ISO 31000: o que é? Entenda de maneira definitiva

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ISO 31000
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A ISO 31000, desenvolvida pela Organização Internacional de Normalização (ISO), oferece uma abordagem abrangente e genérica, permitindo que seja aplicada por qualquer organização, independentemente de sua área de atuação ou tamanho.

Essa versatilidade é uma de suas maiores vantagens, pois garante que a norma possa ser utilizada tanto por empresas que estão começando a estruturar sua gestão de riscos quanto por aquelas que já possuem processos formalizados e desejam aprimorá-los.

Além de facilitar a criação de novos processos, a ISO 31000 também serve como uma ferramenta de harmonização, ajudando as organizações a alinhar suas práticas de gestão de riscos com outras normas existentes.

Isso é particularmente útil em um contexto onde diferentes padrões e regulamentos podem coexistir, exigindo uma abordagem integrada para assegurar a eficácia e a completude do gerenciamento de riscos. 

Quer saber mais sobre a ISO 31000? Então continue aqui que eu te explico mais sobre!

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O que é a ISO 31000? Para que serve?

A ISO 31000 é uma norma internacional que oferece diretrizes para a gestão de riscos. Em termos simples, ela ajuda as organizações a identificar, avaliar e gerenciar os riscos que podem impactar seus objetivos, sejam eles financeiros, operacionais, de segurança ou de reputação.

A gestão de riscos é como um “radar” que as empresas usam para detectar possíveis problemas antes que eles ocorram. A ISO 31000 serve como um “manual” para configurar e usar esse radar de forma eficaz. Ela não é um conjunto de regras rígidas, mas sim um guia flexível que pode ser adaptado para qualquer tipo de organização, independentemente do tamanho ou setor.

Basicamente a ISO 31000 está descrita em três seções, que explicarei a seguir para você.

O que diz a seção 4 da ISO 31000:2018?

A seção 4 apresenta os 8 princípios gerais que ajudam a moldar o processo de gestão de riscos, garantindo que ele seja eficaz, adaptável e alinhado aos objetivos organizacionais.

Os 8 princípios são:

  • Integrado: a gestão de riscos deve ser uma parte integral de todas as atividades organizacionais. Isso significa que ela deve ser incorporada na estrutura e nos processos da organização, e não tratada como uma atividade separada.
  • Estruturado e abrangente: a abordagem para a gestão de riscos deve ser estruturada e abrangente para garantir resultados consistentes e comparáveis. Um processo bem definido ajuda a organização a lidar de forma sistemática com os riscos.
  • Personalizado: a gestão de riscos deve ser personalizada de acordo com o contexto interno e externo da organização e com seus objetivos. Isso garante que o processo de gestão de riscos seja relevante e eficaz para a organização específica.
  • Inclusivo: a gestão de riscos deve envolver as partes interessadas em todos os níveis da organização. A inclusão permite que a organização compreenda completamente os riscos e tome decisões mais informadas.
  • Dinâmico: o processo de gestão de riscos deve ser dinâmico, detectando e respondendo a mudanças no contexto organizacional e nos riscos à medida que eles surgem. A capacidade de adaptação é essencial para lidar com novos desafios.
  • Baseado nas melhores informações disponíveis: as decisões de gestão de riscos devem ser baseadas nas melhores informações disponíveis. Isso inclui dados históricos, tendências, projeções e conhecimento especializado. No entanto, é importante reconhecer que essas informações podem ter limitações e incertezas.
  • Considera fatores humanos e culturais: a gestão de riscos deve levar em conta fatores humanos e culturais que podem influenciar o processo de gestão de riscos. Isso inclui a cultura organizacional, o comportamento humano e as capacidades das pessoas envolvidas.
  • Melhoria contínua: a gestão de riscos deve ser continuamente aprimorada por meio do aprendizado e da experiência adquirida ao longo do tempo. A organização deve buscar melhorar seus processos de gestão de riscos de forma contínua para se adaptar às mudanças e se tornar mais resiliente.

O que diz a seção 5 da ISO 31000?

A estrutura descrita na Seção 5 é essencial para que a gestão de riscos seja implementada e mantida de forma eficaz dentro da organização.

Essa estrutura, assim como o Ciclo PDCA, é contínua. A cada ciclo, a gestão de riscos da organização fica mais forte e eficaz, sempre se adaptando às novas condições e desafios.

Ela consiste em várias etapas que, quando seguidas, ajudam a organização a integrar a gestão de riscos em todos os níveis. 

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Entenda como funciona esse ciclo descrito na seção 5 da ISO 31000:

1- Mandato e compromisso

A primeira coisa que a organização precisa é do compromisso da alta direção. Sem o apoio dos líderes, a gestão de riscos dificilmente será eficaz. A alta direção deve demonstrar o quanto a gestão de riscos é importante, dando o tom certo e alocando recursos adequados para a implementação.

