Síndrome do impostor: como gestores podem ajudar os times?

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Síndrome do impostor
Síndrome do impostor

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A Síndrome do Impostor é um fenômeno mental comum que afeta profissionais em todo o mundo. Ela é caracterizada por sentimentos de inadequação, medo de fracassar que fazem as pessoas duvidarem da própria capacidade, mesmo quando existem provas de sucesso. Trata-se de uma condição perigosa, pois pode minar a motivação e o desempenho dos membros de uma empresa.

Por ser uma condição comum nos ambientes de trabalho, muitos gestores acabam tendo que buscar alternativas para apoiar seus liderados, que muitas vezes, por não se sentirem bons o suficiente, acabam não sendo promovidos ou possuem medo de liderar projetos, o que acaba prejudicando a vida profissional do colaborador e consequentemente os resultados da empresa.

Neste artigo, vamos analisar a Síndrome do Impostor sob a perspectiva dos gestores, abordando a ciência por trás do fenômeno e oferecendo estratégias práticas para ajudar seus times a superar os sentimentos de inadequação e aumentar a produtividade.

Continue a leitura e confira!

O que é a Síndrome do Impostor?

A Síndrome do Impostor é um distúrbio psicológico que leva aqueles que a sofrem a se sentirem incapazes, duvidando na própria capacidade apesar de terem conquistas profissionais e pessoais notáveis. É um medo de não ser digno de elogios, reconhecimento externos e de não conseguir lidar com falhas.

Ou seja, mesmo diante de provas que comprovam que ela é capaz, a pessoa ainda não se acha digno das suas próprias conquistas e acredita que seja por sorte ou, como o próprio nome já diz: um impostor. Isso acaba gerando um sentimento de dúvida da própria capacidade.

Para tanto, os gestores podem se beneficiar de um conhecimento prévio, abordando-o, para que os problemas possam ser discutidos e encontradas soluções que ajudem a minimizar esse sentimento. Algumas das ações que os gestores podem fazer são: 

  • estimular o diálogo;
  • reconhecer publicamente os esforços dos colaboradores;
  • estimular o compartilhamento de conhecimento entre os membros do time;
  • incentivar o desenvolvimento de carreira.

Isso permitirá que os colaboradores sintam-se valorizados e mais confiantes para lidar com suas tarefas.

clima organizacional

Qual a origem da Síndrome do Impostor?

Mesmo não sendo uma síndrome reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), os sintomas da baixa autoestima no dia a dia profissional tem chamado a atenção dos pesquisadores e estudioso nos últimos anos.

Pesquisas sugerem que a origem da Síndrome do Impostor pode decorrer de muitos fatores, mas a dinâmica familiar desde a infância costuma ser um dos principais.

Isso porque nesse cenário uma das maiores preocupações dos pais é o crescimento e o desenvolvimento de seus filhos. Uma forma de promover o crescimento é incentivar tarefas desafiadoras. No entanto, os pais devem equilibrar os desafios, ajudando sem dar tudo feito, além de permitir que os filhos experimentem o fracasso.

Outro ponto importante que pode dar origem a Síndrome do Impostor é a famosa frase: não fez mais do que sua obrigação. Já que quando essa pessoa crescer, ela terá dificuldade em aceitar elogios e assim, desenvolver a síndrome.

Dessa forma, o ideal é construir um ambiente dinâmico de sucesso e fracasso saudável.

Como a Síndrome do Impostor afeta o trabalho em equipe?

Os profissionais que sofrem com a Síndrome do Impostor costumam acreditar que são menos capazes do que os outros do seu próprio time e que qualquer realização é fruto da sorte ou das responsabilidades de outros membros da equipe.

Dessa forma, esse sentimento de insegurança pode afetar a produtividade e o trabalho em equipe.

Alguns dos outros sintomas que uma pessoa com a Síndrome do Impostor são:

  • esforço exagerado;
  • procrastinação;
  • adiamento de tarefas;
  • medo da exposição;
  • autossabotagem.

Assim, para ajudar as pessoas a trabalharem melhor sob estas circunstâncias, gestores devem reconhecer os sintomas da Síndrome do Impostor e trabalhar para desenvolver confiança e autoconhecimento dos membros da equipe.

