Crise de ansiedade no trabalho: como lidar?

CONTEÚDO

Crise de ansiedade no trabalho
Crise de ansiedade no trabalho

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A crise de ansiedade no trabalho é um fenômeno que tem se tornado comum no ambiente organizacional e tem afetado não apenas a produtividade e o bem-estar do indivíduo, mas reverbera por toda a estrutura empresarial. Por outro lado, em um mundo corporativo cada vez mais acelerado e exigente, a saúde mental dos colaboradores tem se destacado como um pilar fundamental para a sustentabilidade e sucesso das organizações.

Por isso, profissionais de Recursos Humanos, intrinsecamente ligados à gestão de pessoas, encontram-se na linha de frente quando o assunto é promover um ambiente de trabalho saudável e apoiador. Este artigo visa explorar os sintomas, formas de minimizar essas situações e estratégias práticas que os profissionais de RH podem empregar para ajudar os colaboradores a lidar com episódios de ansiedade, especialmente no ambiente de trabalho.

Quer saber mais sobre crise de ansiedade no trabalho? Então continue a leitura e confira! 

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O que é crise de ansiedade?

A crise de ansiedade é uma manifestação intensa de ansiedade que pode ocorrer de repente e geralmente atinge um pico dentro de alguns minutos. Esses episódios podem ser extremamente angustiantes e desconfortáveis, e muitas vezes são caracterizados por uma sensação avassaladora de apreensão ou medo.

Alguns sintomas comuns que podem ser experimentados durante uma crise de ansiedade são:

  • Sensação de pavor ou perigo iminente;
  • Palpitações cardíacas ou aumento da frequência cardíaca;
  • Transpiração excessiva;
  • Tremores ou abalos;
  • Sensação de falta de ar ou asfixia;
  • Dor ou desconforto no peito;
  • Náusea ou desconforto abdominal;
  • Tontura, instabilidade ou fraqueza;
  • Medo de perder o controle ou enlouquecer;
  • Medo de morrer;
  • Sensações de formigamento ou dormência;
  • Calafrios ou ondas de calor.

As crises de ansiedade podem ser desencadeadas por uma variedade de fatores, incluindo estresse, preocupações financeiras, problemas de saúde, ou eventos traumáticos. No contexto do ambiente de trabalho, prazos apertados, alta carga de trabalho, conflitos interpessoais e medo de demissão são alguns dos gatilhos potenciais.

Dessa forma, é fundamental que os profissionais de RH e líderes de equipe estejam cientes e preparados para lidar com situações que envolvem crises de ansiedade no trabalho, proporcionando o suporte necessário e promovendo um ambiente de trabalho mentalmente saudável.

Isso pode incluir oferecer acesso a recursos de saúde mental, como aconselhamento ou terapia, e implementar práticas de trabalho flexíveis para ajudar a gerenciar o estresse e a ansiedade no local de trabalho.

Quais são os tipos de ansiedade?

A ansiedade, enquanto emoção, é uma resposta natural do corpo ao estresse e pode ser experimentada por todos em vários momentos da vida. No entanto, quando a ansiedade se torna crônica ou esmagadora, ela pode ser categorizada em diferentes tipos de transtornos de ansiedade, cada um com suas próprias características e sintomas distintos.

Abaixo estão alguns dos tipos mais comuns de transtornos de ansiedade:

1. Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG)

  • Características: preocupação excessiva e crônica, mesmo quando não há motivo aparente para preocupação.
  • Sintomas comuns: inquietação, fadiga, dificuldade de concentração, irritabilidade, tensão muscular e problemas de sono.

2. Transtorno do Pânico

  • Características: episódios recorrentes de crises de ansiedade ou ataques de pânico sem gatilho aparente.
  • Sintomas comuns: palpitações, suor, tremores, sensação de sufocamento, medo de perder o controle e medo de morrer.

3. Transtorno de Ansiedade Social (TAS)

  • Características: medo intenso de situações sociais e de ser julgado ou humilhado em público.
  • Sintomas comuns: evitação de situações sociais, nervosismo em público, medo de falar em público e preocupação com eventos sociais futuros.

4. Transtorno de Ansiedade de Separação

  • Características: medo excessivo de se separar de pessoas com quem tem forte apego emocional.
  • Sintomas comuns: preocupação excessiva com a perda ou dano a entes queridos, resistência a sair de casa e dificuldade em dormir longe de entes queridos.

5. Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT)

  • Características: ansiedade persistente e sintomas relacionados após vivenciar ou testemunhar um evento traumático.
  • Sintomas comuns: flashbacks, pesadelos, evitação de lembranças ou situações traumáticas e irritabilidade.

6. Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC)

  • Características: presença de obsessões (pensamentos intrusivos e indesejados) e compulsões (comportamentos repetitivos realizados para aliviar a ansiedade causada pelas obsessões).
  • Sintomas comuns: preocupações excessivas com limpeza, ordem ou simetria e realização de rituais ou verificações repetitivas.

