Você já se perguntou como uma empresa com diversas unidades de negócio consegue decidir onde alocar recursos para garantir o crescimento sustentável de todas essas unidades? Bem, essa dúvida não é exclusiva sua e muitas empresas precisam lidar com essa questão diariamente. É por isso que a Matriz GE, desenvolvida pela McKinsey ficou famosa.
Longe de ser apenas mais uma ferramenta de gestão, ela oferece um método estruturado para avaliar o desempenho das unidades de negócio e decidir onde concentrar os esforços para maximizar o retorno sobre os investimentos.
Deseja saber mais sobre a Matriz GE? Então fique aqui que eu te explico tudo sobre!
A Matriz GE, também conhecida como Matriz McKinsey, é uma ferramenta de gestão desenvolvida para ajudar empresas a analisar e gerenciar seus portfólios de unidades de negócio. Em termos simples, ela serve como um guia visual para que as empresas possam entender onde estão suas principais oportunidades de crescimento e quais áreas exigem mais atenção.
Diferente de outras ferramentas que focam apenas em um ou dois fatores, a Matriz GE considera múltiplas variáveis, permitindo uma visão mais abrangente do desempenho das unidades de negócio.
Na prática, a Matriz GE ajuda os gestores a classificarem suas unidades de negócio com base em dois grandes eixos: a atratividade do mercado em que a unidade atua e a força competitiva da unidade dentro desse mercado.
A partir dessa análise, as empresas conseguem priorizar quais unidades devem receber mais investimentos, quais precisam de estratégias de manutenção e quais podem ser descontinuadas.
Antes de entender como cada quadrante funciona, é fundamental entender do que se trata cada um dos eixos, o vertical e horizontal.
O eixo vertical da Matriz GE representa a atratividade do mercado em que a unidade de negócio opera. A atratividade de um mercado é avaliada com base em vários fatores, como o tamanho do mercado, a taxa de crescimento, a lucratividade potencial, as barreiras de entrada e o nível de competição.
Um mercado altamente atrativo é aquele que oferece boas oportunidades de crescimento e lucro, sendo caracterizado por uma demanda crescente, alta rentabilidade e relativamente poucas barreiras para se estabelecer ou expandir.
Em contrapartida, um mercado pouco atrativo pode ser saturado, com baixa rentabilidade e fortes barreiras de entrada, o que dificulta o sucesso das empresas que nele atuam.
O eixo horizontal da Matriz GE mede a força competitiva de uma unidade de negócio dentro de seu respectivo mercado.
Dessa forma, a força competitiva é determinada pela capacidade da unidade de negócio de competir e se destacar em relação aos concorrentes. Isso envolve avaliar a participação de mercado, a qualidade dos produtos ou serviços, a eficiência operacional, a inovação, e a capacidade de responder às mudanças do mercado.
Uma unidade de negócio com alta força competitiva tem uma posição sólida no mercado, com vantagens claras sobre os concorrentes, enquanto uma unidade com baixa força competitiva pode estar lutando para se manter relevante e lucrativa.
Leia também: Matriz SWOT: entenda como enriquecer seu planejamento
A Matriz GE é dividida em nove quadrantes, mas, para facilitar a análise e a tomada de decisões, esses quadrantes podem ser agrupados em três grandes áreas: Investir, Proteger e Sair do Investimento.
Cada uma dessas áreas reflete uma combinação específica de atratividade do mercado e força competitiva da unidade de negócio, orientando as estratégias que a empresa deve adotar.
Na área superior esquerda da matriz, estão os quadrantes onde a atratividade do mercado é alta, mas a força competitiva da unidade é baixa. Esses quadrantes representam as melhores oportunidades para a empresa.
Aqui, a recomendação é investir agressivamente, pois essas unidades de negócio têm grande potencial para crescimento e lucratividade. Quando uma unidade de negócio está em um mercado atraente e possui uma fraca posição competitiva, faz sentido direcionar recursos significativos para fortalecer sua presença e explorar ao máximo as oportunidades que o mercado oferece.
