Internacionalização do agronegócio: os 5 principais desafios
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A internacionalização do agronegócio é um objetivo ambicioso para muitas cooperativas e empresas do setor. Afinal, expandir para mercados externos significa aumentar a competitividade, diversificar riscos e conquistar novas oportunidades de crescimento.
No entanto, apesar do potencial promissor, muitas empresas do agro enfrentam desafios significativos nesse processo.
A falta de conhecimento sobre regulamentações internacionais, barreiras alfandegárias, dificuldades logísticas e até mesmo a adaptação dos produtos às exigências do mercado externo são alguns dos principais entraves.
Além disso, muitas cooperativas não possuem uma estratégia estruturada de exportação e acabam dependendo de intermediários, reduzindo suas margens de lucro e perdendo controle sobre a negociação.
Se você está em busca de superar esses desafios na internacionalização do agronegócio, neste artigo eu te conto mais sobre. Continue a leitura e confira!
Quais são os principais desafios da internacionalização do agronegócio brasileiro
A internacionalização do agronegócio brasileiro tem sido uma meta estratégica para muitas cooperativas e produtores que desejam expandir seus mercados e aumentar a competitividade global.
No entanto, esse processo não acontece sem obstáculos. Desde barreiras logísticas e tributárias até desafios regulatórios e de promoção comercial, há uma série de fatores que dificultam a entrada e a consolidação dos produtos brasileiros no mercado externo.
A seguir, te apresento alguns dos principais desafios enfrentados pelos produtores e cooperativas no processo de internacionalização do agronegócio, trazendo insights sobre os impactos e possíveis caminhos para superá-los.
1- Desafios relacionados à infraestrutura e logística
A infraestrutura e a logística são, historicamente, um dos maiores gargalos para a internacionalização do agronegócio brasileiro. O escoamento da produção para os portos, o alto custo do transporte interno e a defasagem de rodovias, ferrovias e portos tornam o processo de exportação mais caro e demorado.
No Brasil, grande parte da produção agropecuária está localizada no interior do país, longe dos principais portos de exportação. Isso significa que os produtores precisam arcar com custos elevados de transporte, muitas vezes dependendo exclusivamente de rodovias em más condições.
Além disso, a falta de integração entre modais (rodoviário, ferroviário e hidroviário) aumenta ainda mais as dificuldades logísticas.
Outro ponto crítico é a infraestrutura portuária, que muitas vezes sofre com congestionamentos, burocracia excessiva e falta de investimentos em modernização.
Esses entraves impactam diretamente a competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional, tornando-os menos atrativos em relação a concorrentes de países que possuem uma estrutura logística mais eficiente.
2- Desafios econômicos e tributários
A complexidade tributária brasileira é um dos principais entraves para a internacionalização do agronegócio. O país possui uma carga tributária elevada e um sistema de impostos que dificulta a competitividade dos produtos nacionais no exterior.
Dentre os principais desafios estão:
- A alta carga tributária incidente sobre a produção e a exportação;
- A complexidade do sistema de impostos, que exige um alto nível de conhecimento técnico e burocrático para ser gerenciado;
- A volatilidade do câmbio, que pode impactar diretamente os preços de exportação e a rentabilidade dos produtores;
- A falta de incentivos fiscais mais robustos para estimular as exportações do setor agropecuário.
Além disso, o acesso a crédito para internacionalização ainda é um desafio para muitas cooperativas e produtores.
As taxas de juros elevadas e a dificuldade em obter financiamento para investimentos em exportação reduzem a capacidade de expansão das empresas que buscam pela internacionalização do agronegócio para o mercado externo.
3- Desafios aduaneiros e alfandegários
Os processos aduaneiros e alfandegários são outra barreira significativa para a internacionalização do agronegócio.
Isso porque a burocracia envolvida na exportação de produtos agropecuários pode ser extensa, com exigências de documentação complexas e prazos que nem sempre são compatíveis com a dinâmica do comércio internacional.
