O que pessoas criativas fazem de diferente?
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Você já olhou para alguém com ideias brilhantes e pensou: “Essa pessoa criativa nasceu assim, eu jamais conseguiria ter essa originalidade.” Se esse pensamento já passou pela sua cabeça, saiba que você não está sozinho. Muitas pessoas acreditam que a criatividade é um dom inato, algo reservado a artistas, inventores ou gênios da inovação.
Em 1960, Frank X. Barron conduziu um estudo na Universidade da Califórnia para tentar entender o que separava escritores, arquitetos, cientistas, matemáticos e empreendedores extremamente criativos do restante de seus colegas.
No estudo, ficou claro que a criatividade é uma habilidade que pode ser desenvolvida com prática, estímulo e novas formas de enxergar o mundo. Assim como um músculo, a criatividade cresce quando é desafiada e exercitada no dia a dia.
O problema é que, muitas vezes, o ambiente profissional e a rotina acelerada fazem com que as pessoas se desconectem desse lado inovador, caindo na armadilha do pensamento automático.
É exatamente sobre as conclusões deste estudo analisadas por outro especialista e como despertar a criatividade que vamos falar nesta postagem, para que você entenda melhor como ser uma pessoa criativa.
Continue a leitura para saber mais!
O que é ser uma pessoa criativa?
Uma pessoa criativa é alguém que consegue enxergar além do óbvio, conectar ideias aparentemente desconectadas e transformar informações em soluções inovadoras.
Essa habilidade não está restrita a determinadas profissões — pelo contrário, ela é um diferencial em qualquer área, desde a gestão empresarial até a tecnologia, passando por educação, saúde e até mesmo finanças.
O que diferencia uma pessoa criativa é a capacidade de explorar novas possibilidades, questionar padrões estabelecidos e não se prender a fórmulas prontas. Criatividade também envolve experimentar, errar e ajustar até encontrar a melhor solução.
E, ao contrário do que muitos pensam, isso não depende de inspiração repentina, mas sim de um processo contínuo de aprendizado e prática.
Os 3 hábitos de uma pessoa criativa
No estudo de Barron, ele observou o grupo por vários dias, anotando suas conversas e avaliando-os via testes e questionários. No fim do estudo, Barron concluiu que a genialidade criativa era diferente de QI e se formava pela relação conjunta de vários fatores anteriormente não considerados.
Em seu livro Wired to Create, Scott Barry Kaufman escreveu que os resultados do estudo demonstravam que criatividade não é meramente expertise ou conhecimento, mas se forma por meio de toda uma suíte de características intelectuais, emocionais, motivacionais e éticas.
As vertentes em comum entre os sujeitos ao estudo que transcendiam todos os campos criativos eram uma abertura para a sua própria vida, preferência por complexidade e ambiguidade, uma tolerância descomunal para a desordem e confusão, a habilidade de extrair ordem do caos, independência, inconvencionalidade e uma disposição por correr riscos.
Em uma entrevista recente sobre seu livro, Kaufman listou alguns traços e comportamentos comuns entre as pessoas extremamente criativas. Confira três deles aqui:
1 – Elas usam a brincadeira como uma prática diária
Crianças brincam sem pensar. Elas podem transformar as tarefas mais mundanas em jogos e o ambiente mais entediante em um cenário divertido. No entanto, à medida em que envelhecemos, normalmente, perdemos essa vontade interna de brincar, e fica fácil mergulharmos fundo em rotinas de comportamento.
Kaufman descobriu que criatividade requer diversão e que pessoas criativas levam sua diversão muito a sério. “Como adultos, cultivar um senso de diversão infantil pode revolucionar o modo como trabalhamos“, diz o autor.
Nem todo projeto será como um passeio no parque, mas ao se divertir um pouco que seja em seu trabalho, você pode ampliar sua visão das coisas e descobrir novas maneiras de se abordar um problema. Quando você faz do seu trabalho um jogo, isso também o torna mais sedutor e divertido, além de uma pessoa criativa.
2 – Elas ficam sozinhas com seus pensamentos
Um dos insights do estudo de Barron foi que uma pessoa criativa costuma estar especialmente conectadas com seu “eu interior”. Elas são capazes de notar nuances em suas emoções, em como respondem a estímulos do ambiente e padrões emocionas que podem ou não ser visíveis para os outros.
Como Kaufman escreve em seu livro, “como artistas e seres humanos, tempo sozinho para trabalhar, desenvolver interesses pessoais e exercitar a criatividade é imperativo. Mesmo que o trabalho do artista seja inspirado pela experiência e interação com outros, é na sua reflexão solitária que as ideias são cristalizadas e os insights formados“.
Isso quer dizer que a solidão é extremamente importante se você quiser ser uma pessoa criativa, seja por meio de meditação, escrever um diário ou apenas uma longa caminhada.
