No mercado tradicional, os empreendedores aprendem desde cedo que têm que lutar contra os seus concorrentes e conquistar uma fatia maior do mercado sendo melhor que eles em alguma coisa. Normalmente, é o preço, a qualidade ou oferecendo uma solução para um nicho. Nesse ponto entra a estratégia do oceano azul, propondo uma maneira completamente diferente de pensar o mercado e a relação com a concorrência.
E se a sua empresa não precisasse mais se preocupar com a competição? E se os concorrentes não representassem mais uma ameaça, mas outros players em um cenário complexo e dinâmico? Se isso parece muito surreal, você precisa continuar lendo este artigo para abrir a cabeça.
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Agora sim, vamos entender essa nova maneira de pensar proposta por Kim e Mauborgne, estrategistas de mercado dão aulas no INSEAD, na França. Está pronto para uma ideia inovadora? Basta seguir conosco!
O conceito do oceano azul foi desenvolvido pelos estrategistas de mercado W. Chan Kim e Renée Mauborgne, ambos professores do Instituto Europeu de Administração de Empresas. Eles explicam a teoria no livro “A estratégia do Oceano Azul: como criar novos mercados e tornar a concorrência irrelevante”, de 2005, que nós vamos resumir neste tópico.
A estratégia do oceano azul, segundo os autores, é o fruto de um processo de inovação disruptiva. “Para vencer no futuro, as empresas devem parar de competir umas com as outras”, eles defendem. Não entendeu nada? Calma, nós explicamos.
Os autores desafiam as empresas a mudarem completamente o prisma do seu olhar e parar de ver a si e a sua empresa em comparação com os concorrentes. Em vez disso, eles convidam os empreendedores a olharem para o cenário mais amplo, buscando oportunidades que ninguém está vendo e explorando mercados completamente novos.
Estes tais mercados novos seriam o oceano azul — que se contrapõe ao oceano vermelho, um “mar de sangue”, onde os concorrentes guerreiam por uma fatia maior de mercado. Porém, navegar nessas águas cristalinas não é fácil. Para alcançar o oceano azul, a empresa precisa explorar espaços não ocupados do mercado — em um contexto como o atual, isso se torna cada dia mais difícil.
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A partir do momento em que a empresa entra nesse mercado totalmente novo e inexplorado, ela se vê em uma realidade praticamente sem concorrentes. Por isso, os outros players do mercado passam a não importar, pois não oferecem uma ameaça à empresa.
Para conseguir isso, a empresa precisa romper com a lógica segundo a qual está operando. Só assim será possível enxergar as oportunidades que não estão sendo aproveitadas. Isso requer uma inovação que muitas vezes não é tecnológica.
Você pode assistir à própria Renée Mauborgne explicando mais sobre a teoria em sua TED Talk:
A inovação de valor anda de mãos dadas com a estratégia do oceano azul, uma vez que é um dos caminhos para você chegar até esses mercados inexplorados. Segundo Kim e Mauborgne, as inovações incrementais não geram valor suficiente para que o seu produto seja único e responda a uma necessidade que ninguém mais atende.
Por outro lado, a inovação somente pelo hype da inovação pode se tornar uma daquelas coisas que todo mundo acha “sensacional”, mas que tem utilidade real (ou seja, agrega valor real) na vida de pouquíssimas pessoas. Nesse último caso, o mercado não estará pronto para absorver o seu produto, ou não estará disposto a pagar por ele.
É na interseção desses dois conceitos que está a chamada “inovação de valor”, ou curva de valor. O próprio conceito já é bem sugestivo: ela acontece quando a empresa consegue inovar apresentando ao mercado um produto que responde a uma necessidade não atendida. Ou seja, inovar entregando um valor real para o consumidor.
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A inovação de valor é fruto de uma inovação disruptiva, mas não necessariamente ela precisa ser altamente tecnológica. É possível inovar com valor sem precisar desenvolver uma ferramenta para isso. Agora que você já sabe o que é inovação de valor ou curva de valor, no próximo tópico, vamos ver alguns exemplos de oceano azul para você entender na prática.
Promessa é dívida: nosso exemplo de oceano azul é justamente de uma empresa que está totalmente fora do contexto de tecnologia. Mas o Cirque du Soleil é um dos melhores exemplos que podemos citar de oceano azul.
Na década de 1980, a arte do circo estava em decadência. Uma das maiores características desse tipo de performance, a apresentação dos animais, era alvo de duras críticas relacionadas aos maus tratos.
O que Guy Laliberté, fundador do Cirque du Soleil, fez foi reformular completamente a proposta do que era um espetáculo de circo. Em primeiro lugar, ele eliminou os animais das apresentações. Além de ir ao encontro do que queria a opinião pública, ele ainda cortou uma série de custos para a empresa (compra dos animais, cuidados veterinários, alimentação, tratadores, transporte, seguros etc.).
Mas ele não parou por aí. Ele também criou o conceito de um espetáculo de circo como uma narrativa com início, meio e fim, na qual os artistas entravam com seus respectivos números. Além disso, ele eliminou os múltiplos palcos dentro do picadeiro e eliminou a prática de descontos nos ingressos. Assim, as pessoas viam o real valor do circo, refletido inclusive no preço que pagavam pelas entradas.
O resultado dessa inovação disruptiva no setor das artes performativas a gente já conhece. Hoje em dia, o Cirque du Soleil tem residência em Las Vegas, Orlando, Montreal e turnês que percorrem o mundo inteiro, com ingressos esgotados na maioria das noites.
Para alcançar esse nível de inovação disruptiva, a sua empresa precisa estar com a gestão operacional rodando sem contratempos. Só assim os gestores terão o tempo necessário para se dedicarem a pesquisas para compreender o mercado, a sociedade e as necessidades do consumidor.
A melhor forma de garantir essa otimização das operações é por meio de um software de gestão de processos. O STRATWs One é uma plataforma que transforma em processos a metodologia de gestão da sua empresa.
Ao fazer isso, ele automatiza uma série de tarefas mecânicas e repetitivas, liberando tempo da equipe e dos gestores para coisas que realmente interessam. A plataforma já atende a mais de 180 mil usuários em 20 países diferentes. São empresas como o Grupo Vivara, Magazine Luiza e Dotz.
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