NIST Cybersecurity Framework: o que é e como funciona?

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No mundo digital em que vivemos, a segurança das informações é crucial para a continuidade e o sucesso de qualquer organização. Diariamente, as empresas enfrentam desafios complexos para proteger seus dados e sistemas contra ameaças cibernéticas e por isso, o NIST Cybersecurity Framework foi desenvolvido.

Esse framework oferece uma abordagem estruturada e compreensível para gerenciar riscos cibernéticos de maneira eficaz. Ele é um mapa estratégico que ajuda as empresas a identificar, proteger, detectar, responder e recuperar-se de ameaças cibernéticas.

Deseja saber mais sobre o NIST Cybersecurity Framework? Então continue a leitura que eu te explico. Confira!

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O que é o NIST Cybersecurity Framework?

O NIST Cybersecurity Framework é um conjunto de diretrizes voluntárias criado pelo National Institute of Standards and Technology (NIST) dos Estados Unidos com o objetivo de ajudar as organizações a gerenciar e reduzir riscos de segurança cibernética.

Ele foi projetado para ser flexível e escalável, permitindo que empresas de todos os tamanhos, desde pequenas empresas até grandes corporações, adaptem suas práticas de segurança cibernética de acordo com suas necessidades específicas.

Além disso, o NIST Cybersecurity Framework serve como um guia para avaliar a postura de segurança de uma organização e implementar medidas para proteger seus ativos mais críticos.

O NIST Cybersecurity Framework é dividido em cinco funções (que falarei mais adiante) que são:

  • Identify (Identificar)
  • Protect (Proteger)
  • Detect (Detectar)
  • Respond (Responder)
  • Recover (Recuperar)

Essas cinco funções permitem que as organizações não apenas respondam a incidentes de segurança, mas também fortaleçam suas defesas e adaptem suas estratégias à medida que novas ameaças surgem. 

Dessa forma, o NIST Cybersecurity Framework se torna uma ferramenta poderosa que facilita a integração da segurança cibernética com os objetivos estratégicos da organização, promovendo uma cultura de segurança contínua e proativa.

Como ele surgiu?

O NIST Cybersecurity Framework surgiu por conta do aumento significativo de ataques e violações de dados que começaram a afetar organizações de todos os tamanhos nos Estados Unidos e ao redor do mundo. 

Segundo dados da Check Point Research, de 2023 para 2024, houve um aumento de 30% no número de ataques cibernéticos no Brasil, tendo uma média de 1.636 ataques por semana.

Dessa forma, a origem do NIST Cybersecurity Framework começa em fevereiro de 2013, quando o então presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, emitiu a Executive Order 13636: Improving Critical Infrastructure Cybersecurity.

Na época, esse decreto executivo foi criado com o objetivo de fortalecer a segurança cibernética das infraestruturas críticas do país, como energia, telecomunicações, e sistemas financeiros, que são essenciais para a segurança nacional e a economia.

A Executive Order reconheceu que a segurança cibernética era um desafio complexo que exigia uma colaboração entre o governo e o setor privado. Como parte dessa iniciativa, o National Institute of Standards and Technology (NIST) foi encarregado de desenvolver um conjunto de diretrizes voluntárias que as organizações poderiam usar para melhorar suas práticas de segurança cibernética.

Assim, o NIST iniciou um processo colaborativo, envolvendo diversas partes interessadas, incluindo especialistas em segurança, empresas privadas, agências governamentais, e acadêmicos, para desenvolver um framework que fosse abrangente, mas também flexível o suficiente para ser adaptado a diferentes indústrias e tamanhos de empresas.

Após um ano de trabalho e várias rodadas de feedback e revisões, a primeira versão do NIST Cybersecurity Framework foi lançada em fevereiro de 2014 e foi evoluindo até o framework que é referência mundial nos dias atuais.

Como é a estrutura central do NIST Cybersecurity Framework?

A estrutura central do NIST Cybersecurity Framework é organizada de forma a proporcionar uma abordagem compreensiva e flexível para gerenciar riscos cibernéticos.

Ela é composta por três componentes principais: Core (Núcleo), Implementation Tiers (Níveis de Implementação) e Profiles (Perfis). Cada um desses componentes desempenha um papel crucial na adaptação e aplicação do framework às necessidades específicas de uma organização.

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1. Core (Núcleo)

O Core é a espinha dorsal do NIST Cybersecurity Framework e está organizado em cinco funções principais, que refletem as atividades de alto nível necessárias para atingir os objetivos de segurança cibernética. Essas funções são subdivididas em categorias e subcategorias que especificam atividades mais detalhadas.

