Recorde, por um instante, de todos os filmes que narram sagas de grandes aventuras, com atos heroicos e superação de limites aos quais já assistiu. Pense, agora, nos livros em que uma situação de caos se instaura e um grupo recebe a missão de, em equipe, resolver um grande problema, que sempre aparece atravessado por vários outros.
Mas qual a relação disso com a liderança nas empresas? O que todas essas histórias têm em comum?
A figura de um líder, que é validado pelo grupo e recebe um voto de confiança de todos para tomar decisões estratégicas e ser uma espécie de guia. É essa figura de liderança é a responsável por não deixar que os outros membros da equipe desanimem, inspirar nos momentos mais difíceis e promover a integração e coesão do conjunto, oferecendo suporte para que todos desempenhem seu papel.
Falando assim, parece delírio de ficção científica ou história de fantasia. Porém, na vida cotidiana, os líderes estão aí e precisam existir. Nos esportes, especialmente os coletivos, são eles que motivam os outros membros do time a não temerem cada um dos desafios que se impuserem.
Na política, são facilmente reconhecidos. Por mais que haja uma descrença por parte do senso comum em relação a essa função atualmente, grandes líderes políticos foram decisivos para conquistas e mudanças históricas. Basta se lembrar, por exemplo, de Nelson Mandela, ex-presidente da África do Sul que chegou a ganhar o prêmio Nobel da Paz em 1993.
Nem é preciso mencionar o quanto as lideranças comunitárias são importantíssimas para o engajamento de um grupo que luta por seus direitos. Pessoas que talvez nunca terão seus nomes projetados para a fama, mas que detêm o respeito da sua comunidade e são ou foram grandes agregadoras de ideias e pessoas.
No meio empresarial, não é diferente. Os líderes que inspiram, unem e enxergam a potencialidade de cada membro de sua equipe são decisivos para o sucesso de um negócio e para a motivação e bem-estar dos colaboradores.
De maneiras diferentes, os líderes nas empresas também viverão uma saga, digna dos filmes e livros que mencionamos, mas real, diária, que impacta fortemente a saúde econômica da empresa e de todos os seus públicos, além da vida de várias pessoas, a partir do momento que entendemos uma empresa como uma rede interligada.
Mas a liderança é uma característica nata? Ou pode ser trabalhada? Como desenvolver liderança nas empresas? Quais são as práticas que fazem de um líder uma figura respeitável e com palavra crível junto aos seus liderados? Quais são os maiores escorregões, que levam alguém ao caminho exatamente oposto da liderança saudável?
Se todas essas dúvidas se fazem presentes na sua vida, este texto é para você. Aqui, vamos traçar caminhos para que você consiga desenvolver liderança na sua empresa e, com isso, tenha uma equipe mais engajada, motivada e alinhada com o negócio.
A diferença entre ser um líder e ser um chefe é muito abordada no universo corporativo. Porém, por mais que haja a consciência de que se trata de dois modelos distintos, muitos profissionais insistem em serem chefes quando poderiam ser bons líderes. Por isso, é preciso bater nessa tecla.
Uma imagem mental pode ajudar a visualizar as diferenças entre um chefe e um líder. Imagine que o trabalho que deve ser feito diariamente em uma empresa, por toda a equipe, é um bloco de concreto muito pesado.
Os profissionais do grupo precisam puxá-lo, com a ajuda de cabos. Nessa situação, um chefe estaria de longe, berrando ordens para que seus funcionários conseguissem arrastar o bloco. Não raro, estariam em cima do mesmo bloco, como um lugar de autoridade, forçando quem está puxando os cabos a seguir em frente, mas dificultando o que já era difícil com seu peso. Não há como desenvolver liderança nas empresas dessa forma.
O líder, ao contrário, não teria problemas em estar na linha de frente do grupo que tenta puxar o bloco, fazendo o mesmo esforço que todos estão fazendo. Porque ele também está ali, se esforçando, suando, o grupo escuta o que ele diz, pois ele fala a partir lugar da experiência e guia pelo exemplo. Ele aponta a direção, diz que, unida, aquela equipe vai conseguir cumprir seus objetivos.
Essa ilustração metafórica nos permite ver as nuances. Enquanto o chefe se pauta no argumento de autoridade, na necessidade de controle, no resultado a qualquer custo, o líder se ancora no trabalho em equipe, no encorajamento, no exemplo. Se o chefe faz questão de demarcar sua superioridade na hierarquia e foge na hora de arregaçar as mangas e sujar as mãos, o líder fica e… lidera!
