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Imagine estar no comando de uma grande empresa e, de repente, se deparar com um problema que parece impossível de resolver. Os custos estão altos, a produtividade está baixa e ninguém sabe exatamente onde está o erro. O que você faria? É nesse cenário desafiador que o Ciclo DMAIC se destaca como um verdadeiro herói dos processos de melhoria.
Isso porque ele é responsável por diminuir desperdícios, amenizar falhas, solucionar problemas, melhorar processos e dar uma visão mais ampla e detalhada de tudo que acontece dentro da organização, garantindo um maior controle da equipe sobre essas atividades.
Com a ferramenta DMAIC, o desenvolvimento do planejamento estratégico pode ser feito de forma quantitativa e organizada, aumentando sua eficiência.
Quer saber definitivamente o que é ciclo DMAIC de uma forma simples e prática? Então, continue a leitura!
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O ciclo DMAIC é uma metodologia de gerenciamento de processos usada principalmente para melhorar a qualidade e a eficiência em uma organização. É uma abreviação para as cinco fases do processo: Definir, Medir, Analisar, Melhorar (Improve, em inglês) e Controlar.
Dessa forma, o ciclo DMAIC é uma parte central da metodologia Six Sigma, mas também pode ser aplicado independentemente dela. É uma abordagem sistemática e orientada por dados para a solução de problemas e a melhoria de processos, sendo amplamente utilizada em diversos setores e tipos de organizações.
Agora que você já entendeu o que é a metodologia DMAIC, vamos falar mais profundamente sobre as quatro etapas que fazem parte dela. Confira.
A etapa de “Definir” é a fundação de todo o processo DMAIC. Sem uma definição clara e precisa do problema, as etapas subsequentes podem perder o foco e resultar em soluções ineficazes.
Dessa forma, o primeiro passo é identificar claramente o problema ou a oportunidade de melhoria. Isso envolve uma descrição detalhada da questão que está impactando negativamente a performance do processo ou da organização. Pergunte-se:
Nesta etapa, o método de brainstorming e a análise dos KPIs da empresa podem ser utilizados.
Uma vez identificado o problema, é essencial definir o escopo do projeto. O escopo determina quais partes da organização ou do processo serão analisadas e quais não serão. Isso ajuda a manter o foco e a gerenciar as expectativas. Para definir o escopo:
Várias técnicas, ferramentas e metodologias podem ser utilizadas para garantir que esta fase seja eficaz e bem fundamentada, como:
A carta do projeto é um documento que define o escopo, os objetivos, a duração e os stakeholders do projeto. Ela inclui informações cruciais como a justificativa do projeto, os recursos necessários, os principais envolvidos e as métricas de sucesso.
No ciclo DMAIC, ela serve como um contrato entre a equipe do projeto e a organização, assegurando que todos os participantes estejam alinhados e compreendam os objetivos e limitações do projeto.
VOC é um processo de captura de requisitos e feedbacks dos clientes para entender suas expectativas e necessidades. Dessa forma, ele fornece insights diretos dos clientes que são essenciais para definir o foco do projeto em melhorias que trarão valor real para o cliente.
SIPOC é um diagrama que sumariza os fornecedores, entradas, processos, saídas e clientes de um processo. Este diagrama de alto nível ajuda a equipe do projeto a entender o processo atual e a identificar os principais elementos que serão objeto de análise e melhoria.
Uma ferramenta usada para analisar e classificar as necessidades dos clientes em três categorias: básicas, de desempenho e encantadoras.
Ajuda a diferenciar os recursos que são essenciais para a satisfação do cliente dos que podem aumentar a satisfação ou mesmo surpreendê-lo, influenciando diretamente a definição de prioridades do projeto.
A segunda etapa do Ciclo DMAIC consiste em medir. Nela, você terá que analisar o desempenho do processo escolhido antes de aplicar as melhorias. Com isso, pode-se fazer comparações após a implementação delas.
