Existem organizações que estão assumindo um novo modelo de gestão de RH, adotando equipes autogerenciadas e abandonando o modelo tradicional, que valoriza a supervisão constante e implacável de cada um dos membros das equipes de trabalho.
No modelo antigo de gestão de RH, somente os chefes de equipes têm autonomia para a tomada de decisões, enquanto os demais participantes das equipes são meramente encarregados de executar ideias que surgiram nas cabeças de outras pessoas.
Quer criar uma equipe autogerenciada na sua empresa? Então, leia atentamente este post e descubra o que são equipes autogerenciadas e como chegar a este novo patamar de gestão de pessoas.
É um grupo colaborativo de pessoas que compartilham entre si a responsabilidade pela realização de um objetivo, seja ele desde uma tarefa simples até um projeto complexo. Neste modelo de autogerenciamento de equipes, todos os membros do grupo são capacitados e têm tanto autoridade para tomar decisões quanto senso crítico suficiente para supervisionar a si próprios.
Este grupo tem, também, autonomia para se organizar da forma que for mais produtiva para cada projeto. Desta forma, pode colocar na liderança da equipe sempre a pessoa que reúna a melhor combinação de perfil, habilidades e competências para cada objetivo específico. Sua estrutura é flexível e mutável.
Esta forma de gestão com autogerenciamento de equipes é ideal para a empresa que quer:
Ter uma equipe autogerenciada muda a dinâmica dos processos empresariais, agilizando o processo decisório, pois libera a alta gerência dos processos microgerenciais, deixando-a livre para a tomada de decisões estratégicas.
Neste tipo de organização, prevalecem a confiança mútua, a solidariedade, o espírito de inovação, o exercício da liderança informal, a troca de experiências e informações e o gosto pelo trabalho em equipe.
Todos seus membros devem ter grande capacidade técnica e analítica, autocontrole, inteligência emocional e alto grau de comprometimento com o alcance das metas empresariais. Devem, também, ser extremamente focados em resultados, conduzindo suas ações conforme o direcionamento estratégico da organização.
Quando bem constituídas, estas equipes ganham alta performance e seus resultados são maiores do que a soma dos esforços individuais.
Esta equipe recebe delegação de poder por parte da empresa para a tomada de decisão, autonomia para o planejamento de ações, a distribuição de tarefas, a reformulação de fluxos e a solução de problemas em determinado projeto ou processo.
Por exemplo, a metodologia Scrum de gerenciamento ágil de projetos tem como base as equipes autogerenciadas.
Os membros, geralmente, assumem os seguintes papéis:
É imprescindível que os membros do time tenham habilidades complementares e suas tarefas sejam interdependentes. Além disso, seu nível de integração precisa ser alto, para minimizar conflitos no trabalho em equipe e gerar sinergia para o alcance de resultados acima da média.
Não pense que migrar para o autogerenciamento de equipes é uma tarefa fácil — muito pelo contrário, é um desafio reunir pessoas distintas e torná-las um grupo coeso e harmonioso.
Isso demanda mentoria, coaching e reuniões de acompanhamento de resultados. O grupo precisará superar conflitos que eventualmente surjam ao longo das atividades, visando criar uma atmosfera de confiança entre todos, para que o desempenho de todos os membros se torne equivalente. Em alguns casos, é necessária a substituição daqueles que não contribuem para o grupo.
Para criar uma equipe autogerenciada, a organização deve ter a mentalidade de que seus colaboradores são capazes e competentes, gostam de exercitar sua criatividade e liderança, se alinham com os valores e objetivos organizacionais e sabem assumir responsabilidades. E a alta direção deve entender que leva um tempo para consolidar esta cultura na organização.
Dentre as muitas vantagens de se ter equipes autogerenciadas, podemos destacar:
Essas vantagens não são de se jogar fora, não é mesmo? Depois de uma fase de adaptação a este novo modelo, você poderá desfrutar desses benefícios.
A maioria das empresas brasileiras ainda não aderiu à ideia e à prática de ter equipes autogerenciadas, pois prevalece a mentalidade de que as pessoas só produzem sob supervisão.
A empresa precisa acreditar no intraempreendedorismo, sabendo que os colaboradores podem atuar como se fossem donos do negócio. Dessa forma, suas contribuições para o sucesso empresarial se tornam mais efetivas e lucrativas.
Essa é a essência do autogerenciamento de equipes: o espírito empreendedor de quem assume riscos e responsabilidades sobre os resultados e sabe focar nos objetivos planejados, visando superá-los.
Agora que você já sabe como criar uma equipe autogerenciada, que tal assinar nossa newsletter?
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