Se para o chefe alcançar a meta passa por cima do bem-estar da equipe, o líder entende que qualquer resultado só será possível se todos estiverem coesos e envolvidos. E, se porventura algo der errado nesta tarefa, o chefe culpará a sua equipe, enquanto o líder assumirá as responsabilidades coletivamente.
Assim, não é difícil entender que as empresas precisam, cada vez mais, de menos chefes e mais líderes, pois só assim qualquer bom resultado será, efetivamente, satisfatório. Este é o desafio: desenvolver liderança nas empresas por meio das pessoas certas.
Quais são os bons costumes que um líder genuíno segue? Estamos falando de valores que balizam decisões, comportamentos nas tarefas mais simples do dia a dia e de um senso de coletividade para a gestão de pessoas e de processos.
Nesse caso, algumas habilidades naturais contam, mas outras podem ser desenvolvidas a partir da consciência de que é preciso se conhecer e mudar para ser um líder de verdade. Muitas vezes, alguém tem aquela aura de liderança que o acompanha desde a infância, mas se perde no meio corporativo, porque acredita que por estar em um degrau a mais da hierarquia, por si só, já o transforma em líder.
Entre os costumes que fazem de um líder um verdadeiro líder ao desempenhar sua liderança nas empresas, estão:
É fácil mostrar respeito quando tudo vai bem. Mas e quando um cliente pede algo impossível de ser feito, ou quando um colaborador insiste em uma ideia que não vai ser muito produtiva, ou há atrito entre membros do time?
Mesmo quando um líder se depara com uma situação com a qual não concorda ou da qual gostaria de fugir, ele deve demonstrar respeito em relação às pessoas envolvidas. Isso tem a ver com ética. Somente respeitando todo e qualquer indivíduo, independentemente do grau hierárquico, que a pessoa poderá ser um bom líder.
O cotidiano do negócio tende a ser tenso, não há dúvidas. Quando uma equipe não percebe honestidade e transparência por parte do seu superior, tende a agir de acordo com essa tensão, o que acarreta desgaste, problemas de comunicação, receios infundados.
Por isso, um líder deve sempre ser honesto e transparente com seus liderados, expondo situações de forma sincera, mas sem perder o otimismo. Assim, ele ainda vai inspirar a equipe a fazer o mesmo internamente e externamente.
Quantos problemas corporativos poderiam ser evitados se houvesse uma comunicação mais eficiente entre um líder e sua equipe e entre os membros da equipe como um todo? Não há como entregar resultados compatíveis com as expectativas do líder, se eles não são devidamente explicitados e acordados.
O diálogo é fundamental para que o trabalho flua com menos atrito e a liderança nas empresas aconteça de forma eficaz. Um líder, também, deve saber como e quando falar. A regra “elogie em público, chame atenção em particular” vale ouro. Em breve, falaremos mais sobre a importância da atenção à comunicação.
Há uma figura recorrente nas empresas: aqueles supervisores que querem ter tanto, mas tanto controle sobre tudo que têm dificuldade em delegar tarefas. Muitas vezes, eles preferem fazer por conta própria a pedir ajuda. Isso chega a ser um contrassenso, uma vez que um bom líder é aquele que consegue visualizar e aproveitar o que cada membro da equipe sabe fazer de melhor.
Há também quem delega, mas não confia, o que não é saudável para o relacionamento entre líderes e liderados. É preciso existir confiança mútua para que os profissionais não sintam sua competência questionada e entreguem bons resultados.
Sabe aquele ditado que diz: “faça o que eu digo, não faça o que eu faço”? Não há raciocínio mais equivocado quando se pensa em liderança nas empresas. Um líder só consegue conquistar a confiança de sua equipe e validar sua liderança, quando suas ações estão de acordo com o que prega.
Não há como dar crédito, por exemplo, para um supervisor que vive cobrando que seus funcionários estejam motivados e engajados com o negócio, quando ele mesmo parece desmotivado e descompromissado. O exemplo inspira e ensina.
Um bom líder é transparente, mas também tem sempre uma atitude positiva diante dos desafios para que sua equipe não seja tomada pela insegurança. A atitude positiva está, também, em mostrar para a equipe que deposita confiança nela e que todos, juntos, darão conta do recado.