Para exportar um produto agropecuário, é necessário atender a uma série de requisitos, como certificações sanitárias, análise de conformidade com padrões internacionais e cumprimento de normas de rastreabilidade.
Além disso, as tarifas e barreiras não tarifárias impostas por países importadores podem dificultar ainda mais o acesso a novos mercados.
Essa complexidade na internacionalização do agronegócio leva muitos produtores a depender de intermediários, como traders e cooperativas, para viabilizar suas exportações, o que pode reduzir a margem de lucro e limitar o controle sobre os processos comerciais.
4- Desafios de comércio exterior e promoção comercial
Outro grande desafio para a internacionalização do agronegócio brasileiro está na promoção comercial e na estratégia de posicionamento nos mercados internacionais.
O Brasil é um dos maiores exportadores de produtos agropecuários do mundo, mas sua pauta exportadora ainda é altamente concentrada em commodities, como soja, carne bovina, milho e açúcar. A diversificação da oferta de produtos, especialmente de maior valor agregado, ainda é um desafio para os produtores.
Além disso, a falta de presença em feiras internacionais, missões comerciais e ações de marketing no exterior limita a visibilidade dos produtos brasileiros em mercados estratégicos.
Muitos produtores enfrentam dificuldades em estabelecer redes de distribuição sólidas e parcerias comerciais que permitam expandir suas operações de forma sustentável.
5- Desafios de compliance e capacitação
Por fim, a internacionalização do agronegócio exige um alto nível de compliance e capacitação por parte dos produtores e cooperativas.
Muitos mercados internacionais possuem normas rigorosas de qualidade, segurança alimentar e sustentabilidade. Isso exige que as empresas do setor agropecuário invistam constantemente na adaptação de seus processos produtivos para atender a esses requisitos.
Além disso, a capacitação dos profissionais envolvidos no processo de exportação é um fator crítico. O desconhecimento sobre as exigências legais, regulatórias e logísticas dos mercados internacionais pode dificultar a entrada e permanência das empresas brasileiras no comércio exterior.
Como superar os principais desafios?
A internacionalização do agronegócio apresenta desafios significativos para cooperativas e empresas do setor, mas também oferece oportunidades estratégicas para expandir mercados e aumentar a competitividade global.
A boa notícia é que, com planejamento e as estratégias certas, esses desafios podem ser superados.
Se você deseja dar os primeiros passos na exportação de produtos agropecuários e tornar sua empresa mais preparada para atuar no mercado externo, aqui estão algumas dicas práticas para superar os principais obstáculos.
1- Melhoria na infraestrutura e logística
A infraestrutura deficiente e os altos custos logísticos são um dos principais entraves para a internacionalização do agronegócio. No entanto, algumas estratégias podem ajudar a contornar esses desafios e otimizar o escoamento da produção.
- Aposte em parcerias estratégicas: cooperativas podem se unir para viabilizar investimentos em logística compartilhada, reduzindo custos de transporte e armazenamento.
- Explore diferentes modais de transporte: dependendo da localização da sua produção, investir em transporte ferroviário ou hidroviário pode gerar economia e eficiência.
- Utilize armazéns alfandegados: essa estratégia reduz o tempo de liberação dos produtos e melhora a competitividade nos mercados internacionais.
- Aproveite incentivos logísticos regionais: algumas regiões oferecem benefícios para produtores que utilizam determinadas rotas de exportação, como a Zona Franca de Manaus e os portos do Nordeste.
2- Superando barreiras econômicas e tributárias: Planejamento e incentivos
O complexo sistema tributário brasileiro pode dificultar a internacionalização do agronegócio, mas há formas de minimizar seus impactos.
Para evitar surpresas e otimizar sua margem de lucro ao exportar, comece com um planejamento tributário detalhado.
Contar com o suporte de um especialista em comércio exterior pode fazer toda a diferença na definição da melhor estrutura fiscal para sua operação.
Além disso, é importante aproveitar os incentivos fiscais disponíveis, como:
- O Drawback, que permite a suspensão de tributos para insumos importados utilizados na produção de bens exportados;
- O REINTEGRA, programa que devolve parte dos impostos pagos pelas empresas exportadoras;
- O Proex (Programa de Financiamento às Exportações), que oferece condições especiais de financiamento para empresas brasileiras que desejam vender para o exterior.