Para isso, oferecer feedbacks frequentes, bem como suporte e treinamento adequado, podem ajudar a elevar a qualidade do trabalho em equipe. Repetir que erros e insucessos são parte do processo de desenvolvimento e compartilhar o crédito com o time podem ajudar os membros a superarem a Síndrome do Impostor e se tornarem mais produtivos.

Como os gestores podem ajudar a equipe a lidar com a Síndrome do Impostor?

Se você acredita que pessoas no seu time possuem a Síndrome do Impostor e você está disposto a ajudar elas, separei aqui algumas dicas que vão te ajudar a superar esse desafio:

1- Cultura de feedbacks

Os feedbacks são importantes para identificar as áreas de melhoria e analisar como os colaboradores estão lidando com os desafios da empresa. Além disso, o feedback contribui para o aumento da autoconfiança e da produtividade. 

Dessa forma, as lideranças devem estar cientes da importância desses retornos diariamente para contribuir na motivação dos colaboradores. Afinal, uma breve avaliação sobre as entregas pode ajudar a reduzir a angústia em relação às competências, e o ambiente corporativo se torna mais positivo, já que o colaborador tem ciência que suas entregas estão sendo bem vistas. 

template feedbacks

2- One on One frequentes

O One on One (1:1) é um momento reservado e de conversa entre líder e liderado. Embora dentro dele possam haver momentos de feedback, essa não é a única característica desse encontro.

Isso porque aqui, cabe ao liderado direcionar o assunto da conversa. Dessa forma, será papel do líder criar um vínculo de confiança com sua equipe para que aqui eles possam se abrir e dizer se estão se sentindo confortáveis e realizados com o papel deles na empresa.

Além disso, caberá ao gestor identificar características da Síndrome do Impostor por meio dessa conversa para que assim ele possa agir sobre e garantir mais saúde mental ao seu liderado.

one-on-one

3- Construa PDIs

Um dos principais problemas na Síndrome do Impostor é que a pessoa não se julga preparada o suficiente para receber créditos ou mesmo aceitar novos desafios. Dessa forma, uma maneira de tentar superar isso é qualificar os seus colaboradores por meio de um Plano de Desenvolvimento Individual, o chamado PDI.

Nesse planejamento, gestor e liderado devem mapear quais são as hard skills e soft skills que o colaborador precisará evoluir para que assim ele possa alcançar cargos de gestão ou mesmo alcançar promoções financeiras, por exemplo.

4- Avaliação de desempenho

A avaliação de desempenho pode desempenhar um papel importante no apoio a funcionários que possuem a Síndrome do Impostor, ajudando-os a superar seus sentimentos de inadequação e construir uma autoimagem mais realista e confiante.

Isso porque ao trazer uma visão mais realista pode servir de primeiro passo para o colaborador entender que ele está fazendo aquilo que se espera dele e indo muito bem, inclusive. Dessa forma, cria-se um ambiente para o colaborador se sentir seguro, apoiando que ele identifique possíveis melhorias e crescendo ainda mais.

Como a cultura da organização influencia a Síndrome do Impostor?

A missão, visão e valores da organização podem servir de gatilho para despertar a Síndrome do Impostor em muitas pessoas, já que a depender do cenário, pode apresentar uma atmosfera competitiva com metas irrealistas e comparações entre os colegas de trabalho, o que contribui para o aumento dos sentimentos de inadequação e falta de confiança dos profissionais.

Os colaboradores podem, então, desenvolver a Síndrome do Impostor, já que sentem que precisam constantemente provar o seu valor à organização e a si mesmos.

Além disso, uma cultura tóxica também interfere na capacidade dos colaboradores de aprender com seus erros, pois é difícil confiar nos outros e se permitir errar. Como resultado, eles acabam se sentindo limitados e inseguros, pois temem incurrir no julgamento de seus colegas. Estas pressões internas podem levar a sensação de ansiedade, frustração e preocupação com o fracasso.

Dessa forma, o ideal é garantir uma cultura organizacional saudável e que seja condizente com a realidade dos seus colaboradores.

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