Um supervisor pessimista, que sempre se estressa ao menor sinal de problema, vai criar um clima de derrotismo que não impulsiona ninguém a ir à luta para reverter à situação. É preciso que o líder, mesmo com medo, demonstre coragem e encoraje sua equipe.
Um dos maiores méritos de um líder é conseguir oferecer uma ideia, uma inspiração, um senso de propósito. Conseguir convencer a equipe, de forma sincera, de que todos estão envolvidos em um projeto muito maior, que envolve o empenho coletivo, é fundamental.
Definir e engajar a equipe em uma missão é a melhor forma de conseguir o apoio de todos e garantir que, mesmo quando os obstáculos surgirem, será possível contar com a resiliência e perseverança de cada um. A missão do time, é claro, deve estar em sintonia com a missão ampliada do negócio e funcionar como uma das entradas para executá-la com sucesso.
Um erro comum por parte de quem está tentando ser um bom líder é acreditar que a equipe é um conjunto homogêneo de pessoas, enquanto cada pessoa tem suas especificidades. Por isso, é preciso conhecer como cada um dos membros funciona para dialogar de forma inteligente.
Por mais que haja um senso de coletividade, cada profissional tem um conjunto de características que faz com que ele seja único. Ter uma abordagem mais incisiva na cobrança de resultado, por exemplo, pode deixar um profissional mais motivado por sentir-se desafiado, enquanto outro se sentirá sufocado, respondendo melhor a uma abordagem mais cautelosa. O bom líder reconhece essas nuances e extrai dos talentos humanos o melhor que podem oferecer.
Apesar de já termos falado que a capacidade de se comunicar bem é uma característica essencial ao bom líder, a comunicação no gerenciamento de equipes merece atenção especial. É o diálogo que conseguirá manter a equipe bem coesa e comprometida com o negócio.
Por isso, é importante que a comunicação não seja unilateral. Ou seja, só um modelo muito arcaico considera que líderes precisam falar, enquanto a equipe precisa ouvir. Quanto mais horizontais e transparentes forem as tomadas de decisão, mais o grupo se sentirá importante e valorizado, mesmo que a decisão final venha do líder.
Por isso, é muito importante que a equipe fale, que ela exponha a realidade do seu cotidiano de trabalho, dê sugestões para melhorias de processos e que valide dinâmicas que estão dando certo. Afinal, por mais que o líder esteja puxando o bloco de concreto com sua equipe, cada profissional sabe dizer melhor da sua função específica que qualquer outra pessoa.
Mas existe o risco do profissional não falar. E isso acontece quando ele se depara com alguma dessas situações:
Às vezes, uma liderança é tão controladora e autoritária que não consegue demonstrar que está aberta para o diálogo, porque, de fato, não está. Se o colaborador sente que não há abertura para dialogar, continuará vendo as falhas acontecendo sem poder ajudar. No final, a equipe toda sai perdendo e o resultado é comprometido.
Por mais absurdo que possa parecer, há supervisores que diminuem ou ridicularizam as ideias e sugestões da equipe. Se um profissional passou pelo constrangimento de viver isso uma vez, provavelmente, não tentará se expor novamente. Mais uma vez, toda a equipe sai perdendo e a autoestima do profissional fica abalada, bem como a qualidade das relações.
Há o líder que, para evitar qualquer indisposição e conflito, ouvirá, aparentemente com atenção, o colaborador, fazendo a linha de: mais abertura, impossível. Mas é só o profissional sair da sala que o líder faz com que tudo o que ele disse “entre por um ouvido e saia pelo outro”.
É claro que nem toda ideia e sugestão por parte da equipe é viável, mas que tal ao menos refletir sobre? Dar um retorno, mesmo que para afirmar a não possibilidade?
Um líder jamais pode descuidar da comunicação com sua equipe e deve usar uma boa dose de empatia para fazer isso. Se fosse você do outro lado, como gostaria de ser tratado? Como gostaria de ser comunicado sobre decisões importantes? Depois de todo mundo? De que forma gostaria de receber uma crítica? Publicamente, em uma abordagem hostil, ou em tom de conversa sincera e em particular?
O estilo de liderança exercido é decisivo para o clima que se instaura em uma equipe e os resultados que virão a partir do trabalho em conjunto. Existem vários tipos de líderes, incluindo aqueles que mais se assemelham aos chefes que dissemos anteriormente.