7. Fobia Específica

  • Características: medo intenso e irracional de um objeto, situação ou atividade específica.
  • Sintomas comuns: evitação do objeto ou situação temida, reações de pânico ao ser confrontado com o objeto ou situação e reconhecimento de que o medo é excessivo.

8. Agorafobia

  • Características: medo de situações em que a fuga pode ser difícil ou em que o auxílio pode não estar disponível em caso de uma crise de pânico.
  • Sintomas comuns: evitação de lugares públicos, medo de estar sozinho e medo de lugares onde se sente preso.

Crise de ansiedade ou crise do pânico?

Crise de ansiedade e crise de pânico são termos que, embora muitas vezes sejam usados como sinônimos, possuem distinções importantes, especialmente no contexto clínico.

Uma crise de ansiedade geralmente refere-se a um período de ansiedade intensa que é tipicamente desencadeado por um estresse específico, como uma situação ou evento que provoca preocupação ou medo. Os sintomas podem incluir nervosismo, palpitações cardíacas, tensão muscular, e uma variedade de outras respostas físicas e emocionais, e a duração pode variar.

Por outro lado, uma crise de pânico é um episódio súbito de medo intenso que desencadeia reações físicas severas, mesmo quando não há perigo real ou causa aparente. As crises de pânico podem ocorrer de forma inesperada, sem um gatilho claro, e os sintomas, que incluem palpitações, suor, tremores, e uma sensação de perigo iminente, são mais intensos, atingindo um pico em poucos minutos.

Ambos os termos descrevem experiências angustiantes e podem ser sintomas de transtornos de ansiedade, mas diferem principalmente na natureza, intensidade e duração dos episódios.

Quais os sintomas da crise de ansiedade no trabalho?

A crise de ansiedade no trabalho pode se manifestar de várias maneiras e os sintomas podem variar de pessoa para pessoa. Alguns sinais comuns de crise de ansiedade no ambiente de trabalho no colaborador incluem:

  • Desempenho e produtividade diminuídos;
  • Procrastinação e atrasos frequentes;
  • Irritabilidade e mudanças de humor;
  • Dificuldade de concentração;
  • Fadiga e esgotamento (burnout);
  • Isolamento social e evitação de interações;
  • Expressões frequentes de preocupação e nervosismo;
  • Queixas físicas recorrentes, como dores de cabeça ou problemas estomacais;
  • Resistência a mudanças ou novas tarefas;
  • Insegurança e falta de confiança nas próprias habilidades.

Dessa forma, o RH pode desempenhar um papel crucial na identificação e apoio aos colaboradores que podem estar enfrentando uma crise de ansiedade no trabalho.

Algumas estratégias e práticas que o RH pode adotar a médio e longo prazo, para evitar que os colaboradores sofram com a crise de ansiedade no trabalho incluem:

1. Promover um ambiente de trabalho saudável:

  • Cultura de abertura: encorajar uma cultura onde os colaboradores se sintam confortáveis compartilhando suas preocupações.
  • Flexibilidade: oferecer opções de trabalho flexíveis, como horários ajustáveis ou home office.

2. Treinamento e desenvolvimento:

  • Capacitação de lideranças: treinar líderes para reconhecer sinais de crise de ansiedade no trabalho e sintomas rebotes em suas equipes e oferecer suporte adequado.
  • Workshops de bem-estar: organizar workshops sobre gestão de estresse e saúde mental.

3. Suporte e Recursos:

  • Acesso a profissionais: disponibilizar acesso a profissionais de saúde mental, como psicólogos ou conselheiros.
  • Programas de bem-estar: implementar programas que focam no bem-estar físico e mental dos colaboradores.

4. Comunicação Efetiva:

  • Canais de comunicação: estabelecer canais onde os colaboradores possam expressar suas preocupações de maneira confidencial.
  • Feedback regular: garantir que os colaboradores recebam feedbacks regulares e construtivos.
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5. Reconhecimento e Recompensa:

  • Reconhecimento: valorizar e reconhecer o esforço e as conquistas dos colaboradores.
  • Incentivos: oferecer incentivos e recompensas que motivem e mostrem apreciação, como remuneração variável por rendimento.

6. Avaliação e Acompanhamento:

  • Avaliações de desempenho: considerar o bem-estar mental nas avaliações e não apenas os resultados e produtividade.
  • Acompanhamento regular: realizar check-ins regulares para entender o bem-estar dos colaboradores.
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Como ajudar o colaborador com crise de ansiedade no trabalho?