Com um bom planejamento, sua empresa pode reduzir significativamente os custos e aumentar a competitividade no mercado internacional.
3- Reduzindo a burocracia na exportação
Muitos produtores rurais enfrentam dificuldades com documentação, certificações sanitárias e exigências alfandegárias ao tentar exportar seus produtos. Uma forma eficaz de simplificar esse processo é investir em gestão eficiente e tecnologia para comércio exterior.
Uma boa prática para quem busca a internacionalização do agronegócio é utilizar um software de gestão aduaneira, que automatiza a emissão de documentos, facilita o acompanhamento de prazos e garante conformidade com normas internacionais.
Além disso, contar com despachantes aduaneiros experientes pode agilizar o processo e reduzir erros que poderiam atrasar a liberação dos produtos nos portos.
Cooperativas e empresas que investem em capacitação interna sobre os trâmites burocráticos também ganham mais autonomia e eficiência na exportação.
4- Posicionamento e promoção comercial
Não basta ter um produto de qualidade. Para garantir que ele seja competitivo no exterior, é essencial investir em uma estratégia de promoção comercial bem estruturada.
Uma das formas mais eficazes de aumentar a presença no mercado internacional é participar de feiras e eventos do setor, onde empresas podem estabelecer contatos estratégicos e fechar parcerias.
Além disso, investir em certificações internacionais pode agregar valor ao produto e facilitar sua aceitação em mercados exigentes, como União Europeia e Estados Unidos.
Para se destacar na internacionalização do agronegócio, considere também:
- Atuar em marketplaces internacionais voltados para o agro, como Alibaba e Tradeling;
- Ajustar embalagens e rótulos conforme as preferências e regulamentações do país-alvo;
- Criar campanhas digitais segmentadas, utilizando plataformas como Google Ads e LinkedIn para alcançar compradores no exterior.
Combinando essas estratégias, as empresas do agronegócio podem ampliar sua visibilidade e consolidar sua presença nos mercados internacionais.
5- Compliance e capacitação e conformidade global
Para que a internacionalização do agronegócio seja bem-sucedida, é essencial que os produtos atendam às normas e certificações exigidas pelos mercados internacionais.
Cada país possui regulamentações específicas para produtos agropecuários, incluindo normas sanitárias, exigências ambientais e protocolos de rastreabilidade.
Empresas que desejam exportar precisam estar em conformidade com essas regras, evitando restrições ou sanções.
Além disso, a capacitação da equipe envolvida no processo de exportação é fundamental. Treinamentos e cursos sobre comércio exterior, negociação internacional e certificações sanitárias ajudam a preparar a empresa para operar com mais segurança e eficiência no mercado externo.
Próximos passos
A internacionalização do agronegócio é um passo essencial para cooperativas e empresas que desejam crescer e se tornar mais competitivas no cenário global. No entanto, como vimos ao longo deste artigo, o caminho para exportação exige planejamento, organização e adaptação constante às exigências do mercado internacional.
Para superar esses desafios com eficiência, contar com tecnologia de gestão estratégica é fundamental. É aqui que o STRATWs One pode transformar a forma como sua empresa planeja e executa a expansão para mercados externos.
O STRATWs One é uma plataforma que ajuda empresas do agronegócio a:
- Centralizar e monitorar indicadores estratégicos, garantindo que todas as decisões sejam baseadas em dados concretos;
- Acompanhar a performance da internacionalização, desde a definição de metas até a análise de resultados;
- Facilitar a gestão de ações e processos, melhorando a eficiência operacional e reduzindo gargalos no processo de exportação;
- Garantir alinhamento entre todas as áreas da empresa, tornando a comunicação mais clara e objetiva, essencial para operações internacionais.
Se sua cooperativa ou empresa está pronta para estruturar a internacionalização do agronegócio de forma estratégica, o primeiro passo é contar com a ferramenta certa.
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