Em paralelo, a equipe terá que estudar o cenário atual do seu negócio de maneira bem minuciosa para identificar erros e acertos, incluindo:
Para complementar, alguns métodos podem ser utilizados nesta etapa, como: Diagrama de Ishikawa (Espinha de Peixe); Análise de Pareto e Matrizes (como a de Causa e Efeito, GUT ou RAB). Vamos falar sobre eles.
O Diagrama de Ishikawa, também conhecido como Diagrama de Espinha de Peixe ou Diagrama de Causa e Efeito, é uma ferramenta visual utilizada para identificar, explorar e exibir as possíveis causas de um problema específico.
A estrutura do Diagrama de Ishikawa é semelhante à espinha dorsal de um peixe, daí o nome “Diagrama de Espinha de Peixe”. No lado direito do diagrama, é colocado o problema (ou efeito) que precisa ser resolvido. A partir daí, linhas grandes, que se assemelham a espinhas, são desenhadas apontando para o problema. Cada uma dessas “espinhas” representa uma categoria principal de causas potenciais.
A Análise de Pareto, também conhecida como a regra 80/20, é uma técnica estatística que é usada para identificar as causas mais significativas de um determinado problema.
Baseia-se no princípio estabelecido pelo economista italiano Vilfredo Pareto, que observou que 80% dos efeitos são frequentemente causados por 20% das causas. Embora as porcentagens exatas possam variar, a ideia central é que a maioria dos problemas é resultado de um número relativamente pequeno de causas.
A Matriz de GUT é uma ferramenta de gestão usada para priorizar problemas ou oportunidades e tomar decisões mais eficazes. A sigla GUT vem de Gravidade, Urgência e Tendência, que são os critérios utilizados para avaliar e classificar os problemas.
Esta ferramenta é particularmente útil em situações onde há muitos problemas a serem resolvidos ou muitas oportunidades a serem exploradas, e é necessário determinar por onde começar.
Histogramas são uma ferramenta estatística e gráfica usada para representar a distribuição de frequência de um conjunto de dados. Eles são particularmente úteis para entender a forma, a dispersão e a centralidade dos dados, facilitando a análise e a interpretação de grandes conjuntos de informações.
O histograma é um tipo de gráfico de barras, mas, ao contrário de um gráfico de barras comum, ele é usado para representar dados contínuos, onde as barras são adjacentes, sem espaços entre elas.
O mapa de processo é uma representação gráfica de todas as atividades que constituem um processo dentro de uma organização.
Nesse caso, todas as relações são deixadas claras, mostrando, assim, quem é o responsável por cada uma das atividades, desde as entradas até as saídas.
Depois de analisar o desempenho do processo escolhido em uma das ferramentas apresentadas anteriormente, aqui será o momento de formular as ações para solucionar os pontos que foram levantados na primeira etapa, a de Definir.
Portanto, é a fase na qual se avaliam as melhorias necessárias para que a causa do problema seja solucionada.
Em resumo, é preciso:
Nessa etapa, o método dos 5 Porquês pode ser utilizado para identificar as causas raízes. Além dele, há outros métodos, como: FMEA, Diagrama de dispersão e Testes de hipóteses.
Esse é um método usado com o intuito de identificar a causa-raiz de algum problema. A ideia é ir aprofundando os porquês até chegar na causa.
Não quer dizer necessariamente que sejam apenas 5 porquês, podem ser mais ou menos, dependendo do problema. Afinal, pode-se chegar na causa mais rápido ou mais devagar.
O FMEA é uma metodologia conhecida como análise do tipo e efeito de falha. Ela é uma ferramenta que visa encontrar falhas antes de se produzir uma peça ou produto.
Ela ajuda o gestor a encontrar a confiabilidade do projeto, ou seja, saber o que está originando um problema.
Esse é um tipo de ferramenta de qualidade que visa analisar a relação entre duas variáveis quantitativas, por meio de uma representação gráfica.
O teste de hipóteses é um método no qual você pode aceitar ou rejeitar uma informação acerca de uma determinada população.