Mesmo nos casos onde a força competitiva é moderada, se o mercado for altamente atrativo, ainda é recomendado investir, mas com foco em melhorar a posição competitiva para aproveitar o potencial do mercado.
A área central da matriz abriga os quadrantes onde as condições são intermediárias – a atratividade do mercado e a força competitiva são médias. Nessa região, a estratégia ideal é proteger e gerenciar com cautela.
As unidades de negócio aqui podem não ser as estrelas da empresa, mas ainda têm um papel importante no portfólio. Para essas unidades, a empresa deve manter um nível de investimento moderado, garantindo que elas continuem contribuindo para o desempenho geral sem demandar recursos excessivos.
A chave é focar em manter a competitividade e explorar oportunidades de crescimento dentro dos limites do mercado moderadamente atrativo. Além disso, se a unidade de negócio tem uma posição competitiva forte em um mercado de atratividade moderada, é essencial proteger essa posição, garantindo que a empresa continue a se beneficiar dessa unidade.
Na área inferior direita da matriz, encontram-se os quadrantes onde a atratividade do mercado é baixa, mas a força competitiva da unidade de negócio é alta. Essas são as unidades que apresentam os maiores riscos e o menor potencial de retorno sobre o investimento.
Nesses casos, a estratégia mais prudente é considerar a saída do investimento. Isso pode envolver descontinuar a unidade de negócio, vendê-la ou redirecionar os recursos para áreas mais promissoras.
A ideia é evitar a perda de recursos em unidades que têm poucas chances de sucesso em mercados que não são atraentes e onde a empresa não tem uma posição competitiva forte.
Mesmo em casos onde a competitividade é moderada, se o mercado é pouco atrativo, a recomendação geralmente é desinvestir cautelosamente e buscar outras oportunidades que possam trazer um retorno mais significativo.
A criação da Matriz GE está diretamente ligada à colaboração entre a General Electric (GE) e a renomada consultoria McKinsey & Company nos anos 1970. Na época, a GE já era uma empresa gigantesca, com diversas unidades de negócio espalhadas por diferentes setores da economia, cada uma com seus próprios desafios e oportunidades.
No entanto, gerenciar esse portfólio diversificado de negócios era uma tarefa complexa, e a GE precisava de uma maneira eficaz de alocar seus recursos e definir prioridades estratégicas.
Foi então que a GE procurou a McKinsey para ajudar a desenvolver visão abrangente do potencial de cada unidade de negócio, tanto em termos de oportunidades externas quanto de capacidades internas.
Com essa necessidade em mente, a McKinsey desenvolveu o que conhecemos hoje como Matriz GE. A ferramenta foi projetada para ajudar a GE a identificar onde investir, onde manter o nível de investimento e onde descontinuar operações.
É importante destacar que a importância dessa matriz não ficou restrita à GE. Após ver os resultados positivos dessa abordagem, outras grandes empresas começaram a adotar a Matriz GE como parte de sua estratégia de gerenciamento de portfólio.
Para montar uma Matriz GE de forma eficaz, siga este passo a passo. Este guia ajudará você a avaliar suas unidades de negócio e tomar decisões estratégicas com base na atratividade do mercado e na força competitiva.
O primeiro passo é identificar todas as unidades de negócio que serão analisadas. Cada unidade deve ser distinta, com seu próprio mercado, produtos ou serviços. Pode ser um produto específico, uma divisão da empresa ou até uma linha de produtos.
Determine os fatores que influenciam a atratividade do mercado para cada unidade de negócio. Alguns critérios comuns incluem:
Esses critérios podem variar de acordo com o setor e as características específicas de cada mercado.
Agora, defina os critérios para medir a força competitiva de cada unidade de negócio. Alguns critérios comuns incluem:
Esses critérios ajudam a avaliar quão bem a unidade de negócio está posicionada em relação aos concorrentes.