As cinco funções principais são:

  • Identify (Identificar): envolve o entendimento e a gestão dos riscos de cibersegurança no contexto dos sistemas, dados, ativos e capacidades da organização. As categorias incluem:
    • Asset Management (Gestão de Ativos): inventário e mapeamento dos ativos e recursos.
    • Business Environment (Ambiente de Negócios): conhecimento do contexto empresarial e sua dependência de ativos de TI.
    • Governance (Governança): políticas, procedimentos e processos de governança de cibersegurança.
    • Risk Assessment (Avaliação de Riscos): identificação e análise dos riscos cibernéticos.
    • Risk Management Strategy (Estratégia de Gestão de Riscos): abordagens para mitigar riscos.
  • Protect (Proteger): envolve a implementação de salvaguardas para garantir a entrega de serviços essenciais. As categorias incluem:
    • Access Control (Controle de Acesso): gerenciamento de quem tem acesso a sistemas e dados.
    • Data Security (Segurança de Dados): proteção da integridade e confidencialidade das informações.
    • Awareness and Training (Conscientização e Treinamento): capacitação e educação dos colaboradores sobre segurança cibernética.
    • Information Protection Processes and Procedures (Processos e Procedimentos de Proteção da Informação): documentação e manutenção de processos e políticas de proteção de dados.
  • Detect (Detectar): trata da capacidade de identificar ocorrências de segurança cibernética em tempo hábil. As categorias incluem:
    • Anomalies and Events (Anomalias e Eventos): identificação de eventos incomuns que possam indicar incidentes.
    • Security Continuous Monitoring (Monitoramento Contínuo de Segurança): monitoramento contínuo dos sistemas para detectar ameaças.
    • Detection Processes (Processos de Detecção): procedimentos para garantir uma detecção eficaz.
  • Respond (Responder): foca no desenvolvimento e implementação de ações para responder a incidentes de cibersegurança. As categorias incluem:
    • Response Planning (Planejamento de Resposta): estratégias e planos para responder a incidentes.
    • Communications (Comunicações): gerenciamento da comunicação durante e após incidentes.
    • Mitigation (Mitigação): contenção e neutralização de ameaças.
  • Recover (Recuperar): concentra-se em atividades de recuperação para restaurar serviços e capacidades após um incidente de segurança. as categorias incluem:
    • Recovery Planning (Planejamento de Recuperação): desenvolvimento de planos para restaurar operações normais.
    • Improvements (Melhorias): implementação de melhorias com base em lições aprendidas.
    • Communications (Comunicações): comunicação contínua com partes interessadas durante a recuperação.

2. Implementation Tiers (Níveis de Implementação)

Os Níveis de Implementação do NIST Cybersecurity Framework ajudam as organizações a entender o grau de sofisticação de suas práticas de gerenciamento de riscos cibernéticos e a alinhar suas práticas de segurança com os objetivos organizacionais. Eles variam de Tier 1 a Tier 4, sendo:

  • Tier 1: Partial (Parcial): as práticas de segurança cibernética não são formalizadas, e a gestão de risco cibernético é ad hoc e reativa.
  • Tier 2: Risk Informed (Informado sobre Riscos): a gestão de riscos é reconhecida e praticada de forma mais estruturada, mas ainda não é abrangente.
  • Tier 3: Repeatable (Repetível): práticas de segurança cibernética são formalizadas e repetíveis. A organização tem processos padronizados para lidar com riscos.
  • Tier 4: Adaptive (Adaptável): a organização tem uma gestão de riscos madura e é proativa, ajustando continuamente suas práticas de segurança com base em lições aprendidas e mudanças no cenário de ameaças.

3. Profiles (Perfis)

Os Perfis representam a personalização do NIST Cybersecurity Framework para atender às necessidades específicas da organização. Eles são usados para alinhar as práticas de segurança cibernética com os requisitos de negócios e as prioridades de gestão de riscos. Os Perfis permitem que as organizações:

  • Avaliem o estado atual de suas práticas de segurança cibernética (Perfil Atual).
  • Definam o estado desejado de segurança cibernética (Perfil Alvo).
  • Identifiquem as lacunas e as prioridades de melhoria entre o Perfil Atual e o Perfil Alvo.
  • Desenvolvam planos de ação para alcançar o Perfil Alvo.

Quais são as camadas de implementação?

As camadas de implementação do NIST Cybersecurity Framework, conhecidas como Níveis de Implementação (Implementation Tiers), ajudam as organizações a avaliar e entender o nível de maturidade das suas práticas de segurança cibernética.

