Você sabia que a lei brasileira de Cotas, criada em 1991, diz que as empresas com mais de 100 funcionários devem ter de 2% a 5% de colaboradores PCD (Pessoas com Deficiência)?
Essa é uma das medidas utilizadas para aumentar a inclusão de pessoas com deficiência física ou mental no ambiente de trabalho.
Mas como implementar um programa de inclusão de pessoas com deficiência nas empresas, efetivamente?
Existem diversas iniciativas públicas de Inclusão de PDC nas empresas, baseadas na lei de inclusão de pessoas com deficiência. São programas governamentais que incentivam a profissionalização e que oferecem vagas no setor público.
Algumas empresas até superam as cotas de PCD exigidas pela lei e adequam seus meios de comunicação para oferecer opções em libras (para que pessoas surdas ou mudas possam se comunicar). Além de fornecer treinamentos especiais de desenvolvimento profissional.
Porém, mesmo com essas medidas, os profissionais PCD ainda costumam sofrer com uma grande desmotivação nas empresas. Isso acontece por conta de todo o processo que costumamos chamar de inclusão.
O problema de como implementar um programa de inclusão de pessoas com deficiência começa pelo fato da Lei de Cotas não ser bem interpretada. Além disso, um projeto de inclusão de PDC nas empresas não é algo que acontece da noite para o dia.
Antes da lei existir, infelizmente, as empresas não tinham interesse em contratar e desenvolver profissionais com alguma deficiência. E até hoje o preconceito constrói uma barreira difícil de ser quebrada para esses profissionais.
Neste post, você verá maneiras efetivas de como implementar um programa de inclusão de pessoas com deficiência.
Você sabe mesmo que é PDC nas empresas? Fique atento por que a lei que regulamenta o seu projeto de inclusão de deficientes nas empresas é bem rígida!
Na verdade, a inclusão de pessoas com deficiência ainda caminha a passos lentos. Os profissionais são contratados, mas não têm a formação necessária para exercer algumas atividades ou simplesmente não conseguem chegar até a empresa devido a sua deficiência.
Eles podem ter a qualificação, facilidade de acesso, mas se desmotivam com pouco tempo de trabalho por não observarem que estão sendo realmente acolhidos no ambiente de trabalho ou tratados de igual para igual.
E como trabalhar a motivação para reter e melhorar o engajamento de PCD com suas funções e papéis dentro da empresa?
De nada adianta ter uma grande empresa com políticas de inclusão, ambientes de trabalho internos adaptados e uma equipe preparada para receber os PCD, se sua empresa fica em um local onde eles não conseguem nem chegar.
E vice-versa.
Se sua empresa fica em um lugar de fácil acesso, porém internamente é impossível que as pessoas com alguma deficiência tenham boas condições de trabalho, a acessibilidade não é tratada de forma completa.
Os ambientes externo e interno devem oferecer opções acessíveis para que as pessoas com deficiência possam chegar até o local e sentirem-se acolhidas, não mais limitadas.
Na verdade, isso está até determinado na lei de inclusão de pessoas com deficiência.
E não estamos falando apenas de deficiências físicas. Existem diversas ligações ao conceito de “acessibilidade” que as empresas devem considerar.
Se procurada no dicionário, a acessibilidade tem a definição de facilidade de aproximação, de procedimento ou de obtenção. O que é um bom resumo, mas a acessibilidade buscada por profissionais PCD deve estar relacionada a conceitos mais amplos.
A arquitetura do ambiente, a comunicação utilizada, métodos e ferramentas para realizar determinada função e também o comportamento das pessoas — tanto dos PCD quanto dos outros colaboradores — são aspectos fundamentais que a empresa deve adaptar.
Para todos esses aspectos, não tem como implementar um programa de inclusão de pessoas com deficiência sem estudar os ambientes externo e interno.
Portanto, as adaptações devem estar incluídas no projeto de inclusão de deficientes nas empresas e melhoria da acessibilidade.
Já com essas medidas, as pessoas com algum tipo de deficiência se sentirão importantes para a empresa, tendo certeza que podem realizar as funções sem sentirem-se limitados por falta de alguma ferramenta. Dessa forma, eles não sentirão que não trabalham tanto ou tão bem quanto os outros colaboradores.
Quando as pessoas com deficiência começaram a ingressar no mercado de trabalho, o grande problema foi a falta de qualificação, principalmente acadêmica.
