Microgerenciamento: descubra como se livrar desse problema

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Para quem ainda não conhece a palavra microgerenciamento, a princípio, ela pode parecer que provém de algo positivo, como algum tipo de gerenciamento estratégico. Entretanto, ela  na verdade, é um dos grandes problemas que líderes podem cometer em termos de gestão de pessoas.

Trata-se de um tipo de gestão em que o chefe, diretor ou gerente exerce um excessivo controle sobre sua equipe. Esse é um dos maiores causadores de desmotivação, estresse, revolta, inibição de talento e desânimo dentro das empresas.

Há várias causas que levam a este tipo de comportamento, como também existem maneiras de evitá-lo ou melhorá-lo.

Se quiser saber mais sobre o que causa o microgerenciamento, os problemas que ele acarreta na sua empresa e as melhores dicas para se livrar dele, continue a leitura deste artigo e confira!

O que é microgerenciamento?

O microgerenciamento é um modelo de gestão em que o líder possui excesso de controle na equipe. Na prática, esse tipo de gestor entra nos pormenores da tarefa e não analisa apenas o resultado. Ele trabalha com uma abordagem mais autocrática, demonstrando seu poder a todo momento.

Algumas características comuns de um líder que está buscando microgerenciar sua equipe são:

  • querer ser copiado em todos os e-mails;
  • todas as atividades precisam ser informadas e autorizadas para serem executadas;
  • retira toda a autonomia dos colaboradores;
  • qualquer compra a ser realizada tem que ser aprovada por ele, mesmo que seja rotineira e de baixo valor;
  • a equipe não pode participar de projetos com outras áreas sem autorização do gestor;
  • para criar qualquer iniciativa, é preciso que ele tenha conhecimento e aprove, por mais que não exija investimento;
  • etc.

Outros tipos de liderança x microgerenciamento

É importante destacar que existem várias maneiras de gerenciar e liderar uma equipe, sem ser por meio da liderança autocrática. O gestor pode ser do tipo que trabalha junto com os seus liderados e designa as atividades conforme os pontos fortes e fracos de cada membro do grupo.

Também temos a liderança que confia inteiramente na sua equipe, deixa toda a organização a cargo do grupo e tira dúvidas quando é solicitado. Mas, no geral, confere só o resultado final da equipe.

Independentemente do estilo de liderança, a forma como o gestor direciona seus liderados pode variar muito. Porém, o papel maior do bom líder é manter a equipe motivada e focada e, acima de tudo, merecer o respeito de todos devido ao seu trabalho. O líder tem que “merecer e ganhar” o respeito da equipe e não impor.

Quando o gestor foge completamente desse conceito de liderança, que inspira respeito e estimula a motivação, temos o controle excessivo sobre os funcionários.

Causas do microgerenciamento

As causas desse modelo de gestão costumam ser pessoais e/ou organizacionais. Ou seja, não existe uma única causa para que o gestor esteja microgerenciando a equipe. Por isso, é importante mapear as causas mais comuns, que são:

  • pessoais: o gestor já é uma pessoa insegura, com dificuldades de confiar em outros, é obsessivo por detalhes e cheio de conflitos e incertezas;
  • organizacionais: política interna, burocracia, instabilidade no cargo e cultura controladora da empresa.

O ponto é que não importam as causas, o microgerenciamento é um grande mal que pode existir dentro de uma empresa, prejudicando de forma considerável os resultados da companhia. Confira abaixo os principais problemas que podem surgir.

Problemas do controle excessivo

1. Limitação na criatividade e proatividade dos colaboradores

As pessoas do time que outrora tinham atitude e proatividade nas atividades diárias se sentem intimidadas com a autoridade do gerente e acabam desperdiçando todo o potencial.

O ideal é que empresas que desejam crescer deem  autonomia para que os colaboradores se desenvolvam e tenham a própria gestão, mesmo que seja apenas das suas tarefas. Ao limitar esse espaço, as pessoas acabam sendo “podadas” e cria-se um ambiente desgastante a longo prazo.

2. Ambiente de trabalho estressante

Com atitudes rudes e cobranças excessivas do gestor, a alegria e motivação desaparecem e o local de trabalho se torna inóspito, dando espaço a um estresse permanente.

