O Setembro Amarelo é uma campanha anual destinada à conscientização, prevenção e combate ao suicídio. A lógica é que em empresas, escolas e em toda a sociedade sejam promovidos, por meio de eventos e atividades, iniciativas que apoiem uma melhor saúde mental e emocional.
Segundo dados da OMS, anualmente mais de 700 mil pessoas cometem suicídio. Além disso, desses, 96% dos casos foram diagnosticados com problemas mentais. Dessa forma, é fundamental que as empresas prestem ajuda e apoio aos seus colaboradores, para promover uma maior saúde mental.
Assim, para que os benefícios da campanha alcancem os colaboradores e sejam alcançados os resultados esperados, é preciso que os departamentos de Recursos Humanos criem planos de ação para promover os valores do Setembro Amarelo no local de trabalho.
Neste artigo, eu te apresento a importância da campanha e quais estratégias seu RH pode adotar para fomentar a saúde mental no trabalho. Interessado? Continue a leitura e confira então!
O Setembro Amarelo é uma campanha que busca promover uma maior conscientização sobre a prevenção do suicídio. Ele foi criado no Brasil em 2015 com o objetivo de alertar a sociedade sobre a importância de falar abertamente sobre o suicídio, reduzir o estigma associado a ele e promover ações de prevenção.
Isso porque, por muito tempo entendeu-se que falar sobre o suicidio poderia promover uma maior ocorrência dele. No entanto, da forma como estava sendo feito, também não havia como criar ações para melhorar o cenário, que estava apenas piorando.
Assim, a cor amarela é utilizada para simbolizar a campanha, pois representa a vida, a luz e a esperança. Durante o mês de setembro, diversas atividades são realizadas para conscientizar a população sobre a importância de identificar sinais de alerta, oferecer apoio emocional e buscar ajuda profissional para pessoas que estejam passando por momentos difíceis ou com pensamentos suicidas.
Dessa forma, a campanha do Setembro Amarelo busca envolver a sociedade como um todo, incluindo escolas, universidades, empresas, mídia e instituições públicas, para que todos se tornem agentes de prevenção do suicídio.
Embora ela tenha começado no Brasil apenas em 2015, a origem dele é um pouco mais antiga, já que ela teve uma referência à campanha norte-americana, que começou em 1994, após o suicidio do jovem de 17 anos, Mike Emme.
Aqui no Brasil ela foi uma iniciativa conjunta do Centro de Valorização da Vida (CVV), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). Isso porque esses grupos entenderam que o suicídio é um problema de saúde pública, só que não é tratado como tal.
Desde então, o Setembro Amarelo se tornou uma campanha anual, realizada durante todo o mês de setembro, com ações de conscientização e divulgação de informações sobre o tema.
O RH desempenha um papel importante na promoção do bem-estar dos colaboradores. Embora nem sempre sejam especialistas em saúde mental, eles podem estar atentos a certos sinais físicos e comportamentais que podem indicar problemas de saúde mental, incluindo risco de suicídio.
Dessa forma, é essencial que o RH trabalhe em conjunto com profissionais da saúde qualificados, como psicólogos ou assistentes sociais, para lidar adequadamente com essas situações. Nesse ambiente profissional, identificar os sinais que podem ser frutos de uma depressão, pode ser uma tarefa árdua.
Assim, indicadores de RH como absenteísmo, turnover, feeedbacks, eNPS são alguns que podem apoiar os profissionais da área a identificar os primeiros sinais de alerta para as empresas.
Alguns sinais comuns são:
É importante lembrar que esses sinais não são diagnósticos, mas podem indicar que um colaborador está passando por dificuldades emocionais ou mentais.
Se o RH observar esses sinais, é recomendável que eles abordem a situação com sensibilidade e ofereçam suporte adequado, como encaminhamento para profissionais de saúde mental, recursos de apoio ou programas de assistência ao colaborador disponíveis na empresa.
Embora nem toda gestão de Recursos Humanos seja formada por especialistas da área da saúde, existem ações que podem ser promovidas dentro da empresa para gerar uma cultura organizacional mais saudável.
Algumas delas são:
Promova campanhas de conscientização sobre o Setembro Amarelo. Isso pode incluir a divulgação de materiais informativos, como cartazes, vídeos ou e-mails que abordem a importância da prevenção do suicídio, os sinais de alerta e os recursos disponíveis para apoio.
Organize palestras e workshops sobre saúde mental, manejo do estresse, equilíbrio trabalho-vida pessoal e outros temas relevantes. Convide especialistas externos, como psicólogos ou terapeutas, para compartilhar conhecimentos e fornecer orientações práticas.
Crie espaços seguros para os colaboradores compartilharem suas experiências e se apoiarem mutuamente. Isso pode ser feito por meio de grupos de discussão, rodas de conversa ou até mesmo a formação de um programa de apoio aos colegas.
Ofereça treinamento para os gestores sobre a identificação de sinais de problemas de saúde mental, como o risco de suicídio, e como abordar essas questões com empatia. Isso pode incluir o desenvolvimento de habilidades de escuta ativa, orientações sobre como encaminhar colaboradores para ajuda profissional e a criação de um ambiente de trabalho mais acolhedor.
Analise as políticas existentes relacionadas à saúde mental, inteligência emocional e bem-estar e identifique possíveis melhorias. Considere a implementação de benefícios como programas de assistência ao colaborador, acesso a terapeutas ou psicólogos, ou flexibilidade no horário de trabalho para cuidados pessoais.
Utilize os canais de comunicação interna, como intranet, murais ou boletins, para compartilhar informações úteis sobre saúde mental, recursos disponíveis e histórias inspiradoras. Promova uma comunicação aberta e encoraje os colaboradores a buscar apoio quando necessário.
Estabeleça parcerias com instituições e organizações locais de saúde mental, como clínicas, centros de atendimento e linhas de apoio. Disponibilize esses recursos aos colaboradores, para que saibam onde podem buscar ajuda se necessário.
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