Descarbonização: o que é e as energias renováveis

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Descarbonização: o que é e as energias renováveis
Descarbonização: o que é e as energias renováveis

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A urgência de uma ação climática efetiva nunca foi tão evidente. Não à toa o conceito de descarbonização tem ganhado cada vez mais destaque nas discussões globais sobre mudanças climáticas. 

Descarbonização refere-se ao processo de redução das emissões de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, com o objetivo de atingir uma economia global mais limpa e alcançar a tão falada neutralidade climática.

Este caminho envolve uma transformação radical no modo como produzimos e consumimos energia, abraçando alternativas renováveis e reinventando setores inteiros, desde a indústria pesada, como cimento e aço, até o transporte urbano e internacional.

Deseja entender mais sobre a descarbonização, como o Brasil se prepara para essas ações e como a indústria se prepara? Então continue a leitura aqui que te explico tudo!

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O que é a descarbonização?

Essencialmente, descarbonizar significa reduzir ou eliminar a emissão de dióxido de carbono (CO2) nas atividades humanas, especialmente aquelas ligadas à produção de energia e à indústria. O objetivo é claro: transformar nossa economia, que depende predominantemente de combustíveis fósseis, em uma que opera com fontes de energia limpa e renovável.

 Dependendo do setor e do contexto geográfico, a descarbonização tem sido abordada de várias maneiras. Algumas delas são:

1- Transição energética: a substituição de combustíveis fósseis, como carvão, petróleo e gás natural, por fontes de energia renováveis é um dos pilares da descarbonização. Energia solar, eólica, hidrelétrica e biomassa estão liderando essa transformação, oferecendo alternativas sustentáveis para a geração de energia.

2- Eficiência energética: melhorar a eficiência energética dos edifícios, dos transportes e dos processos industriais é outra forma crucial de reduzir as emissões de CO2. Isso envolve desde a modernização de infraestruturas até a adoção de tecnologias mais limpas e eficientes.

3- Captura e armazenamento de carbono (CAC): esta tecnologia, embora ainda em desenvolvimento e sujeita a debates sobre sua viabilidade a longo prazo, visa capturar CO2 de grandes emissores, como usinas de energia e fábricas de cimento, e armazená-lo sob a terra para evitar que entre na atmosfera.

4- Inovação tecnológica: a pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias que possam reduzir ou eliminar as emissões de carbono são fundamentais. Isso inclui desde a criação de combustíveis alternativos, como o hidrogênio verde, até o aprimoramento de baterias para armazenamento de energia renovável.

Qual é o cenário no Brasil?

No Brasil, o processo de descarbonização tem ganhado força e visibilidade, impulsionado tanto pela necessidade de resposta às mudanças climáticas quanto pela oportunidade de liderar em tecnologias de energia limpa e renovável. A trajetória brasileira nesse campo é marcada por iniciativas governamentais e investimentos industriais significativos.

De acordo com o Ministério de Minas e Energia (MME), o Brasil está adotando diversas medidas para reduzir suas emissões de carbono, destacando-se na ampliação de sua capacidade de energia renovável. O país já é um dos líderes globais no uso de energia hidrelétrica e tem potencial significativo em energia solar e eólica, que estão sendo cada vez mais exploradas.

Um estudo recente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) destaca que a descarbonização da indústria brasileira até 2050 pode custar cerca de R$ 40 bilhões. Este valor, embora expressivo, é visto como um investimento estratégico que pode posicionar o Brasil como um líder em indústrias sustentáveis, especialmente nos setores de cimento e aço, essenciais para a infraestrutura nacional mas também grandes emissores de CO2.

Apesar do progresso, o caminho para uma completa descarbonização é complexo. O Brasil enfrenta desafios específicos, como a necessidade de modernização de infraestruturas e a adaptação de políticas públicas que incentivem práticas mais sustentáveis.

Além disso, o transporte, que é uma das maiores fontes de emissões de carbono, requer uma transformação significativa, com a adoção de veículos elétricos e a melhoria da eficiência logística.

As expectativas para o futuro são otimistas, mas cautelosas. Estima-se que com os investimentos adequados e a continuação das políticas de incentivo, o Brasil possa não só atingir suas metas de descarbonização, mas também beneficiar-se economicamente, atraindo investimentos internacionais e criando novos empregos em setores de tecnologia limpa.

