A indústria mineradora é um dos setores mais estratégicos para a economia, mas também um dos mais desafiadores quando o assunto é segurança na mineração. Operações subterrâneas, movimentação de cargas pesadas, exposição a partículas tóxicas e o uso de maquinário de grande porte tornam os riscos uma realidade diária.
Para empresas referências da área como Vale, Anglo American e Samarco, a segurança na mineração precisa ser parte essencial da cultura organizacional, integrada a processos, tecnologia e comportamento.
A NR 22, principal norma regulamentadora para segurança e saúde ocupacional na mineração, estabelece diretrizes rígidas, mas o verdadeiro desafio está na aplicação eficaz dessas medidas.
Dito isso, é necessário um compromisso contínuo para transformar a prevenção em prática, garantindo que cada trabalhador volte para casa com segurança todos os dias.
Neste artigo, te apresento mais sobre a NR 22 e a segurança na mineração e quais são as práticas que estão se destacando na área.
A NR 22 é a Norma Regulamentadora que estabelece diretrizes para a segurança na mineração e a saúde ocupacional no Brasil. Criada para minimizar riscos em um dos setores mais desafiadores da economia, essa norma define requisitos obrigatórios para todas as atividades de extração mineral, abrangendo desde medidas preventivas até a capacitação dos trabalhadores.
Em um ambiente de trabalho onde a exposição a agentes físicos, químicos e ergonômicos é constante, a segurança na mineração precisa ser tratada de forma estratégica.
A NR 22 determina, por exemplo, a necessidade de ventilação adequada em minas subterrâneas, procedimentos para evitar desmoronamentos, controle da exposição a poeiras minerais e regras para o manuseio seguro de explosivos.
Além disso, a norma exige treinamentos periódicos para garantir que todos os profissionais estejam preparados para lidar com situações de risco.
No entanto, apenas seguir as regras não é suficiente. Para que a segurança na mineração seja de fato eficaz, é essencial que as empresas adotem uma abordagem proativa, investindo em tecnologias, cultura organizacional e gestão eficiente de riscos.
A inovação tecnológica tem sido uma aliada poderosa para tornar a segurança na mineração mais eficiente e proativa. Nos últimos anos, empresas do setor têm investido em automação, sensores inteligentes, análise de dados e treinamento imersivo para minimizar riscos e garantir que a proteção dos trabalhadores seja uma prioridade inegociável.
A seguir, te conto mais sobre as principais tecnologias e metodologias que estão transformando a gestão de riscos e elevando os padrões de segurança nas operações minerárias.
O uso de drones revolucionou a forma como as mineradoras inspecionam áreas de risco. Empresas como a Vale e a Rio Tinto implementaram esses dispositivos para monitoramento de barragens, pilhas de rejeitos e frentes de lavra.
Esses drones capturam imagens de alta resolução e utilizam sensores para detectar rachaduras, erosões e movimentações instáveis no solo.
Em vez de enviar equipes para áreas perigosas, os drones fazem a varredura e transmitem dados em tempo real para engenheiros e geotécnicos, permitindo ações corretivas antes que os problemas se agravem.
A automação da frota de transporte se tornou uma realidade em mineradoras como a Rio Tinto ainda em 2018. Agora, eles operam caminhões autônomos em suas minas na Austrália. Esses veículos eliminam a necessidade de motoristas humanos, reduzindo o risco de acidentes causados por fadiga, erro humano ou más condições climáticas.
Além da segurança na mineração, a tecnologia permite operações ininterruptas, aumentando a eficiência e reduzindo custos operacionais. Sensores e algoritmos avançados garantem que os caminhões naveguem pelo terreno com precisão, evitando colisões e otimizando rotas.
Essa inovação representa um avanço significativo para a segurança na mineração, garantindo que os trabalhadores sejam cada vez menos expostos a operações de alto risco.
A conectividade por meio da Internet das Coisas (IoT) está permitindo que mineradoras adotem uma abordagem preditiva para a segurança na mineração.