Elas servem como um guia para medir o quanto a organização está preparada para lidar com riscos cibernéticos e como pode melhorar suas práticas ao longo do tempo. São quatro níveis, e vou explicá-los de maneira bem didática:

Tier 1: Partial (Parcial)

Esse é o nível mais básico do NIST Cybersecurity Framework. Nele, a organização tem práticas de segurança cibernética que são pouco formalizadas e geralmente reativas. Isso significa que as ações são tomadas apenas quando um problema ocorre, sem um planejamento prévio.

Por exemplo, uma pequena empresa que só começa a pensar em segurança cibernética após sofrer um ataque, correndo para resolver o problema sem um plano definido.

Nesse nível:

  • A gestão de riscos cibernéticos é ad hoc (ou seja, feita na hora, sem um plano claro).
  • Não há uma coordenação efetiva entre os diferentes departamentos da empresa.
  • A organização responde aos incidentes de maneira isolada, sem integração com outras áreas.

Tier 2: Risk Informed (Informado sobre Riscos)

Neste nível do NIST Cybersecurity Framework, a organização já reconhece a importância da gestão de riscos cibernéticos e começa a agir de maneira mais estruturada. As práticas ainda não são totalmente integradas em toda a empresa, mas há um esforço para entender e mitigar riscos. Nesse nível:

  • A organização já identifica e classifica os riscos cibernéticos de forma mais consciente.
  • As decisões de segurança começam a ser informadas por esses riscos, mas ainda podem ser inconsistentes.
  • Há alguma coordenação entre departamentos, mas ainda não é abrangente.

Exemplo: Uma empresa de médio porte que implementa algumas políticas de segurança com base em avaliações de risco, mas ainda não as aplica de forma consistente em todos os setores.

Tier 3: Repeatable (Repetível)

Nesse nível, as práticas de segurança cibernética do NIST Cybersecurity Framework são bem estabelecidas e documentadas. A organização começa a seguir processos padronizados e repetíveis para gerenciar riscos cibernéticos.

Uma grande empresa, por exemplo, que tem políticas de segurança bem definidas, realiza treinamentos regulares e revisa seus processos de segurança periodicamente para garantir que estão atualizados.

  • As práticas de segurança são formalizadas e aplicadas de forma consistente em toda a empresa.
  • Existe um bom nível de coordenação e comunicação entre os departamentos.
  • A organização realiza avaliações regulares de risco e ajusta suas práticas com base nos resultados.

Tier 4: Adaptive (Adaptável)

Esse é o nível mais avançado do NIST Cybersecurity Framework. Nele, a organização não só tem práticas de segurança cibernética bem estabelecidas, como também é altamente proativa e adaptável. A empresa está sempre aprendendo com experiências passadas e se ajustando às novas ameaças cibernéticas.

Uma empresa global, por exemplo, que não só mantém suas práticas de segurança em dia, mas também inova constantemente, implementando novas tecnologias e ajustando suas estratégias para enfrentar ameaças emergentes.

Nesse nível:

  • A organização é proativa, antecipando e mitigando riscos antes que se tornem problemas.
  • As práticas de segurança são continuamente melhoradas e adaptadas às novas ameaças.
  • Existe uma cultura organizacional forte de segurança cibernética, com todos os departamentos trabalhando juntos de forma coordenada.

Como estabelecer um programa de gerenciamento de riscos?

Estabelecer um programa de gerenciamento de riscos eficaz é fundamental para proteger sua organização contra as inúmeras ameaças cibernéticas que surgem diariamente. 

Dessa forma, utilizando o NIST Cybersecurity Framework como guia, você pode criar um programa estruturado que promova uma cultura de segurança contínua dentro da empresa. 

Por isso, a seguir, apresento um passo a passo detalhado para ajudá-lo a implementar um programa de gerenciamento de riscos robusto na sua empresa:

1- Obter comprometimento da liderança

O primeiro passo crucial para estabelecer um programa de gerenciamento de riscos é garantir o comprometimento da liderança da organização. Sem o apoio dos altos executivos, qualquer iniciativa de segurança cibernética pode enfrentar barreiras significativas, como falta de recursos, resistência organizacional ou, simplesmente, falta de prioridade.

A liderança deve entender a importância estratégica da segurança cibernética e do próprio NIST Cybersecurity Framework, não apenas como uma medida de proteção, mas como um fator crítico para a continuidade dos negócios e a proteção da reputação da empresa.

Para isso, é necessário apresentar argumentos que demonstrem claramente os impactos financeiros, operacionais e legais que uma violação de segurança pode acarretar.