Com os critérios definidos, avalie cada unidade de negócio em relação à atratividade do mercado e à sua força competitiva. Atribua uma pontuação para cada critério, geralmente em uma escala de 1 a 5 ou 1 a 10.
Depois, faça uma média das pontuações para obter uma pontuação final para atratividade do mercado e outra para força competitiva.
Agora, com as pontuações em mãos, posicione cada unidade de negócio na Matriz GE. O eixo vertical representa a atratividade do mercado, e o eixo horizontal representa a força competitiva, conforme explicado anteriormente.
Depois de posicionar todas as unidades de negócio na matriz, analise os resultados. As unidades no quadrante superior esquerdo geralmente são aquelas em que a empresa deve investir mais, pois têm maior potencial de retorno.
As unidades no quadrante central devem ser protegidas e gerenciadas com cautela, enquanto as unidades no quadrante inferior direito podem ser candidatas ao desinvestimento ou reestruturação.
Com base na posição de cada unidade de negócio na Matriz GE, desenvolva estratégias específicas:
Essas estratégias ajudarão a empresa a alocar recursos de forma eficiente e a maximizar o retorno sobre os investimentos.
Os mercados e as forças competitivas mudam com o tempo. Por isso, é importante monitorar as unidades de negócio regularmente e reavaliar a matriz conforme necessário. Isso garantirá que as estratégias permaneçam alinhadas com as condições atuais do mercado e as capacidades da empresa.
A Matriz GE oferece várias vantagens para empresas que buscam gerenciar de forma eficaz seus portfólios de unidades de negócio. Aqui estão algumas das principais vantagens dessa ferramenta:
Uma das grandes vantagens da Matriz GE é sua capacidade de considerar múltiplos fatores ao avaliar as unidades de negócio.
Diferente de outras ferramentas que podem se concentrar em apenas um ou dois aspectos, a Matriz GE permite que as empresas avaliem tanto a atratividade do mercado quanto a força competitiva.
Isso proporciona uma visão mais completa e equilibrada, ajudando os gestores a tomar decisões informadas e baseadas em uma análise ampla.
A Matriz GE ajuda as empresas a identificar claramente onde investir seus recursos para maximizar o retorno.
Ao posicionar as unidades de negócio na matriz, fica evidente quais delas merecem maior atenção e investimento, quais devem ser mantidas com investimentos moderados, e quais podem ser descontinuadas ou vendidas.
Isso permite uma alocação mais estratégica e eficiente dos recursos, evitando desperdícios e concentrando esforços nas áreas mais promissoras.
Com a Matriz GE, as empresas têm uma ferramenta clara e visual para suportar a tomada de decisões estratégicas. A matriz facilita o entendimento das posições relativas das unidades de negócio e fornece uma base sólida para discutir e decidir sobre o futuro de cada uma delas.
Isso é particularmente útil em empresas com portfólios amplos e diversificados, onde a complexidade das decisões pode ser alta.
A Matriz GE permite que as empresas identifiquem unidades de negócio com maior potencial de crescimento e as priorizem em termos de investimento.
Isso não só ajuda a empresa a crescer, mas também a garantir que esse crescimento seja sustentável ao longo do tempo. Ao focar em unidades com alta atratividade de mercado e forte posição competitiva, as empresas podem construir uma base sólida para o sucesso contínuo.
Além de destacar oportunidades, a Matriz GE também ajuda a identificar riscos, especialmente em unidades de negócio que operam em mercados pouco atrativos ou onde a empresa tem uma posição competitiva fraca.
Isso permite que a empresa adote medidas proativas para mitigar esses riscos, seja por meio de reestruturações, desinvestimentos ou mudanças estratégicas.
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Além disso, com o STRATWs One, você pode definir e acompanhar indicadores de desempenho (KPIs) essenciais para cada unidade de negócio. A plataforma facilita a visualização dos resultados em tempo real, permitindo que os gestores tomem decisões baseadas em dados precisos e atualizados.
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