Como usar a metodologia Seis Sigma para gestão da qualidade?

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Amplamente difundida no setor industrial, a gestão da qualidade ultrapassou as barreiras fabris para ser incorporada na rotina de organizações de diferentes segmentos. Paralelo a esse fenômeno, surgiram metodologias capazes de tornar os processos mais organizados, fornecendo o controle necessário para operações cada vez mais complexas.

Nesse sentido, a Metodologia Seis Sigma despontou para garantir a eficiência que as empresas precisavam, seja para identificar falhas, implementar melhorias nos processos organizacionais e/ou reduzir custos desnecessários.

Hoje, esse recurso já faz parte da rotina de organizações que buscam a excelência nas entregas e querem oferecer serviços cada vez mais alinhados com as necessidades de seus clientes. 

Confira neste post como usar a Metodologia Seis Sigma para gestão de qualidade na sua empresa. Boa leitura!

O que é a Metodologia Seis Sigma?

Embora o conceito de Metodologia Sigma seja amplamente conhecido no mundo empresarial, sua origem remete a outro dois fatores: além de representar uma letra do alfabeto grego, sigma também é uma medida estatística de variação em um processo.

Dessa forma, no âmbito dos negócios, a Metodologia Seis Sigma auxilia na melhoria de processos, identificando pontos de redução de custos e até no aumento dos lucros de uma empresa.

Na prática, trata-se de um procedimento que visa relatar possíveis desperdícios na operação e se existem gastos desnecessários que podem ser reduzidos para resguardar a saúde financeira do negócio.

Funciona assim: a partir de um cálculo matemático, é possível saber como anda o desempenho dos processos e, assim, desenvolver ações para aprimorá-los. No entanto, antes de tudo é necessário ter metas bem definidas e garantir que toda a equipe tenha em mente objetivos claros, realizando a mensuração dos resultados de forma constante.

Assim, além de garantir processos mais condizentes com os objetivos do negócio, a metodologia também se traduz em melhorias para os clientes, uma vez que permite a produção de serviços mais padronizados, levando qualidade às entregas aos consumidores.

Como a Metodologia Seis Sigma pode ser utilizada na gestão de qualidade?

O controle e a organização de processos são passos primordiais se o seu objetivo é proporcionar serviços que atendam às expectativas dos clientes. Não por acaso, tais fatores estão diretamente relacionados à gestão da qualidade, método que firma a excelência em todas as etapas no processo de produção de um produto ou serviço, garantindo que o resultado seja o melhor possível.

Quando falamos do setor industrial, por exemplo, esse padrão de qualidade se torna fundamental quando pensamos em uma linha de produção que abarca uma série de etapas e que, em caso de falhas, pode ocasionar no comprometimento de todo o processo.

Nesse sentido, a Metodologia Seis Sigma tornou-se essencial para evitar falhas e proporcionar resultados eficientes. 

Assim, falar desse conceito sem mencionar sua história é quase impossível. Isso porque a metodologia nasceu da necessidade de inserir modelos estatísticos nas técnicas de qualidade já existentes. 

Com o fim da Segunda Guerra Mundial, o Japão ansiava por uma reestruturação do país a partir do poder industrial, o que elevou os padrões de qualidade e impulsionou a criação de modelos próprios de controle, deixando a influência norte-americana para trás. 

Atualmente, o recurso é um dos pilares da gestão da qualidade a medida que identifica falhas, auxilia na redução de custos e conduz o negócio a tomadas de decisões mais assertivas. Quando atrelada a outras ferramentas de gestão da qualidade, como o Diagrama de Ishikawa e o PDCA, a metodologia pode trazer melhorias significativas para o negócio.

Quais os pilares da Metodologia Seis Sigma?

Colocar esse recurso em prática depende de alguns passos fundamentais, que estão divididos em uma estratégia chamada DMAIC (que significa Definir, Medir, Analisar, Melhorar (Improve, em inglês) e Controlar). Confira cada um abaixo:

  • Definir: o primeiro passo é definir as metas que sua empresa quer alcançar. Aqui, lembre-se de mapear, juntamente com sua equipe, quais os problemas precisam ser solucionados, quais os stakeholders afetados, quais as metas de fato você pretende alcançar e quais processos estão relacionados ao problema.
  • Medir: Antes de partir para a execução da estratégia, é fundamental mensurar como os processos são feitos atualmente na empresa. É nesta etapa que as causas dos problemas poderão ficar mais claras, dando espaço para soluções que de fato irão trazer o resultado esperado.
  • Analisar: Já na etapa de análise você irá traçar um paralelo entre os resultados atuais e as metas que pretende atingir, identificando as prováveis causas para combater.
  • Melhorar: Após a análise de dados, é hora de colocar em prática as soluções para os problemas mapeados, testando hipóteses e entendendo se cada uma delas gera o impacto esperado.
  • Controlar: Por último, é importante mensurar todas as ações testadas, monitorando os resultados de forma constante, mantendo tudo aquilo que está gerando bons resultados para a organização.