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Porque fazer a descarbonização?

A principal razão para a descarbonização é sua capacidade de combater as mudanças climáticas. O dióxido de carbono, emitido principalmente pela queima de combustíveis fósseis, é o maior contribuinte para o efeito estufa, que causa o aquecimento global. 

Reduzir essas emissões é vital para desacelerar o aumento das temperaturas globais, minimizando fenômenos extremos como ondas de calor, incêndios florestais, derretimento de geleiras e aumento do nível do mar.

Além disso, a poluição do ar resultante da queima de combustíveis fósseis é um sério risco à saúde pública. Estima-se que milhões de problemas respiratórios ocorram anualmente em todo o mundo devido à poluição atmosférica. A descarbonização, ao promover energia limpa e processos industriais mais limpos, pode reduzir significativamente esses poluentes, melhorando a qualidade do ar e, consequentemente, a saúde global.

A transição para energias renováveis, parte integral da descarbonização, também fortalece a segurança energética dos países. Dependendo menos de fontes de energia importadas e finitas e mais de recursos renováveis locais, os países podem aumentar sua independência energética e proteger suas economias das flutuações dos mercados de energia globais.

Já economicamente falando, a descarbonização pode ser um motor de crescimento. Ela incentiva a inovação ao abrir novos mercados para tecnologias limpas e renováveis. Isso não apenas cria empregos, mas também oferece oportunidades para as empresas liderem em setores emergentes.

Investimentos em tecnologias limpas são vistos como peças chave para futuros desenvolvimentos econômicos e industriais.

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Quais são os benefícios da descarbonização?

A descarbonização gera benefícios não apenas para as empresas, como te falei anteriormente, mas também para a sociedade como um todo, incluindo ambiente e economia. Falo mais deles a seguir:

Benefícios ambientais

  1. Redução do aquecimento global: a descarbonização ajuda a limitar o aumento das temperaturas globais ao reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Isso é essencial para mitigar os efeitos das mudanças climáticas, como eventos climáticos extremos, aumento do nível do mar e alterações nos ecossistemas.
  2. Melhoria da qualidade do ar: ao diminuir a dependência de combustíveis fósseis, a descarbonização contribui para uma redução significativa na emissão de poluentes atmosféricos, melhorando a qualidade do ar e reduzindo problemas de saúde associados à poluição, como doenças respiratórias e cardiovasculares.
  3. Preservação da biodiversidade: a redução das mudanças climáticas e a melhoria da qualidade do ar contribuem para a preservação dos habitats naturais e da biodiversidade, essenciais para o equilíbrio ecológico do planeta.

Benefícios sociais

  1. Saúde pública: com menos poluição do ar, há uma diminuição nos casos de doenças relacionadas à qualidade do ar, resultando em uma população mais saudável e menos sobrecarga nos sistemas de saúde.
  2. Criação de empregos: a transição para uma economia de baixo carbono abre novas oportunidades de emprego em setores como energias renováveis, eficiência energética e tecnologias verdes. Isso inclui desde empregos na instalação de sistemas solares e eólicos até posições em pesquisa e desenvolvimento para novas tecnologias.
  3. Justiça e equidade: programas de descarbonização bem planejados podem também promover a justiça social, assegurando que as comunidades mais vulneráveis e os trabalhadores afetados pela transição dos setores de energia tradicionais sejam apoiados através de treinamento e oportunidades de requalificação.

Benefícios econômicos

  1. Estímulo à inovação: a necessidade de soluções de baixo carbono pode impulsionar a inovação em diversos setores, desde energia até transporte e construção, fomentando o desenvolvimento de novas tecnologias e processos.
  2. Segurança energética: reduzir a dependência de combustíveis fósseis importados e aumentar o uso de recursos locais renováveis pode melhorar a segurança energética dos países, diminuindo sua vulnerabilidade a choques de preços e conflitos geopolíticos relacionados a recursos energéticos.
  3. Competitividade econômica: países e empresas que lideram na adoção de tecnologias de baixo carbono podem se posicionar como líderes globais, capturando mercados emergentes e estabelecendo padrões industriais.

Próximos passos

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