Por isso é essencial que você tenha sua inteligência emocional bem desenvolvida, para que seja capaz de se conhecer a fundo e aprender a lidar melhor com o ambiente à sua volta.
3 – Elas voltam ao quadro branco
É possível se tornar tão fixado na tarefa à sua frente, que você se esquece do real objetivo do projeto. Isso significa que é fácil perder de vista o valor que você está criando por estar preocupado demais com o processo ou o plano.
Kaufman sugere que não há como ser uma pessoa criativa se não estivermos abertos a nos desviarmos do plano, mesmo que isso signifique que teremos que repensar completamente o trabalho.
Ou seja, é preciso ver a adversidade como uma oportunidade potencial de crescimento, não como um obstáculo permanente. Se você busca por um impulso criativo, trate todos os momentos significativos da sua vida, os bons e os ruins, como possíveis fontes de inspiração e motivação.
Existe algum lugar em seu trabalho em que você esteja com foco no processo em detrimento do resultado? Como você pode voltar ao quadro branco e tentar uma nova maneira atingir o objetivo?
Como diz Kaufman, somos todos programados para criar. No entanto, seus hábitos determinarão se você se tornará uma pessoa criativa e se essa criatividade produzirá valor ou se murchará por falta de uso intencional.
Como se desenvolver para ser uma pessoa criativa?
A criatividade não surge do nada. Se você observar qualquer pessoa criativa, perceberá que ela tem hábitos e rotinas que estimulam sua mente de forma constante. O segredo para desenvolver esse lado inovador está na prática diária e na maneira como você treina seu cérebro para enxergar novas possibilidades.
Se você sente que não é uma pessoa criativa, a boa notícia é que existem formas simples e eficazes de ativar esse potencial. Veja como:
1- Busque referências fora da sua bolha
Já reparou que algumas das melhores ideias surgem quando você sai da rotina e entra em contato com algo novo? Isso acontece porque a criatividade é movida por referências. Quanto mais diverso for o seu repertório, mais fácil será conectar ideias de formas inesperadas.
Ao invés de consumir sempre os mesmos conteúdos, expanda suas fontes de inspiração:
- Leia livros sobre temas que você nunca explorou;
- Converse com pessoas de áreas completamente diferentes da sua;
- Experimente um hobby que não tenha nada a ver com seu trabalho;
- Assista a filmes e documentários de gêneros que você normalmente não escolheria.
Ao fazer isso, você treina sua mente para enxergar além do óbvio e desenvolve novas perspectivas. Uma pessoa criativa está sempre buscando formas de se reinventar, e essa busca começa por ampliar os horizontes.
2- Aprenda a enxergar problemas como oportunidades
Muita gente acredita que a criatividade só serve para gerar ideias inovadoras, mas a verdade é que ela é fundamental para resolver problemas de maneira eficiente. Uma pessoa criativa não vê dificuldades como barreiras, mas como desafios a serem superados com soluções originais.
Um exercício poderoso para desenvolver essa habilidade é se perguntar:
- E se existisse outra forma de fazer isso?
- O que aconteceria se eu testasse um caminho totalmente oposto?
- Se eu não tivesse nenhum recurso disponível, como resolveria essa situação?
Treinar essa mentalidade no dia a dia faz com que seu cérebro fique mais flexível e esteja sempre pronto para pensar além do convencional.
3- Mantenha um diário de ideias e insights
Já aconteceu de você ter uma ideia genial e, horas depois, não conseguir mais lembrar dela? Isso é mais comum do que parece. Nossa mente está sempre processando informações, e os insights podem surgir nos momentos mais inesperados.
A solução? Registre tudo! Não importa se parece algo pequeno ou irrelevante no momento — anotar suas ideias cria um repositório de inspiração para o futuro.
Você pode fazer isso andando com um caderninho físico, anotando em um bloco de notas do celular ou gravando em áudio suas ideias.
4- Crie momentos de pausa para estimular a criatividade
Pode parecer contraditório, mas as melhores ideias costumam surgir quando você não está forçando a mente a pensar nelas. O conceito de ócio criativo sugere que, ao dar espaço para o cérebro relaxar, ele processa as informações de forma mais eficiente e faz conexões inovadoras.
Pense nas vezes em que teve um estalo de criatividade enquanto tomava banho, caminhava sem rumo ou até mesmo antes de dormir. Isso acontece porque sua mente está livre de distrações e consegue processar informações com mais fluidez.
5- Teste, erre e aprenda no processo
O medo de errar é um dos maiores bloqueios criativos. Muitas pessoas deixam de tentar algo novo porque acham que precisam acertar de primeira. Mas a realidade é que a criatividade surge da experimentação.
Uma pessoa criativa não vê o erro como fracasso, e sim como parte do aprendizado. Grandes inovações nasceram de tentativas frustradas, e o segredo está em não desistir na primeira dificuldade.
Próximos passos
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