Ajudar um colaborador que está passando por uma crise de ansiedade no trabalho requer uma abordagem empática, compreensiva e, acima de tudo, de suporte. Aqui estão algumas estratégias que podem ser adotadas para ajudar um colaborador durante e após uma crise de ansiedade no ambiente de trabalho:

1- Durante uma crise de ansiedade no trabalho:

  • 1- Ofereça um ambiente seguro:
    • Proporcione um espaço tranquilo e privado para que o colaborador possa se acalmar.
  • 2- Seja calmo e apoiador:
    • Mantenha a calma e ofereça palavras tranquilizadoras;
    • Evite fazer muitas perguntas ou pressionar para que a pessoa se acalme rapidamente.
  • 3- Escute sem julgamentos:
    • Esteja disponível para ouvir se o colaborador quiser falar, sem oferecer julgamentos ou conselhos não solicitados.
  • 4- Auxílio básico:
    • Ofereça água e assegure-se de que a pessoa está fisicamente bem;
    • Se necessário, acione ajuda médica.

2- Após a crise de ansiedade no trabalho:

  • 1- Conversa empática:
    • Quando o colaborador estiver pronto, tenha uma conversa empática para entender suas necessidades e preocupações.
  • 2- Flexibilidade:
    • Considere oferecer um tempo fora ou flexibilidade nas tarefas e prazos, se possível.
  • 3- Encaminhamento para profissionais:
    • Encoraje e facilite o acesso a profissionais de saúde mental.

3- Estratégias de longo prazo:

  • 1- Promova a educação em saúde mental:
    • Realize workshops e treinamentos sobre saúde mental para todos os colaboradores.
  • 2- Política de bem-estar:
    • Desenvolva e implemente políticas de bem-estar e saúde mental no local de trabalho.
  • 3- Apoio contínuo:
    • Assegure que o apoio ao colaborador seja contínuo e não apenas uma resposta imediata à crise.
  • 4- Ajustes no ambiente de trabalho:
    • Explore possíveis ajustes ou acomodações que possam ser feitos para apoiar o bem-estar do colaborador.
  • 5- Monitoramento regular:
    • Realize check-ins regulares para acompanhar o progresso e o bem-estar do colaborador.

O que fazer quando se tem uma crise de ansiedade no trabalho?

Quando se tem uma crise de ansiedade no trabalho, a primeira coisa a fazer é encontrar um lugar tranquilo e seguro onde você possa ter alguns momentos para respirar e se acalmar. Se possível, informe a um colega de confiança ou supervisor sobre a situação para que possam oferecer suporte adicional ou cobrir suas responsabilidades temporariamente. 

Além disso, focar na respiração, utilizando técnicas de respiração profunda ou controlada, pode ajudar a gerenciar os sintomas físicos da ansiedade, como palpitações cardíacas e tremores.

Outro ponto importante é que é fundamental dar a si mesmo permissão para fazer uma pausa e não se pressionar para “superar” a crise rapidamente. Se você se sentir confortável, pode considerar conversar com alguém em quem confia sobre o que está sentindo.

Após a crise de ansiedade no trabalho, é importante refletir sobre o que pode ter desencadeado a ansiedade e considerar discutir com seu supervisor ou RH sobre estratégias ou ajustes no ambiente de trabalho que possam ajudar a prevenir futuras crises.

Além disso, procurar o apoio de um profissional de saúde mental para explorar estratégias de gerenciamento de ansiedade a longo prazo pode ser uma etapa valiosa. Lembre-se de que cuidar da sua saúde mental é fundamental e que buscar ajuda e apoio é um sinal de força.

Quanto tempo demora uma crise de ansiedade?

Uma crise de ansiedade no trabalho e em qualquer outro lugar geralmente atinge seu pico de intensidade em cerca de 10 minutos e depois começa a diminuir.

A duração total da crise pode variar de pessoa para pessoa e de episódio para episódio, mas muitas crises de ansiedade tendem a durar entre 15 e 30 minutos. Em alguns casos, os sintomas podem diminuir e depois voltar, prolongando o episódio. 

Também é comum que, após a crise, a pessoa sinta um estado de fadiga ou tensão, e os sintomas mais leves possam persistir por algumas horas. Vale ressaltar que, embora o episódio em si possa ser relativamente curto, os efeitos podem ser duradouros, impactando o indivíduo nas horas ou dias subsequentes.

Estou com crise de ansiedade no trabalho, posso pegar atestado?

Sim, você pode obter um atestado médico se tiver uma crise de ansiedade no trabalho, desde que consulte um profissional de saúde, como um médico ou psicólogo, que possa validar e documentar a sua condição. A ansiedade é uma condição de saúde legítima e, em muitos lugares, é reconhecida como uma razão válida para tirar uma licença médica, desde que seja devidamente atestada por um profissional de saúde.

O profissional irá avaliar a sua situação, e se ele entender que você precisa de tempo para se recuperar, ele pode fornecer um atestado médico indicando a necessidade de afastamento do trabalho por um período específico.

Próximos passos

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