Por mais que existam nuances nas abordagens de liderança, é possível observar algumas recorrências de características que podem dividir os líderes em cinco grandes grupos: os controladores, os carismáticos, os sistemáticos, os democráticos e o chamado líder coach, um modelo que deve ser mirado quando pensamos em aprimoramento de liderança nas empresas. Conheça cada um deles:
É aquele líder que controla e computa até o tempo que o funcionário levou para tomar café, não aliviando nunca na sua vigília. Geralmente, tem grande dificuldade em delegar tarefas e em confiar em sua equipe, o que faz com que todos se sintam sufocados e pouco valorizados.
O controlador também tem tendência a ser autoritário, aquela imagem do big boss: manda quem pode, obedece em tem juízo. Não promove diálogo, nem mesmo integração e, mesmo assim, espera que os resultados cheguem. Em resumo, o controlador é tóxico para a equipe e é respeitado somente pelo argumento de autoridade. Ele é temido, mas não admirado. Está mais para chefe.
O líder carismático é aquele que parece ter nascido para falar em público e para se articular. Consegue motivar a equipe e tenta caminhar em conjunto, sendo aberto para o diálogo. É aquele supervisor para quem você se abrirá e será orientado. Tende a deixar o ambiente de trabalho mais amigável e convidativo.
O cuidado, porém, deve ser para que carisma não signifique falta de pulso. Quando os líderes são muitos legais e disponíveis, pode ser que a equipe ultrapasse alguns limites, acreditando que esse supervisor nunca agirá de forma mais dura. Por isso, é necessário encontrar o equilíbrio.
É aquele líder, basicamente, muito organizado. Gosta que as coisas sejam feitas de determinada maneira e não aceita que sejam executadas de outra forma. Essa postura também atrapalha as relações de confiança entre líderes e liderados e faz com que os processos da equipe fiquem muito engessados.
O apego aos detalhes pode até fazer com que a equipe entregue resultados, especialmente em empresas com altos padrões de qualidade, mas não funciona em áreas mais criativas, em que inovação é essencial. Também, anula as individualidades de cada profissional e, com isso, não explora efetivamente o potencial de cada um.
É o líder que valoriza muito a participação de cada membro da equipe e quer que todos estejam envolvidos na tomada de decisões. Ele não é autoritário, pois não impõe sua própria vontade ao grupo, mas também não é liberal a ponto de deixar que toda a equipe tome decisões por conta própria e sem muito controle, enfraquecendo a liderança nas empresas.
Esse perfil é ótimo para gerar motivação e ideal para que cada membro do time se sinta valorizado. Porém, como geralmente esse tipo tende a evitar conflitos, pode ter dificuldades em dar a palavra final, por medo do peso que ela tem e de se indispor com sua equipe. Pode ser, também, aquele líder que ignora alguns conflitos internos com medo de tomar partido, o que permite que eles piorem.
Esse é, talvez, o tipo mais completo de liderança nas empresas e o mais próximo do ideal. O líder coach é aquele que consegue aliar liderança aos princípios do coaching, sendo uma espécie de mentor ou tutor de sua equipe. Com esse nível de consciência técnica, esse líder sabe como se automotivar para inspirar seu time a fazer o mesmo.
Além disso, o coach consegue extrair o máximo do capital humano disponível na sua equipe, ouvindo os colaboradores, conhecendo-os de forma mais profunda e destinando tarefas com abordagens peculiares para que aquele membro obtenha o máximo de sucesso e, por consequência, o grupo em geral.
Esse tipo de líder é aberto a ouvir, mas sabe “puxar a orelha” quando necessário, de maneira cuidadosa e assume responsabilidades junto a sua equipe. Auxiliando cada um nas suas potencialidades e limitações, o líder coach é um verdadeiro gestor e desenvolvedor de pessoas.
Como pudemos perceber, liderança nas empresas é um processo. Não é nenhum dom exclusivo daqueles que “foram escolhidos”, mas sim um esforço daqueles que se comprometerem com ela. É um conjunto de ações, valores, decisões e, até mesmo, negações pautadas no exemplo, no respeito mútuo, na coletividade, na sinergia e na organicidade dos processos de um negócio.
Se algumas pessoas parecem ter nascido com uma aptidão natural para a liderança, é somente na tentativa e erro que é possível estabelecer caminhos mais eficazes para exercer liderança nas empresas sem ser autoritário, ser respeitado sem ser temido, ser querido sem ser paternalista.
E você, com qual tipo de líder se identifica? Gostou de nossas dicas de liderança nas empresas? Em quais práticas você já vêm acertando e como pode melhorar a sua performance para uma liderança saudável e legítima?
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