Top-down e Bottom-up: conheça os métodos de gestão e organização

CONTEÚDO

Top-down e Bottom-up
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Não é de hoje que modelos de gestão e organização são normalmente vistos como inconciliáveis. Felizmente, os métodos top-down e bottom-up podem mostrar o contrário. Você já ouviu falar sobre?

Bem, para a sorte de muitos, top-down e bottom-up não são conceitos antagônicos. Muito pelo contrário, normalmente são vistos como complementares. Para isso, basta entender bem as ferramentas e saber se apropriar delas de acordo com a necessidade das organizações em cada momento e projeto.

Este post apresentará os métodos Top-down e Bottom-up para ajudar você a encontrar o ponto de equilíbrio necessário para uma gestão de resultados eficiente em sua empresa. Leia e torne-se um gestor ainda mais versátil!

ferramentas de gestão

O que é Top-down?

O modelo de gestão no formato de cascata, conhecido como Top-down, é a abordagem convencional na qual as tomadas de decisão são realizadas a partir da liderança de alto nível, fluindo para os níveis hierárquicos mais baixos.

Nesse modelo, o pessoal de alto escalão possui a responsabilidade de direcionar e supervisionar as estratégias e tomar decisões informadas e preparadas. Para isso, cada colaborador deve compreender perfeitamente as regras e diretrizes estabelecidas.

Dessa forma, o modelo Top-down segue um estilo de gestão mais diretivo, onde a comunicação é mais formal e rígida. Essa metodologia, normalmente, é mais apropriada quando existe pressão do prazo e/ou uma necessidade de manter um alto nível de padronização.

As vantagens do Top-down costumam ser:

  • tomadas de decisão mais rápidas;
  • menos interferências nas tomadas de decisão;
  • aumento da eficiência operacional do negócio.

Por outro lado, algumas desvantagens desse modelo são:

  • difícil clima organizacional;
  • metas costumam ser inalcançáveis;
  • falhas na comunicação.

O que é Bottom-up?

O Bottom-up é o método em que há participação de toda a equipe na definição dos objetivos. Ou seja, no Bottom-up  decisões fluem da base para o topo, ou seja, dos colaboradores até a linha gerencial.

Além disso, o trabalho em Bottom-up se caracteriza por ter um sistema mais horizontal, onde os feedbacks dos iguais – e também entre os liderados – são fundamentais para a formação das estratégias da empresa. Dessa maneira, a linha de trabalho é mais democrática e menos hierarquizada, uma vez que as decisões mais importantes são formadas a partir da base e vêm saindo dessa forma para o topo.

template feedbacks

Essa metodologia de trabalho tem se mostrado cada vez mais popular entre as empresas, pois acaba por gerar um maior engajamento e motivação entre os colaboradores. Isso porque, dessa forma, trabalhadores podem ter a oportunidade de trazer melhorias para a empresa.

Assim, alguns dos benefícios do modelo Bottom-up são:

  • mais engajamento dos colaboradores;
  • melhor clima organizacional;
  • melhor entendimento dos colaboradores sobre as metas;
  • comunicação clara entre pares e liderados.

Por outro lado algumas desvantagens são:

  • tomada de decisão mais longa;
  • mais exigência nos resultados dos colaboradores.

Top-down e Bottom-up: entenda as diferenças

Os métodos mais tradicionais de gerenciamento se identificam com a metodologia Top-down. No entanto, com as inovações tecnológicas e mudanças nos ambientes de negócio, elas foram adaptadas. 

Nesse caso, com a importância de capacitar os membros da equipe e a necessidade de extrair o melhor de cada colaborador levou à implantação da abordagem Bottom-up

Em ambos os cenários, os gerentes, por exemplo, tendem a ser “rotulados” de duas formas: 

  • gestor tradicional (Top-down): acredita no poder organizativo de cadeias claras de comando; 
  • gestor colaborativo (Bottom-up): aposta em organizações horizontais, colocando-se no papel de facilitador.

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Defensores de ambos os métodos polemizam a respeito de qual alternativa é a melhor e oferecem motivos pelos quais deve-se aderir a uma e abandonar a outra. 

No entanto, a marca de um bom gestor é o reconhecimento de que quanto mais complexo é o desafio, menores são as chances de solucioná-lo a partir de uma escolha simples.

A verdade é que os métodos Top-down e Bottom-up não são mutuamente exclusivos. O equilíbrio entre ambos, porém, nem sempre é fácil de se alcançar.

Como o modelo Bottom-up se tornou conhecido?

A metodologia Bottom-up emergiu dos ideais igualitários que varreram o mundo ocidental no século XX.  Ela enfatiza a participação como a melhor forma de desenvolver as habilidades e competências que os profissionais de uma empresa têm para oferecer.