A Anglo American implementou sensores de alta precisão para monitorar a qualidade do ar, níveis de gases tóxicos (como metano e monóxido de carbono) e vibrações nas estruturas das minas.
Esses sensores são instalados em pontos estratégicos das operações e enviam dados continuamente para uma central de controle.
Dessa forma, se houver qualquer anomalia, como uma concentração elevada de gases perigosos, alarmes automáticos são disparados, permitindo a evacuação da área antes que um incidente ocorra.
Treinar trabalhadores para lidar com situações de emergência sem expô-los a riscos reais é um dos grandes desafios da mineração. Para resolver isso, a partir de 2019, empresas como a BHP adotaram a realidade virtual (RV) em seus treinamentos de segurança na mineração.
Com o uso de óculos VR e simuladores imersivos, os funcionários podem praticar evacuações, manuseio de explosivos e resposta a incêndios em um ambiente virtual hiper-realista.
Isso não apenas melhora a retenção do aprendizado, mas também permite que os trabalhadores reajam de maneira mais eficaz diante de situações críticas.
A mineração depende de maquinário pesado para suas operações diárias. Quando um equipamento falha, além de prejuízos financeiros, há um grande risco de acidentes.
Para evitar isso, mineradoras como a Freeport-McMoRan utilizam Big Data e análise preditiva para antecipar falhas e otimizar a manutenção.
A tecnologia coleta e processa dados operacionais dos equipamentos em tempo real, identificando padrões de desgaste e prevendo possíveis problemas antes que causem acidentes.
Assim, em vez de esperar por uma falha crítica, as mineradoras realizam manutenções preventivas de forma planejada.
Além da infraestrutura e dos equipamentos, a segurança na mineração também depende da saúde e bem-estar dos trabalhadores.
Empresas como a Glencore adotaram dispositivos vestíveis (wearables), como relógios inteligentes e sensores corporais, para monitorar indicadores como frequência cardíaca, temperatura corporal e nível de fadiga.
Esses dispositivos são especialmente úteis em minas subterrâneas ou locais com temperaturas extremas, onde o risco de exaustão ou desidratação é alto.
Se um colaborador apresentar sinais de sobrecarga física, o sistema alerta automaticamente a equipe de supervisão para que medidas preventivas sejam tomadas.
Após tragédias como o rompimento da barragem em Brumadinho (2019), as mineradoras passaram a investir fortemente em tecnologias para monitoramento estrutural, para evitar que o mesmo acontecesse.
A Vale, por exemplo, implementou radares de monitoramento contínuo, sensores geotécnicos e modelos digitais 3D para prever movimentações anormais em barragens.
Os sensores são capazes de detectar mínimas variações no solo e na pressão da água, permitindo que as equipes ajam rapidamente para evitar colapsos.
Além disso, sistemas automatizados enviam alertas para as comunidades próximas em caso de risco elevado, garantindo uma resposta emergencial mais eficiente.
A gestão de riscos e a segurança na mineração exigem não apenas o cumprimento de normas como a NR 22, mas também um acompanhamento contínuo e estratégico dos indicadores de desempenho.
O STRATWs One é uma plataforma completa de gestão que auxilia mineradoras a monitorar processos críticos, garantindo maior controle sobre segurança operacional, conformidade regulatória e eficiência produtiva.
Empresas como Samarco e Vale já utilizam a solução para fortalecer suas estratégias de segurança, centralizando informações essenciais e facilitando a tomada de decisão baseada em dados.
Com o STRATWs One, mineradoras podem estruturar e acompanhar indicadores-chave de segurança na mineração, automatizar fluxos de aprovação para ações preventivas e integrar diferentes áreas da operação em um único ambiente digital.
Além disso, a plataforma permite o registro e a análise de incidentes em tempo real, fornecendo insights valiosos para antecipação de riscos e correção de falhas antes que se tornem problemas graves.
A transparência dos dados também contribui para a governança corporativa, garantindo que as práticas de segurança sejam auditáveis e alinhadas às melhores diretrizes do setor.
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