Tudo é obtido de acordo com os dados que são fornecidos por intermédio de uma amostra de dados.
A quarta etapa é onde você colocará a mão na massa. Ou seja, é a partir daí que serão melhorados os pontos que foram analisados na etapa anterior.
Nesse ponto, a equipe vai testar as prováveis ações, de olho sempre nos prós e contras. Também é na quarta etapa que se coloca em prática o plano de ação para as mudanças, o que inclui:
Como complemento, o método 5W2H pode ser utilizado, pois ele ajuda a identificar várias possibilidades de ação, de modo que sejam testadas. No caso, elas podem ser colocadas como passos futuros, respeitando as prioridades.
É importante destacar que as mudanças implementadas precisam ser monitoradas para acompanhar a execução do processo.
Na fase “Melhorar” do ciclo DMAIC, o foco é desenvolver, testar e implementar soluções que abordem as causas-raízes dos problemas identificados nas etapas anteriores. Algumas ferramentas utilizadas nesta etapa incluem:
O DoE é uma técnica estatística usada para planejar, conduzir, analisar e interpretar experimentos controlados. O objetivo é identificar as relações que afetam os resultados de uma variável de saída. No ciclo DMAIC, ele é muito eficaz para otimizar produtos e processos, permitindo testar simultaneamente os efeitos de várias variáveis de entrada.
Uma abordagem focada na melhoria contínua, realizada por meio de eventos de melhoria rápida ou atividades de melhoria contínua mais graduais. Dessa forma, fomenta uma cultura de inovação contínua e melhoria incremental, o que pode apoiar a implementação de soluções identificadas durante a fase “Melhorar”.
A última etapa da metodologia DMAIC é o controle para garantir que as ações estão sendo monitoradas e passando por melhorias contínuas.
Nessa fase, serão monitorados o desempenho e os resultados alcançados por meio da execução dos planos de ação.
Vale dizer que, nessa fase, é preciso atualizar os procedimentos da empresa para que ocorra a melhoria contínua, segundo as implementações e mudanças que precisam ser realizadas.
Nessa fase:
Em paralelo, os métodos de Cartas de Controle e OCAP podem ser utilizados.
O ciclo DMAIC é uma ferramenta extremamente flexível e adaptável, que pode ser aplicado em uma vasta gama de contextos empresariais, independentemente do porte ou do setor da empresa.
Em empresas de manufatura, o DMAIC é frequentemente utilizado para otimizar processos de produção, reduzir defeitos, minimizar desperdícios e melhorar a qualidade do produto. Essas melhorias não apenas aumentam a eficiência operacional, mas também contribuem para uma maior satisfação do cliente e redução de custos.
No setor de serviços, o ciclo DMAIC prova ser igualmente valioso. Seja em instituições financeiras, hospitais, hotéis ou empresas de tecnologia, ele pode ser usado para aprimorar processos de atendimento ao cliente, gerenciamento de operações e serviços internos.
Por exemplo, em um hospital, o DMAIC pode ajudar a reduzir os tempos de espera dos pacientes e melhorar a qualidade do atendimento.
Leia também: Conheça os principais indicadores da área da saúde e como melhorar a sua gestão hospitalar
Empresas de pequeno e médio porte também podem se beneficiar do DMAIC. Mesmo com recursos limitados, essas empresas podem usar o DMAIC para identificar e eliminar ineficiências nos processos, melhorar a gestão de estoque, otimizar as operações do dia a dia e aumentar a satisfação do cliente.
Isso é particularmente importante para pequenas empresas que buscam se estabelecer e crescer em mercados competitivos.
Dentre os principais objetivos da metodologia DMAIC estão a melhoria dos processos, o impulsionamento da gestão de qualidade da empresa e o aprimoramento das atividades e dos produtos. Basicamente, o método ajuda a empresa a alcançar o sucesso com muito mais facilidade.