Felizmente, as universidades também já contam com programas de inclusão de PDC nas empresas e muitas já estão preparadas para recebê-los.
Agora o grande desafio nas empresas é desenvolver esses colaboradores para oferecer um plano de carreira aproveitando suas habilidades e competências técnicas.
Um plano de carreira bem definido é sinal de oportunidades de crescimento dentro da empresa. Um plano definido tem um impacto positivo nos colaboradores, que sabem por que fazem o que fazem e como seu papel está alinhado aos objetivos da empresa.
A inclusão de pessoas com deficiência nesses planos de carreira é fundamental para diminuir as taxas de turnover desses colaboradores na empresa. Além de incluí-los com os outros em treinamentos para desenvolvimento profissional.
Sua empresa tem alta taxa de turnover? Saiba o que evitar para diminuir esse número!
Definir e gerenciar metas para eles, com próximos passos claros — respeitando, é claro, suas limitações — garante sua evolução. Além disso, evita que outros funcionários pensem ou falem que eles conquistaram alguma posição apenas por serem PCD.
A mentalidade dos colaboradores e como eles enxergam a inclusão de pessoas com deficiência deve ser adequada na cultura organizacional. O clima organizacional reflete diretamente a satisfação e produtividade das pessoas com o trabalho exercido na empresa. Portanto, quanto melhor ele for, os colaboradores tendem a ter novas ideias, render mais e promover boas relações de trabalho.
E isso não é diferente com os PCD. Eles também têm de compreender os valores, comportamentos esperados e os objetivos da organização. Eles precisam se sentir parte disso. Da mesma forma, os outros colaboradores devem entender que eles também têm a missão de transmitir isso.
A inclusão de pessoas com deficiência precisa ser tratada como uma oportunidade de trabalhar a diversidade. Além disso, deve ser vista não somente como uma obrigação legal. Afinal, pessoas com deficiência também exercem um ótimo trabalho! A adequação das pessoas ao acompanhamento desses profissionais e a busca pela sua evolução são fundamentais para um bom clima organizacional.
Infelizmente ainda existem traços de preconceito que podem ser percebidos nas empresas, mas que tendem a diminuir conforme projetos de inclusão são apresentados. A integração social dos PCD, como em eventos, pode ser muito benéfica no processo, incentivando a comunicação e a desenvoltura.
Caso essa integração não ocorra, o clima organizacional pode ser abalado. Os PCD acabam não tendo motivação suficiente e não se engajam com o trabalho e com a equipe.
Veja mais em nosso blog: Como implementar cultura organizacional? Descubra em 7 etapas
O preconceito surge da ausência de conhecimento. É, literalmente, um pré-conceito, moldado antes do conhecimento sobre determinada situação.
O que ocorre muito com os PCD, por exemplo, é o fato de as pessoas pensarem que eles não são capazes de ter ou desenvolver qualificações para alguma função ou cargo específico. E esse julgamento ocorre sem nem antes conhecê-los.
Contradizendo este pensamento, a contratação do PDC deve afirmar sua qualificação. E um bom programa de inclusão de pessoas com deficiência na empresa pode não só motivar esses profissionais. Mas motivar também as outras pessoas.
Como implementar um programa de inclusão de pessoas com deficiência e deixá-las motivadas?
Quando as pessoas passam por uma preparação prévia, começam a conviver com os PCD e ver o quanto eles são capazes de realizar as atividades.
Assim, passam a ser mais abertos e interessados não só em como essas pessoas trabalham, mas na desenvoltura da equipe em geral.
Isso vai além do ambiente corporativo como também um ensinamento para a vida, desenvolvendo e aplicando a tolerância.
Uma ideia interessante é que um funcionário possa se tornar “padrinho” de um PCD.
Assim, ele fica responsável por oferecer o suporte necessário. Além disso, também absorver aprendizados com o PCD. Ele terá a oportunidade de lidar de perto com eventuais dificuldades e valorizar mais a diversidade.
Ademais, as relações dentro do corporativo evoluem e o clima organizacional melhora. Isso permite ganhos para todos.
Ficou claro para você como implementar um programa de inclusão de pessoas com deficiência?
Na verdade, o conceito de inclusão e acessibilidade passa a ser cada vez menos relacionado ao cumprimento da lei de inclusão de pessoas com deficiência. E cada vez mais relacionado a oportunidade de desenvolvimento de pessoas e da diversidade.
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