2- Projeto da estrutura de gestão de riscos

Nessa fase, a organização define como a gestão de riscos será estruturada. Isso inclui determinar as responsabilidades, estabelecer processos e assegurar que a gestão de riscos esteja alinhada com os objetivos da organização.

Basicamente, é o planejamento de como o sistema de gestão de riscos será configurado.

3- Implementação da gestão de riscos

Agora é hora de colocar em prática o que foi planejado. Aqui, a organização começa a aplicar a gestão de riscos em todas as suas atividades. Isso envolve a comunicação dos processos para todos os níveis da empresa, além de treinar os envolvidos para que saibam como gerenciar os riscos de forma eficaz.

4- Avaliação da estrutura

Assim como no Ciclo PDCA, após implementar, é necessário verificar se tudo está funcionando como esperado.

A organização deve monitorar e avaliar se a gestão de riscos está sendo eficaz e se está alcançando os objetivos desejados.

Se houver falhas ou áreas que precisam de melhorias, elas devem ser identificadas aqui.

5- Melhoria da estrutura

Finalmente, a organização usa as informações obtidas na fase de avaliação para fazer ajustes e melhorias. A ideia é sempre aprimorar a forma como os riscos são gerenciados, mantendo o processo atualizado e eficaz à medida que a organização e seu ambiente mudam.

O que diz a seção 6?

A Seção 6 da ISO 31000 trata do processo de gestão de riscos. Essa seção descreve as etapas que a organização deve seguir para identificar, avaliar, tratar e monitorar os riscos. Te explico cada uma dessas etapas:

1- Comunicação e consulta

Antes de qualquer coisa, é importante que a comunicação sobre a gestão de riscos seja clara e constante.

Todos os envolvidos devem estar cientes dos riscos e das medidas que estão sendo tomadas para gerenciá-los.

A consulta com as partes interessadas também é crucial para garantir que todas as perspectivas sejam consideradas.

2- Estabelecimento do contexto

Aqui, a organização define o contexto em que os riscos serão gerenciados. Isso inclui o ambiente externo (como o mercado, a legislação e o ambiente econômico) e o ambiente interno (como a cultura organizacional e os recursos disponíveis).

Também é nesta etapa que se definem os critérios de risco, ou seja, o que será considerado um risco aceitável ou inaceitável.

3- Avaliação de riscos

A organização identifica todos os riscos que podem afetar seus objetivos. Isso pode incluir riscos financeiros, operacionais, de segurança, entre outros.

Depois de identificar os riscos, a organização analisa a probabilidade de que eles ocorram e o impacto que teriam. Isso ajuda a entender a gravidade de cada risco.

Com base na análise, a organização prioriza os riscos, decidindo quais precisam de atenção imediata e quais podem ser monitorados de forma contínua.

4- Tratamento de riscos

Após avaliar os riscos, a organização decide o que fazer com eles. Isso pode envolver:

  • Evitar o risco: alterar planos ou processos para eliminar o risco.
  • Reduzir o risco: implementar medidas para diminuir a probabilidade ou o impacto do risco.
  • Compartilhar o risco: transferir o risco para outra parte, como através de um seguro ou de um contrato com fornecedores.
  • Aceitar o risco: decidir que o risco é pequeno o suficiente para não exigir ação imediata.

5- Monitoramento e revisão

A gestão de riscos não é algo que se faz uma vez e depois se esquece. A organização precisa monitorar constantemente os riscos e revisar o processo para garantir que ele continue sendo eficaz. Mudanças no ambiente ou dentro da própria organização podem exigir ajustes no tratamento dos riscos.

6- Registro e relato

É importante documentar todo o processo de gestão de riscos. Isso inclui os riscos identificados, as análises realizadas, as decisões tomadas e os resultados alcançados. Esses registros são essenciais para a transparência e para a melhoria contínua do processo.

Próximos passos

Por meio dos seus módulos, como o de Gestão de Oportunidades de Melhoria e Gestão de Corporativa, o STRATWs One possibilita a identificação, análise, monitoramento e mitigação de riscos de maneira estruturada e eficiente.

As organizações podem configurar alertas automáticos, criar planos de ação específicos e acompanhar o progresso de forma contínua, garantindo que todos os riscos sejam gerenciados de acordo com as melhores práticas.

Além disso, o STRATWs One facilita a comunicação e o compartilhamento de informações sobre riscos entre as equipes, promovendo a colaboração e o alinhamento em todos os níveis da organização.

Com relatórios detalhados e dashboards personalizados, os gestores têm acesso imediato a dados críticos para a tomada de decisão, possibilitando uma gestão de riscos mais proativa e informada. 

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