As 5 competências mais importantes para desenvolver uma boa liderança

CONTEÚDO

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Quais são as competências de liderança que transformam um gestor ou um executivo num verdadeiro líder? Afinal, o que faz um líder eficaz? Se você já se perguntou isso, leia com atenção!

Antes de saber quais competências são essenciais, certifique-se de que você não está cometendo nenhum desses 10 péssimos hábitos de liderança

Foi feito um estudo com 195 líderes de empresas globais em 15 países para responder a essa pergunta sobre liderança.

Nesse estudo, os participantes tiveram que escolher as 15 principais competências de liderança em uma lista com 74 opções.

As 10 competências mais citadas foram separadas em 5, que sugerem prioridades para líderes e programas de liderança.

Talvez você já conheça a maioria delas, porém elas podem ser difíceis de dominar. Melhorá-las, às vezes, significa agir contra nossa própria personalidade.

Portanto, decidimos falar um pouco sobre cada uma delas. Conheça, agora, as competências consideradas mais importantes pelos entrevistados:

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Dentre as principais competências de um líder, estas duas foram consideradas as mais importantes:

1. Demonstrar ética e forte senso de segurança

Essa categoria combina dois dos atributos mais escolhidos: “alto padrão de ética e moral” e “comunicação das expectativas com clareza”. Juntos, estes atributos ajudam a criar um ambiente seguro e de confiança.

Um líder com altos padrões éticos é compromissado com a justiça. Esse líder passa confiança de que, tanto ele quanto seus funcionários, honrarão as regras do “jogo”.

De maneira similar, quando um líder comunica suas expectativas de forma clara, ele evita pegar as pessoas de surpresa e garante que todas as pessoas estejam igualmente cientes.

Em um ambiente seguro, os funcionários podem relaxar, invocando maior capacidade mental para socializar, inovar, criar e ser ambicioso.

neurociência confirma essa afirmação sobre as principais competências de líderes. A explicação é de que, quando nossa amígdala cerebral registra alguma ameaça à nossa segurança, as artérias enrijecem e engrossam.

Isso para dar conta do maior fluxo sanguíneo em nossos membros, de forma que estejamos mais preparados para lutas ou fugas.

Quando estamos nesse estado, perdemos acesso ao sistema de socialização do sistema límbico e à função executiva do córtex pré-frontal. Dessa forma, a criatividade e o desejo por excelência são inibidos.

Logo, de um ponto de vista neurocientífico, se certificar de que as pessoas se sentem seguras deveria ser a principal tarefa dos líderes.

Como passar segurança para a equipe?

Essa competência exige que você se comporte de maneira que seja consistente com seus valores.

Se você se pega tomando decisões que vão contra seus princípios ou justificando ações apesar do sentimento de desconforto, você, provavelmente, precisa se reconectar com seus valores.

Para aumentar o senso de segurança, tente se comunicar com a intenção específica de fazer as pessoas se sentirem seguras. Uma boa maneira de fazer isso é reconhecer e neutralizar resultados ruins ou consequências de erros.

Você pode, por exemplo, começar a conversa sobre um projeto que deu errado dizendo: “Eu não estou te culpando, apenas quero entender o que aconteceu”.

2. Autorizar sua equipe a se organizar

Permitir que funcionários organizem o próprio tempo e trabalho foi votada como a segunda competência mais importante para a liderança. Nenhum líder consegue fazer tudo sozinho.

Por isso, é importante distribuir o “poder” e confiar que as pessoas mais próximas da ação tenham autonomia para tomar decisões.

Pesquisas mostram, em inúmeras ocasiões, que times com autonomia são mais produtivos e proativos. Eles disponibilizam melhor serviço ao consumidor, mostram altos níveis de satisfação com o trabalho e comprometimento com sua equipe e empresa.

No entanto, muitos líderes ainda lutam contra a auto-organização das suas equipes. Eles resistem por acreditar que o poder é um jogo sem soma, o que não é verdade! Eles temem que os outros cometam erros que eles precisarão enfrentar as consequências.

Para superar o medo de abrir mão do poder, comece aumentando a consciência da tensão física que surge quando você sente que sua posição está ameaçada.

Ameaças percebidas ativam uma resposta de fuga, luta ou paralisação na amígdala. A boa notícia é que podemos treinar nossos corpos a se sentirem relaxados ao invés de assumir a posição de defensa quando estamos estressados.

Portanto, tente separar a situação atual do passado. Compartilhe o mau resultado com os demais ao invés de tentar controlar tudo! E, lembre-se: abrir mão do poder é um ótimo jeito de aumentar sua influência, o que resulta em aumento de poder com o tempo.

3. Criar uma sensação de conexão e pertencimento

Líderes que se comunicam abertamente, com frequência e que criam sentimentos de fracasso/sucesso como uma equipe conseguem construir uma forte base para a conexão com seus funcionários.