Outro ponto que merece atenção é que você será capaz de entregar serviços cada vez melhores para os consumidores, usando ao máximo os recursos disponíveis.
Esse método tem utilidades e procedimentos em comum com alguns dos quais já falamos aqui no blog, como o ciclo PDCA e outros.
Cada uma dessas metodologias pode ser usada isoladamente ou sendo complementares, dependendo do objetivo da organização e de suas particularidades.
O PDCA e o DMAIC são métodos de melhoria contínua amplamente usadas na gestão de processos e qualidade. Ambos métodos são cíclicos e focam na otimização dos processos e na eliminação de defeitos ou ineficiências. No entanto, elas possuem origens, aplicabilidades e nuances distintas que são importantes de entender para escolher a ferramenta mais adequada para cada situação.
Dessa forma, enquanto o PDCA, por ser um método mais genérico, é flexível e pode ser utilizado em qualquer tipo de processo ou setor para a melhoria contínua. Ele é ideal para situações onde a solução pode não ser conhecida e precisa ser descoberta por tentativa e erro.
Por outro lado, como parte do Six Sigma, o DMAIC é mais frequentemente usado em contextos onde a qualidade e a precisão são críticas, e os problemas são complexos e necessitam de uma abordagem analítica detalhada. Ele é particularmente valioso em indústrias como manufatura, engenharia e qualquer área que se beneficie da redução de variabilidade e defeitos.
Dessa forma, embora ambos PDCA e DMAIC sejam projetados para melhorar processos por meio de um ciclo iterativo de atividades, suas diferenças residem nas abordagens específicas, detalhamento, e contexto de aplicação. A escolha entre PDCA e DMAIC dependerá dos objetivos específicos do projeto, da complexidade dos problemas enfrentados e do ambiente operacional da organização.
O ciclo DMAIC oferece várias vantagens significativas que podem beneficiar sua empresa de diversas maneiras. Dentre esses benefícios, se destacam:
O ciclo DMAIC enfatiza a coleta e análise de dados, o que significa que as decisões e melhorias são baseadas em evidências concretas, não em suposições ou intuições. Isso aumenta a probabilidade de sucesso das iniciativas de melhoria.
Ao identificar e abordar as causas raízes dos problemas, o DMAIC ajuda a reduzir erros e defeitos nos processos, levando a uma maior qualidade do produto ou serviço.
Além disso, a metodologia ajuda a identificar ineficiências nos processos existentes e a implementar soluções para otimizá-los, resultando em maior eficiência operacional.
O ciclo DMAIC começa com a definição clara das necessidades e expectativas do cliente, garantindo que as melhorias implementadas estejam alinhadas com o que é mais importante para os clientes.
A metodologia promove uma cultura de melhoria contínua, o que pode levar a um aumento consistente na satisfação do cliente ao longo do tempo.
Ao tornar os processos mais eficientes e reduzir erros e defeitos, o ciclo DMAIC pode ajudar a diminuir desperdícios, resultando em economia de custos.
A metodologia promove o uso mais eficiente de recursos, tanto materiais quanto humanos, o que pode levar a uma redução significativa nos custos operacionais.
Para que o ciclo DMAIC seja bem utilizado, é importante que todos os envolvidos no processo tenham um bom treinamento, estejam preparados e alinhados aos tipos de mudanças propostas. Um ambiente horizontal e democrático é essencial para que as atividades evoluam e tenham o apoio de todos.
Desenvolver o engajamento da equipe com a empresa, com seus valores e com o desejo de melhorar tanto seu desempenho pessoal como o de todos os processos é fundamental para que o planejamento seja bem-sucedido.
Logo, o ideal é contar com um sistema de planejamento estratégico que contribui para aumentar, engajar e turbinar seus resultados, contando com recursos visuais que melhoram o desdobramento estratégico da empresa.
Esse sistema de gestão empresarial permite o acompanhamento integrado do desempenho corporativo, assim como o monitoramento e centralização de todos os indicadores, com foco na tomada de decisão.
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