A diversidade é um tema que está na ordem do dia. Fala-se sobre representatividade, inclusão das minorias e reconhecimento de talentos em grupos que, até bem pouco tempo atrás, tinham pouco espaço no mercado de trabalho — principalmente nas posições de liderança. Por isso, a gestão da diversidade nas organizações tem se tornado uma ação de crescente relevância.
As empresas atuais precisam estar atentas e fazer um esforço ativo para ter em suas equipes pessoas de diferentes gêneros, raças, nacionalidades, orientações sexuais e outras características que são definidoras da identidade de uma pessoa.
Neste artigo, vamos trabalhar os principais pontos sobre a gestão da diversidade nas empresas e orientar você a montar um programa para ter uma equipe rica nesse sentido. Acompanhe a leitura para saber mais!
Se você se interessa por esse assunto, vai gostar de ver o nosso infográfico:
A gestão da diversidade é um conceito utilizado nas empresas desde a década de 1990, por conta de grandes mudanças que o mercado de trabalho estava sofrendo com a globalização, entrada massiva de mulheres no mundo corporativo e outras. Nesse contexto social, as empresas viram-se com o desafio de precisar funcionar em uma outra lógica no que dizia respeito às pessoas.
O que começou lá no final do século XX ganhou ainda mais força especialmente na segunda década do século XXI. Com um crescimento dos debates sobre o papel social da mulher, dos negros, dos indígenas, das pessoas LGBTQI+, de pessoas com necessidades especiais e outros grupos minoritários, não tardou até esse assunto chegar às empresas.
Durante séculos, o mercado de trabalho foi dominado pelas maiorias — principalmente homens brancos heterossexuais. Mas, a partir do momento que grupos minoritários começaram a reivindicar seu espaço, as empresas precisaram encontrar uma forma de lidar com isso e incorporar mais pessoas de perfis diferentes em seus quadros.
A gestão da diversidade nas organizações, neste conceito moderno, consiste em uma política ou um programa do RH da empresa, para garantir a presença de mais colaboradores de grupos minoritários. Além disso, a gestão de diversidade nas empresas também é responsável pela criação de uma cultura organizacional mais aberta a pessoas com experiências e vivências a partir de outras perspectivas.
A inclusão de minorias em bons postos de emprego tem uma questão moral e ética que não pode ser ignorada. Afinal, existem muitos profissionais competentes de todas as áreas que merecem uma chance de mostrar seu bom trabalho.
Mas esse motivo está longe de esgotar a questão. Objetivamente falando, a diversidade pode ser considerada um grande ativo para as empresas. Pessoas com vivências diferentes podem enxergar oportunidades onde outras não veem.
A indústria de cosméticos, por exemplo, ignorou durante anos uma enorme fatia do mercado ao não produzir bons produtos para as pessoas de pele negra. Foi só recentemente que a pressão do mercado e a exigência dos consumidores fez despertar nas marcas a produção de maquiagens para esses clientes não atendidos.
Isso significa que a indústria de cosméticos desperdiçou, por décadas, o faturamento que teria vindo das vendas para esse mercado totalmente inexplorado. Se as empresas tivessem mais negros nos seus quadros, a identificação dessa oportunidade poderia ter vindo muito antes.
O mesmo vale para outros grupos minoritários. Pessoas com necessidades especiais podem enxergar a oportunidade de novos produtos ou serviços para atender a falhas do mercado. As mulheres têm vivências que os homens nunca terão e podem sugerir melhorias em produtos ou até a criação de novas linhas para resolver dores específicas. Igualmente, pessoas LGBTQI+, indígenas e todos os outros grupos minoritários podem contribuir de formas inimagináveis para quem não tem a mesma vivência.
Ou seja, resumidamente, a gestão da diversidade nas organizações pode trazer uma vantagem competitiva. Além disso, é uma prática avaliada positivamente pela sociedade civil atual e conta pontos para a reputação empresarial.
A TED Talk da autora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie sobre o perigo da narrativa única também é um bom material que explica a importância de diferentes olhares sobre um mesmo tema:
Um programa de gestão da diversidade nas organizações deve ter atenção a dois pontos fundamentais. A seguir, vamos explicar um pouco sobre cada um deles.
Tempos atrás, a Amazon resolveu testar um sistema de automação do processo de recrutamento e seleção. Eles criaram um algoritmo que era capaz de analisar o perfil dos colaboradores contratados nos últimos dez anos e fazer uma pré-triagem dos currículos.
O que os executivos de RH perceberam em pouco tempo foi que os CVs que chegavam para as entrevistas eram mais homogêneos do que nunca. Mulheres, negros, profissionais da terceira idade, pessoas com necessidades especiais não chegavam nem às entrevistas, o que significa que nunca seriam contratadas. É dispensável dizer que o algoritmo foi rapidamente abolido.
Esse caso ilustra bem o papel da gestão da diversidade nas organizações nos processos de recrutamento e seleção. O RH deve garantir que o seu processo seletivo privilegie as capacidades técnicas e os valores do candidato — e não características como cor de pele, classe social, gênero, idade e outras características sobre as quais o profissional tem pouco ou nenhum controle.
Nosso kit de ferramentas para RH vai ajudar nisso:
Porém, não adianta contratar pessoas com perfis diferentes, se a cultura organizacional não promove a integração completa desses profissionais. O outro ponto essencial da gestão da diversidade nas organizações é, portanto, um trabalho de sensibilização para a diversidade.
Muito mais do que coibir piadas e comentários preconceituosos, o RH deve proporcionar aos colaboradores treinamentos de como lidar com a diversidade. Esses treinamentos também vão ajudar a equipe a enxergar o “diferente” como uma fonte de recursos — criatividade, experiência, novas competências etc.
Aqui estão algumas dicas práticas de como começar um programa de diversidade nas organizações.
Os líderes da empresa precisarão ser o exemplo de comportamento relativamente às pessoas de grupos minoritários. Faça um trabalho de sensibilização e conquiste os líderes, tornando-os embaixadores do programa.
Aproveite para assistir ao nosso webinar gravado:
Pelo menos no início, é importante fornecer um guia com diretrizes claras sobre o que é permitido na empresa e o que é considerado ultrapassar os limites. Essas definições ajudam os colaboradores a se portarem da forma desejada e, aos poucos, introjetarem esse comportamento.
A partir do momento em que você define KPIs para o seu programa de diversidade, é possível monitorar o progresso das ações e melhorar o que não estiver indo tão bem quanto o esperado.
Para estabelecer esses indicadores, você poderá contar com a ajuda de um software de gestão de processos. O STRATWs One é a solução da Siteware para tornar a gestão da sua empresa muito mais simples e eficiente.
A nossa plataforma transforma em processos a sua metodologia de gestão. Compatível com SWOT, Lean e outras metodologias, ela atualmente atende cerca de 160 mil usuários em aproximadamente 1.000 empresas em 20 países diferentes.
Ao registrar os processos, você pode também cadastrar os indicadores de cada um. Assim, fica muito mais fácil monitorar o desempenho da empresa como um todo.
Peça uma demonstração gratuita e veja como nós podemos ajudar você a ter um quadro de colaboradores mais diverso, inclusivo e criativo!
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