Dessa forma, o microgerenciamento também corrobora para que a empresa tenha uma taxa alta de rotatividade, o turnover, e uma baixa motivação no trabalho.

3. Equipe não encara gestor como exemplo

Na política desse modelo ruim de gestão, talvez o mais prejudicado seja o gestor. Ele fica mal visto por todos dentro da empresa, se torna um líder malquisto e tem sua capacidade de gerenciamento colocada em dúvida, já que passa a impressão de que só consegue liderar por meio do autoritarismo.

Como fugir do controle excessivo? 10 dicas para se livrar desse problema

Geralmente, quem comete o controle autoritário não percebe e não abre a possibilidade para que outros o alertem sobre a forma como as coisas estão ocorrendo, por isso é tão difícil sair deste círculo vicioso.

Nessa perspectiva, o primeiro passo está na pessoa estar aberta a melhorar sua liderança e, ainda, disposta a evitar a liderança autocrática.

Assim, se o gerente percebe que está caindo ou já caiu nesta armadilha, existem maneiras para ajudar nessa difícil batalha. Veja algumas dicas de como melhorar a sua gestão:

  1. oriente e apoie a equipe em qualquer adversidade ou dificuldade;
  2. reconheça e elogie o progresso ou a vitória da equipe, ainda que sejam mínimos;
  3. conheça detalhadamente seus comandados, tendo empatia com os membros da equipe. A confiança mútua aparecerá naturalmente;
  4. a partir de uma confiança entre todos, concentre-se nos pontos mais difíceis e dê autonomia no dia a dia para a equipe;
  5. separe e organize as atividades se baseando nos pontos fortes e fracos de cada membro da equipe;
  6. converse com os comandados, realize one-on-ones com frequência e veja no que realmente precisam de ajuda, mas saiba o limite entre a demanda por apoio e o autoritarismo;
  7. seja transparente na definição dos resultados e objetivos, mas deixe claro que estará trabalhando junto para conquistá-los;
  8. esteja aberto a opiniões e deixe espaço para que a equipe se desenvolva;
  9. não faça cobranças apenas para mostrar que está na liderança. Toda equipe tem ciência de quem é o gestor, não há necessidade desse tipo de demonstração de poder;
  10. reflita sempre sobre o seu comportamento diário.
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Como lidar com um chefe microgerenciador? 

Existem formas de lidar com um líder microgerenciador e não sofrer consequências negativas.
Para isso, é importante que se faça um esforço para estabelecer uma comunicação eficaz, trabalhar na conscientização do líder e, principalmente, procurar desenvolver suas habilidades em relação às tarefas designadas. Nesse caso, ele deve estar aberto para receber feedbacks, tanto dos líderes dele, como também dos seus liderados.

TEMPLATES FEEDBACK GRATUITO Microgerenciamento: descubra como se livrar desse problema

A comunicação eficaz com o líder microgerenciador é fundamental para que se saiba o que motiva o comportamento dele. Nesse caso, é papel da alta gestão e do RH mapear a causa desse autoritarismo, de modo que isso seja trabalhado.

Na verdade, caso a empresa conte um programa de desenvolvimento profissional ou um plano de sucessão, o ideal é que esse comportamento de microgerenciador seja identificado e trabalhado enquanto a pessoa ainda não assumiu o cargo.

Próximos passos

Ter a confiança e o respeito das pessoas do seu time é a melhor maneira de conseguir os melhores resultados. Mas tudo isso só ocorre quando a equipe confia no seu gestor e o considera como exemplo a ser seguido.

À medida que for vencendo o microgerenciamento, o gestor precisa conhecer melhor sua equipe e contribuir para o desenvolvimento de cada um deles. Isso possibilitará que o líder delegue com mais confiança e mais chance de acertar, dê mais autonomia e melhore o clima organizacional.

E como fazer isso? Usando o poder da tecnologia a seu favor! O software de recursos humanos favorece a identificação e o desenvolvimento de talentos, facilitando sua retenção na empresa.

Por meio de ciclos automatizados de avaliações de competência, esse sistema de gestão de pessoas proporciona mais autonomia ao RH e tempo de sobra para focar nas ações estratégicas e relevantes para a companhia. Isso porque há a automatização de processos e o estímulo à implementação da cultura de feedback.

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