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Somos uma espécie social, queremos nos sentir conectados e pertencentes ao nosso grupo. Do ponto de vista evolutivo, nossa ligação é importante porque aumenta as chances de sobrevivência num mundo cheio de predadores.

Pesquisas sugerem que o senso de conexão pode ter um impacto na produtividade e bem-estar emocional. Por exemplo, cientistas descobriram que as emoções são contagiosas no ambiente de trabalho:

Funcionários se sentem emocionalmente exaustos só de assistir a uma interação desagradável entre colegas.

Da perspectiva da neurociência, criar uma conexão é o segundo trabalho mais importante de quem procura a liderança. Quando nos sentimos seguros, nos sentimos cuidados (o que ativa o sistema límbico) para liberar o potencial total de nosso córtex pré-frontal.

Existem algumas medidas simples para promover a sensação de pertencimento entre os colaboradores: sorrir para as pessoas, chamá-las pelo nome ou se lembrar de seus interesses e membros de sua família.

Preste atenção ao conversar com eles e estabeleça o tom claro de que os integrantes do seu time ajudam uns aos outros. Usar uma música, mantra, slogan, símbolo ou ritual que identifique o seu time de modo singular também pode aumentar o senso de conexão.

4. Demonstrar abertura a novas ideias e nutrir o aprendizado organizacional

O que “flexibilidade em mudar de opinião”, “estar aberto a novas ideias e abordagens” e “oferecer segurança para tentativas e erros” têm em comum?

Se um líder tem essas 3 características, eles incentivam o aprendizado; se não têm, eles arriscam sufocá-lo.

Admitir que estamos errados não é fácil. Novamente, os efeitos negativos do estresse no funcionamento cerebral tem culpa. Nesse caso, ele prejudica o aprendizado.

Pesquisadores descobriram que o fluxo sanguíneo reduzido no cérebro quando sob ameaça diminui a visão periférica significativamente, para que possamos lidar com o perigo imediato.

Por exemplo, foi observada uma redução substancial na visão periférica de atletas antes de uma competição. Enquanto visão de túnel ajuda atletas a terem foco, ela nos fecha para novas ideias e abordagens.

Nossas opiniões se tornam inflexíveis, mesmo quando somos apresentados a evidências contraditórias. Dessa forma, o aprendizado se torna quase impossível.

Para encorajar o aprendizado entre os funcionários, os líderes devem assegurar que estão abertos a aprender e mudar.

Portanto, tente iniciar discussões para solucionar problemas sem um motivo ou resultado específico, apenas para incentivar a troca de ideias, sem julgamentos, até que todos tenham falado.

Lembre-se de deixar claro que todas as ideias serão ouvidas e consideradas. Assim, uma maior diversidade de ideias irá surgir.

O fracasso é essencial para o aprendizado, mas nossa busca incessante por resultados desencoraja os funcionários a arriscarem suas ideias. Para resolver esse conflito, os líderes devem criar uma cultura que apoie a tomada de riscos.

Um modo de garantir isso é usar o teste A/B, que permite pequenas falhas e exige feedback e correção rápidos. Assim, você forma uma plataforma para construção da inteligência coletiva para que os colaboradores aprendam com os erros uns dos outros também.

5. Incentivar o crescimento

Ser comprometido com o treinamento dos funcionários, ajudá-los a crescer e se tornarem a próxima geração de líderes são as duas habilidades/competências vistas como imprescindíveis para uma liderança eficaz.

Todos os organismos vivos têm a necessidade de deixar cópias de seus genes. Eles maximizam as chances de sucesso de seus descendentes nutrindo-os e ensinando-os.

Em troca, aqueles que recebem esse cuidado sentem gratidão e lealdade. Pense nas pessoas pelas quais você é mais agradecido – pais, professores, amigos e mentores. Eles provavelmente cuidaram de você ou lhe ensinaram algo importante.

Quando líderes mostram compromisso com o crescimento da equipe, as mesmas emoções primitivas são despertadas. Os funcionários se sentem motivados a retribuir, expressando sua gratidão ou lealdade, se dedicando ainda mais ao trabalho.

Enquanto gerenciar pelo medo gera estresse, prejudicando funções cerebrais, a qualidade do trabalho executado é muito diferente quando o fazemos acometidos pela sensação de apreciação. Se você quer inspirar o melhor do seu time, lute por eles, apoie seus treinamentos e promoções e “patrocine” seus projetos importantes.

Essas cinco categorias apresentam desafios significativos para os líderes, devido às respostas naturais do nosso organismo. Porém, com reflexão e uma mudança de perspectiva (talvez ajudado por um coach), existem muitas oportunidades de melhora na performance de todos, focando na sua própria performance.

Texto adaptado daqui.

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