Com o atual momento de instabilidade do mercado que estamos passando, muitas empresas buscam mudar seus hábitos para atingir a resiliência necessária para superar obstáculos. Afinal, quem não se adaptar e estruturar estratégias para lutar contra a crise, será prejudicado.
Por isso hoje vamos te contar como criar uma cultura de melhoria contínua e fazer uma comparação a uma febre que estamos passando do desejo constante de ser “fitness”. Então, basicamente, mostremos como as organizações “fit” – ou seja, aquelas que conseguiram criar a cultura de melhoria contínua – chegaram nesse patamar.
Então, vamos aos conceitos?
A melhoria contínua dos processos consiste na análise do processo como se encontra atualmente visando a determinação de quais atividades podem ser melhoradas. Busca-se descobrir ineficiências, atrasos, gargalos e desperdícios (entre outros problemas), com o fim de eliminá-los por meio de um novo processo melhorado, mais eficiente e que entrega mais valor aos clientes.
É uma empresa dinâmica, em constante melhoria, profundamente focada no cliente e que entrega uma performance e resultado cada vez melhores ao longo do tempo.
Para chegar nesse patamar, seis princípios básicos devem ser seguidos.
O primeiro princípio é, certamente, um dos mais importantes.
Em um artigo da New Yorker, o escritor James Surowiecki percebeu que uma das maiores mudanças no desempenho das pessoas ao longo do tempo não é que os “top performers” de hoje são melhores que os de antigamente (embora sejam!), mas sim que hoje existem MAIS pessoas extraordinariamente boas no que fazem, em todos os campos de conhecimento, do que havia antigamente.
Quer ver um exemplo disso? Pense nos atletas.
Ter “talento”, “dom” ou “habilidade inata” não é mais o principal requisito para o sucesso! O comprometimento para praticar e melhorar é o mais importante.
Por isso você vê que os atletas não tem mais o costume de ter uma outra carreira no período “off-season”. Esse período é utilizado para treinar mais e mais! E qualquer atleta que não estiver disposto a se comprometer com isso, não vai conseguir competir em um alto nível por muito tempo.
No mundo dos negócios não é diferente!
Com tanta concorrência e mudanças constantes que vemos no mercado, a lição é clara: melhore sempre, ou encare sua extinção.
Você já foi na academia em Janeiro? Lotada, né?
Todas as pessoas motivadas pelo impulso das promessas de fim de ano – misturado com a culpa pela comilança das festividades, é claro.
E depois, já viu a academia em Março? Tudo está de volta ao normal e você encontra a academia vazia, como sempre.
As empresas não são tão diferentes disso!
Antes de cada ano novo fiscal, os gerentes anunciam os objetivos do ano seguinte, criam 50 iniciativas estratégicas e fazem votos e mais votos para aumentar o engajamento dos funcionários!
E então chega o segundo trimestre… Você encontra o de sempre: as pessoas tentando alcançar os números do trimestre, funcionários que não se identificam tanto com a visão da empresa como antes, desengajados.
Consequência: a empresa perde o momento, falha em alcançar os objetivos e chega no fim do ano e o ciclo se repete.
Tanto para as empresas, quanto para as pessoas, a causa raiz é a mesma: um objetivo pode até ter sido traçado, mas não existe um programa claro e definido para alcançá-lo. E, quando existe, é sempre baseado em soluções que estão na moda e prometem grandes resultados com um mínimo esforço. Isso não existe!
As pessoas encaram os esforços para “ficar em forma” como algo externo ao cotidiano, é visto como uma tarefa que requer um tempo e esforço adicional e não como algo fundamental, como ir ao trabalho e tomar banho.
Pessoas que são realmente comprometidas com o objetivo de “estar em forma” encaram o fato de se exercitar como algo comum no seu padrão de vida diário. Similarmente, as empresas precisam enxergar a melhoria como algo que é construído na maneira em que operam, todos os dias.
Normalmente, as empresas não nascem imersas na cultura de melhoria contínua. É preciso foco e esforço para criar esse tipo de comportamento e cultura.
Há nove pontos imprescindíveis para a implantação dessa cultura.
É certo que seus processos irão melhorar, ficar mais rápidos e seus produtos terão uma melhor qualidade a partir da melhoria contínua. Mas, tem um valor ainda maior que você vai alcançar: o crescimento e desenvolvimento da sua equipe!
Mas o que isso tem de tão bom? Criar e nutrir uma atmosfera de melhoria contínua vai garantir que os colaboradores desenvolvam habilidades necessárias para o sucesso!
A partir do incentivo ao pensamento científico para resolução de problemas, você vai construir uma empresa cheia de cientistas!
Isso porque todos serão proficientes no método científico de resolução de problemas: entender o problema, formular hipóteses sobre o motivo da existência do problema, desenvolver um experimento ou contra medida para testar as hipóteses e avaliar os resultados para validar as hipóteses.
Isso te lembra alguma coisa? 😉
Sim, isso mesmo! Todos estarão engajados na metodologia PDCA! Se você quiser saber mais sobre PDCA, leia aqui.
Infelizmente, muitas empresas não se engajam no PDCA. Sobretudo no Brasil, é muito comum que pulem a etapa “plan” e vão direto para o “do”, ficando estagnadas nessa parte.
Fazendo isso, você age antes de se ter uma sólida compreensão da causa raiz do problema, aumentando as chances de você estar perdendo tempo e esforço tentando melhorar a situação.
As empresas e os líderes “fit” amam problemas, já que são vistos como oportunidade de melhoria e engajam as pessoas a pensar cientificamente para analisá-los e resolvê-los.
No final, a busca para estar “em forma” é igual tanto para as pessoas, quanto para as empresas: não existe fórmula secreta, não existem atalhos. O segredo é ter foco e, acima de tudo, comprometimento.
Ficou alguma dúvida? Deixe para a gente nos comentários! Será um prazer te ajudar.
Texto traduzido e adaptado por Isadora Folco Santiago.
Levando pessoas e empresas mais longe.
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