Além disso, é importante destacar que o gerenciamento de riscos cibernéticos e do NIST Cybersecurity Framework é uma responsabilidade compartilhada e que a liderança precisa promover uma cultura de segurança que permeie toda a organização, incentivando o envolvimento e a responsabilidade de todos os colaboradores.

2- Definir objetivos e escopo do programa

Definir objetivos claros e um escopo bem delineado é fundamental para o sucesso do programa de gerenciamento de riscos.

Os objetivos do NIST Cybersecurity Framework devem estar alinhados com a estratégia geral da organização e serem realistas, mensuráveis e alcançáveis dentro dos recursos disponíveis (metas SMART). Isso significa que é necessário determinar o que o programa deve alcançar em termos de mitigação de riscos, proteção de ativos críticos e conformidade com normas e regulamentos de segurança.

Além disso, definir o escopo do NIST Cybersecurity Framework envolve decidir quais áreas da organização serão inicialmente incluídas no esforço de gerenciamento de riscos.

Dessa forma, pode ser prudente começar com as áreas mais críticas, aquelas que possuem maior exposição a riscos ou que são essenciais para a operação da empresa, e expandir gradualmente o escopo à medida que o programa se solidifica.

Um escopo bem definido ajuda a concentrar os esforços, otimizar o uso dos recursos e facilitar o monitoramento do progresso e o ajuste das estratégias ao longo do tempo.

3- Identificar ativos e dados críticos

Uma das bases para qualquer programa de gerenciamento de riscos é a identificação dos ativos e dados críticos da organização. Isso inclui todos os elementos do NIST Cybersecurity Framework que são essenciais para a operação contínua e o sucesso da empresa, como sistemas de TI, informações sensíveis, infraestrutura física, e até mesmo o capital humano.

O processo de identificação deve ser abrangente, mapeando não apenas os ativos tangíveis, como servidores e equipamentos, mas também os ativos intangíveis, como a propriedade intelectual e dados de clientes.

Uma vez identificados, esses ativos devem ser classificados de acordo com sua criticidade e sensibilidade. Essa classificação ajudará a priorizar as ações de segurança e a focar os esforços de proteção onde eles são mais necessários.

Além disso, entender a interdependência entre diferentes ativos e processos é crucial para identificar os pontos de vulnerabilidade no NIST Cybersecurity Framework que podem ser explorados por ameaças cibernéticas.

4- Realizar avaliação de riscos

Após identificar os ativos críticos, o próximo passo é realizar uma avaliação de riscos abrangente. Este processo envolve identificar as ameaças potenciais que podem afetar esses ativos, bem como as vulnerabilidades que poderiam ser exploradas por essas ameaças.

A avaliação de riscos do NIST Cybersecurity Framework deve considerar tanto ameaças internas, como erros humanos ou falhas de sistema, quanto ameaças externas, como ataques cibernéticos, desastres naturais ou ações de concorrentes mal-intencionados.

Além disso, é importante avaliar o impacto potencial de cada risco, bem como a probabilidade de sua ocorrência. Isso permite que a organização priorize os riscos que exigem atenção imediata e desenvolva estratégias específicas para mitigá-los.

Uma avaliação de riscos eficaz não apenas identifica os riscos, mas também fornece uma visão clara das áreas onde a organização está mais vulnerável, permitindo a tomada de decisões informadas e a alocação eficaz de recursos de segurança.

Leia também: O que é Matriz de Risco: passo a passo para implementar essa ferramenta na sua organização

5- Implementar controles de segurança

Com base na avaliação de riscos, é essencial implementar controles de segurança que mitiguem os riscos identificados e protejam os ativos críticos da organização.

Esses controles podem incluir uma ampla gama de medidas, desde soluções tecnológicas, como firewalls, sistemas de detecção de intrusões e criptografia de dados, até políticas e procedimentos organizacionais, como controle de acesso, conscientização e treinamento de funcionários, e resposta a incidentes.

A implementação de controles de segurança deve ser orientada pelas melhores práticas do setor e adaptada às necessidades e ao contexto específico da organização.

Além disso, é importante garantir que os controles implementados sejam integrados de forma eficaz com os processos de negócios existentes, minimizando qualquer impacto negativo na operação diária da empresa.

Uma vez implementados, esses controles devem ser testados regularmente para garantir sua eficácia e ajustados conforme necessário para responder a novas ameaças ou mudanças no ambiente de negócios.

