persuasão;
- colaboração;
- comunicação;
- liderança;
- capacidade de resolver conflitos de maneira diplomática;
- lidar com mudanças e ser capaz de adaptar-se às dificuldades.
4 dicas para desenvolver a sua inteligência emocional
1- Autoconhecimento
O primeiro passo para você desenvolver a sua inteligência emocional é criar consciência sobre seu comportamento e suas reações. Para isso, é necessário auto-observar conscientemente, para que você reconheça melhor suas emoções e sua rotina diária. Dessa forma, você pode começar a identificar por que você sente e age de determinadas maneiras.
Em vez de reagir impulsivamente às situações de trabalho, você pode aprender a controlar suas emoções e como lidar com elas de maneira construtiva.
2- Conhecer e explorar suas emoções
O autoconhecimento nos ajuda a entender melhor a forma como pensamos e reagimos às situações e é uma habilidade importante para lidar bem com as emoções no trabalho. Além disso, a autoconsciência nos dá consciência de nossos próprios sentimentos e estados emocionais, permitindo que possamos controlar nossas emoções mais facilmente.
3- Treinar e melhorar a sua comunicação
Uma ótima forma de desenvolver a sua inteligência emocional é por meio da comunicação. Nesse caso, será fundamental que você treine e permita estar em um processo de melhora na sua comunicação. Uma ótima forma de fazer isso é pedindo feedbacks aos seus companheiros de tempos em tempos para que você possa ter opiniões externas sobre o seu próprio canal de comunicação.
4- Conheça suas forças e fraquezas
Como forma de melhorar suas soft skills, será fundamental que você conheça bem as suas forças e fraquezas para que elas possam ser trabalhadas. Um Plano de Desenvolvimento Individual (PDI) é uma ótima forma de fazer isso, junto ao seu líder.
Outra forma de se conhecer melhor é por meio da Avaliação de Desempenho. Como existem vários tipos, o ideal é encontrar a que fará sentido para você, como a autoavaliação ou a avaliação 360°, em que os seus colegas também te avaliarão.
3 livros sobre inteligência emocional
- “Inteligência Emocional” por Daniel Goleman – Esse livro é um clássico na área da inteligência emocional e é frequentemente citado como uma referência em pesquisas sobre o tema. Goleman explora a importância da inteligência emocional em nossa vida pessoal e profissional e oferece estratégias para melhorar a inteligência emocional.
- “A Arte da Felicidade“ por Dalai Lama e Howard Cutler – Esse livro oferece uma perspectiva única sobre a inteligência emocional através das lentes do budismo tibetano e da psicologia ocidental. O Dalai Lama e Cutler discutem as chaves para a felicidade duradoura e como desenvolver uma maior consciência emocional.
- “Inteligência Emocional 2.0” por Travis Bradberry e Jean Greaves – Esse livro fala sobre uma abordagem prática e baseada em evidências para melhorar a inteligência emocional. Os autores fornecem um teste online para avaliar sua inteligência emocional e uma estratégia de quatro passos para melhorar a inteligência emocional em áreas específicas da sua vida.
Próximos passos
Gostou do artigo? Ficou clara a importância da inteligência emocional nas empresas? Agora que você já sabe quais são as habilidades necessárias para desenvolvê-la, confira também como liderar sua equipe para uma alta produtividade!
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