Mesmo que as raízes dessas ideias já estejam, por algumas décadas, circulando mundo afora, o método Bottom-up ainda é, sobretudo em nosso país, apresentado como uma novidade. 

Para seus defensores, mesmo as grandes empresas, até hoje, não conseguiram aprender suas valiosas lições. A partir da contribuição de um grande número de pessoas, as chances de sucesso e acerto são consideravelmente aumentadas.

Por exemplo, você pode aproveitar melhor as ideias de profissionais experientes e capacitados, em vez de apenas ditar tarefas, exercendo uma liderança autocrática, que deve ser executada dentro de determinado período de tempo.

Além disso, o método Bottom-up contribui, de certa forma, para fazer renascer nos colaboradores o orgulho profissional, o senso de pertencimento e o espírito de equipe — elementos cruciais para elevar o engajamento, a motivação e, consequentemente, a produtividade da equipe de trabalho.

Isso porque as decisões são tomadas levando em consideração o conhecimento e a vivência dos colaboradores de diferentes setores.

Como funciona a metodologia Top-down?

O Top-down define direcionamentos claros e nem sempre valoriza igualmente a contribuição de todos. Enquanto a metodologia Bottom-up é frequentemente associada à inovação na gestão de resultados, o método Top-down permaneceu sendo muito importante na prática.

Além disso, diversos movimentos indicam uma reabilitação do método na organização de processos.

Steve Jobs, por exemplo, dominou o mercado de tecnologias de consumo com produtos únicos e escolhas de design que eram da própria Apple, raramente ouvindo grupos focais ou seguindo tendências existentes.

Nem é preciso dizer o quanto o esse método foi efetivo para a gestão de resultados da Apple, não é? No espaço de poucos anos, ela se tornou uma das empresas mais bem-sucedidas da história e sua marca é amplamente reconhecida em todo o mundo.

Apesar das diversas críticas dirigidas ao estilo de gestão de Jobs, sua eficácia e estrondoso sucesso dificultam a validação destas críticas. Afinal, ele é um claro exemplo de que não é apenas o método Bottom-up capaz de levar as empresas a adotarem estratégias inovadoras, o top-down pode também ser um exemplo, embora sejam mais raros .

Dessa forma, em alguns contextos, é preciso uma gestão forte e visionária para estabelecer um sentido claro de direção. De outra forma, a empresa tende a se perder em um emaranhado de opiniões desconexas que, ao fim, podem levar ao comprometimento do negócio.

Como usar o método Top-down e Bottom-up na gestão de resultados?

A verdade é que os gerentes e demais profissionais da gestão podem e devem ter ambos os métodos ao seu lado. Nenhum dos dois métodos funciona bem se forem tomados em absoluto. No interior da empresa, geralmente, há espaços para a coexistência. 

A razão é simples: a utilidade de qualquer metodologia depende do que você deseja alcançar.

Escolher o método certo é, por si só, um grande desafio. Como gestor, no entanto, é sua responsabilidade oferecer orientação para a equipe e organizar as ações da empresa.

Fundamentalmente, essa visão relaciona-se ao método Top-down: você deve definir os objetivos e garantir que não sejam deixados de lado.

No entanto, no que diz respeito à execução, não significa que você tenha que dirigir cada tarefa em detalhes. Pelo contrário, isso seria algo extremamente prejudicial. A mesma posição que confere a você o poder de decisão é, comumente, a única que impede que tudo desmorone.

Portanto, defina os parâmetros para a sua organização a partir da administração (Top-down) — isso deve incluir metas, design, o tipo de marca que você quer ter, etc. Em seguida, use esses parâmetros para enquadrar as decisões de baixo para cima (Bottom-up).

Além disso, esses parâmetros não devem ser restritivos, pois a sua equipe de trabalho precisa de certo nível de autogerenciamento para desenvolver seu potencial criativo. Dessa forma, Top-down é desdobramento de metas e Bottom up é a consolidação delas.

Se você possui boas ideias para produtos ou mesmo processos inovadores, você poderá envolver uma ampla gama de colaboradores para auxiliá-lo no planejamento e na implementação do projeto.

Sendo assim, será possível fortalecer uma cultura de gestão realmente dinâmica e solidária e, ao mesmo tempo, deixar que sua equipe decida qual a melhor forma de fazer isso acontecer. 

Ambos os métodos trarão ainda otimização da gestão de resultados se você valorizar cada ideia apresentada, pois isso, pode-se dizer que eles contribuem para aumentar os níveis de compromisso e engajamento dos membros do seu time.

Próximos passos

Os métodos top-down/ bottom-up trarão ainda otimização da gestão de resultados se você valorizar cada ideia apresentada, pois isso contribui para aumentar os níveis de compromisso e engajamento dos membros do seu time.

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