6- Desenvolver capacidades de detecção

Detectar incidentes de segurança cibernética de forma rápida e eficiente é uma parte crítica do NIST Cybersecurity Framework. Para isso, a organização deve desenvolver capacidades robustas de detecção, que permitam identificar atividades suspeitas ou anômalas antes que causem danos significativos.

Isso pode incluir a implementação de sistemas de monitoramento contínuo, que rastreiam o tráfego de rede, acessos a sistemas e outras atividades relevantes em tempo real.

Além disso, é importante estabelecer processos claros para a análise de logs e a investigação de incidentes potenciais, garantindo que qualquer anomalia seja rapidamente identificada e tratada.

A detecção precoce de incidentes não só ajuda a mitigar os impactos imediatos de uma violação, mas também proporciona à organização mais tempo para responder e implementar medidas corretivas.

7- Planejar e responder a incidentes

Nenhum sistema de segurança é infalível, por isso é vital que a organização esteja preparada para responder a incidentes de segurança cibernética de maneira rápida e eficaz. Um plano de resposta a incidentes bem elaborado deve ser um componente central do programa de gerenciamento de riscos.

Este plano deve incluir diretrizes claras sobre como a organização deve reagir em caso de uma violação, desde a identificação inicial até a contenção, erradicação e recuperação.

A preparação do NIST Cybersecurity Framework também envolve a formação de uma equipe de resposta a incidentes, composta por membros com habilidades específicas em segurança cibernética, comunicação e gestão de crises.

A resposta a incidentes deve ser coordenada e eficiente, com uma comunicação clara entre todos os envolvidos, tanto internamente quanto com partes externas, como clientes, parceiros e autoridades reguladoras, se necessário.

8- Estabelecer planos de recuperação

A recuperação de um incidente de segurança cibernética é tão importante quanto a resposta imediata.

Planos de recuperação bem definidos ajudam a organização a restaurar suas operações normais o mais rápido possível, minimizando o impacto no negócio.

Esses planos no NIST Cybersecurity Framework devem incluir procedimentos para a recuperação de dados, restauração de sistemas críticos e retorno às operações normais, além de abordar questões como comunicação com partes interessadas e melhorias contínuas. 

 A recuperação não é apenas sobre restaurar o status quo, mas também sobre aprender com o incidente para melhorar as defesas futuras.

Uma análise pós-incidente deve ser conduzida para identificar o que funcionou bem e onde houve falhas, permitindo que a organização ajuste suas políticas e procedimentos para fortalecer sua postura de segurança.

9- Monitoramento e revisão contínua

Um programa de gerenciamento de riscos deve ser dinâmico e evolutivo. Após a implementação inicial, é crucial que a organização monitore continuamente a eficácia das medidas de segurança e revise o programa conforme necessário.

Isso envolve a realização de auditorias regulares, revisões de políticas e testes de segurança para garantir que os controles implementados estejam funcionando como esperado e sejam adaptados a novas ameaças ou mudanças no ambiente de negócios.

A revisão contínua do NIST Cybersecurity Framework permite que a organização mantenha uma postura de segurança proativa, identificando e respondendo a novos riscos antes que eles possam causar danos significativos.

Além disso, o feedback de todas as partes envolvidas no programa deve ser coletado e utilizado para fazer ajustes que melhorem continuamente a eficácia do programa de gerenciamento de riscos.

10- Promover uma cultura de segurança

Para que o NIST Cybersecurity Framework seja verdadeiramente eficaz, ele deve ser sustentado por uma cultura organizacional que valorize e priorize a segurança cibernética.

Isso significa que todos os membros da organização, desde a alta liderança até os funcionários de linha de frente, devem estar cientes da importância da segurança cibernética e de suas responsabilidades individuais nesse contexto.

A promoção de uma cultura de segurança pode ser alcançada por meio de educação e treinamento contínuos, comunicação clara sobre políticas e expectativas, e incentivos para o cumprimento de práticas seguras.

Quando a segurança cibernética é integrada aos valores e operações diárias da organização, ela se torna uma parte natural do trabalho de todos, aumentando a resiliência da empresa contra ameaças cibernéticas.

Próximos passos

O STRATWs One é uma ferramenta poderosa que pode complementar a implementação do NIST Cybersecurity Framework, oferecendo suporte na gestão de indicadores, melhoria contínua, coordenação de respostas a incidentes e conformidade regulatória.

Ao integrar o STRATWs One em sua estratégia de segurança cibernética, sua organização poderá não apenas gerenciar riscos de forma mais eficaz, mas também garantir que as práticas de segurança estejam alinhadas com os objetivos estratégicos da empresa, promovendo uma cultura de segurança cibernética robusta e proativa.

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