Quem está por trás da sua elaboração?

Para que o projeto alcance o sucesso esperado, os envolvidos precisam conhecer profundamente a metodologia e conseguir desempenhar o que de melhor ela oferece.

Champion: responsável por liderar o projeto e definir quais serão os membros do projeto, o Champion é designado para dar orientação estratégica e reduzir barreiras ao longo da execução das ações. Além disso, ele também atua disponibilizando os recursos necessários para sua implementação.

Master Black Belt: se o Champion atua na liderança do projeto, o Master Black Belt é o responsável por responder pelos resultados das estratégias traçadas. Precisa ter habilidades de liderança comprovadas e amplo domínio sobre a metodologia e ferramentas.

Black Belt: além de deter conhecimentos técnicos para a prática do projeto, a figura do Black Belt também está por trás da liderança do grupo, compartilhando o que sabe e identificando melhorias ao longo do processo. 

Yellow Belt: os profissionais com esse nível de conhecimento atuam diretamente na implementação dos projetos, sendo necessária uma visão do todo, não só do operacional. 

White Belt: representa o nível de entrada do Seis Sigma, atuando na capacitação de profissionais que precisam acompanhar e atuar na execução dos projetos. Aqui, é necessário ter conhecimento sobre os princípios básicos da metodologia, alinhando os responsáveis pelas demandas operacionais ao alcance das metas.

Quais os benefícios de aplicar a metodologia 6 sigma na gestão de qualidade?

Como você viu, adotar esse recurso na rotina de uma empresa é capaz de transformar processos suscetíveis a falhas e gastos desnecessários em ações padronizadas e eficientes. Além dessas vantagens já conhecidas, existem outros benefícios que também são visíveis ao utilizar esse método.

1. Melhorar o nível de qualidade

Por estar presente em todas as etapas de um processo, a Metodologia Seis Sigma atua como um agente de controle da qualidade em todos os níveis: desde a manufatura de um produto até sua entrega ao cliente. Sendo assim, a ferramenta funciona como uma barreira para possíveis falhas e eventuais desperdícios para que a organização tenha foco naquilo que realmente importa: a entrega de excelência para seus clientes.

2. Ajudar na retenção de clientes

Não é segredo que clientes satisfeitos e que enxergam raramente vão buscar na concorrência algo que sua empresa já oferece com qualidade. Nesse sentido, ter constância e manter os padrões já esperados pelos consumidores transforma seus clientes em verdadeiros aliados.

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3. Melhorar o engajamento da equipe

Por se tratar de uma metodologia que exige um alto nível de conhecimento por parte dos responsáveis por sua execução, a troca de insights para a melhoria contínua torna-se uma prática comum na rotina dos funcionários. Assim, os colaboradores estarão aptos a entregarem serviços compatíveis às necessidades dos clientes, reagindo a falhas e garantindo resultados cada vez melhores.

4. Atuar na padronização dos processos

Ao passo que a empresa fica ciente da importância da padronização de processos para o negócio, fica fácil colocar em prática todas as ações de melhoria. É aí que a Metodologia Seis Sigma surge para consolidar essas etapas, seja para dar mais clareza aos objetivos da organização, aumentar a produtividade da equipe ou reduzir falhas nos processos de rotina.

5. Aprimorar as tomadas de decisão

Em muitos casos, uma empresa vê na redução de custos a melhor saída para a resolução de problemas financeiros. De fato, a diminuição de gastos pode ser benéfica quando é levado em conta os custos que não agregam valor aos clientes, e que já não fazem sentido para a maturidade do negócio. 

A Metodologia Seis Sigma tem se mostrado uma grande aliada de empresas que buscam a melhoria contínua dos processos e desejam fazer isso de forma colaborativa, com metas claras e que fazem sentido para a realidade da organização. Pensando nisso, se manter informado sobre as tendências e evoluções tecnológicas é indispensável para que os seus processos sejam cada vez mais ágeis e eficientes. 

É fato que os consumidores estão mais conectados, exigentes e impulsionam a evolução das empresas para uma visão que vai além do processo de produção. É nesse sentido que a Transformação Digital surge para tornar os processos menos burocráticos, capazes de gerar a eficiência e a segurança que as organizações buscam.

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